De 17 a 21 de abril, a Associação Portuguesa de Ética Empresarial (APEE) promove a 2.ª edição da ESG Week 2023, iniciativa que promove o debate dos grandes temas da sustentabilidade, enquadrados nos domínios ESG – Environmental, Social, Governance. Vai decorrer em formato presencial e transmitido via streaming.
Em comunicado, a APEE explica que o evento decorrerá durante uma semana e dará lugar à realização de 15 conferências. Estas serão coorganizadas por entidades que se associaram à iniciativa e que evidenciam trabalho em matéria de sustentabilidade. O evento também contará com a presença de especialistas nacionais e internacionais, líderes empresariais, representantes da academia, da administração pública e da sociedade civil.
Mário Parra da Silva, presidente da APEE e membro ISO SAG ESG afirma que “o sucesso da ESG WEEK na sua primeira edição em 2022, evidenciou o interesse e compromisso crescente das organizações em relação aos temas da sustentabilidade”. “Pretendemos continuar a promover anualmente esta iniciativa que já marca a agenda empresarial nacional, especialmente após ter sido publicada a Diretiva Europeia 2022/2464, que ampliou o número de entidades que terão de reportar o trabalho desenvolvido nesta matéria”, comenta.
Para a APEE, o encontro constitui uma oportunidade para discutir os desafios atuais, o ambicioso e abrangente pacote de medidas adotado pela Comissão Europeia. Temas como a Taxonomia Europeia, a Corporate Sustainability Reporting Directive (CSRD), e atos delegados modificativos, respeitantes aos deveres fiduciários, que se destinam a melhorar o fluxo de fundos para atividades sustentáveis em toda a União Europeia.
O que significa ESG?
Para a APEE, a sigla ESG, que significa ambiente, social e governance (ou environment, social e governance, na versão inglesa), surgiu no momento em que as empresas e o mercado mudaram– de um modelo tradicional de oferta, procura, risco e oportunidade para um novo modelo onde a sustentabilidade desempenha um papel fundamental.
“As empresas são agora avaliadas por considerações económicas, mas também pelo seu desempenho em termos de Sustentabilidade, visto que este tem efeito sobre o risco. Empresas que não consideram o impacto de fatores de Sustentabilidade, como: Direitos Humanos; Governação Corporativa; Descarbonização; Digitalização; Ética Global; Diversidade ou a Gestão da cadeia de fornecedores no desempenho dos negócios representam um risco não só para os investidores, mas também para os negócios”, explica a APEE no website da ESG Week 2023.
Os fatores ESG surgiram, justifica a APEE, porque consumidores, parceiros e investidores esperam mais das empresas. “Esperam investimentos sustentáveis, que as empresas moldem o mercado para o desenvolvimento sustentável”, concluem.