Especializada em soluções de Software e Serviços de IT, acumulando cinco décadas de experiência empresarial e assegurando mais de 500 postos de trabalho, a Seresco opera em Espanha, França, Bélgica e Equador e tem em Rita Mourinha a sua responsável para o mercado de Portugal.
Com uma carteira de clientes na escala dos milhares, a multinacional Seresco não só responde nas áreas de Gestão de Faturação e Recursos Humanos, como também se posiciona nas áreas tecnológicas de Sistemas e Serviços, Consultoria e Desenvolvimento de Software. Com certificação 400+ no modelo EFQM (European Foundation for Quality Management), Rita Mourinha coloca a Seresco no topo dos fornecedores de soluções de Gestão de Facturação e Recursos Humanos em Portugal, seguindo a liderança no mercado da Península Ibérica.
ENTREVISTA A: Rita Mourinha – Head Portugal da Seresco
A Seresco celebrou 50 anos no mundo e 16 em Portugal em franco crescimento. Já processam mais de 160 000 salários por mês. Quais os próximos desafios?
Estamos na era da digitalização, da transição digital e energética com a robotização, a inteligência artificial e big data a contribuírem para uma nova realidade nas empresas: cerca de 40% dos nossos empregos atuais vão ser automatizados dentro de 10 a 15 anos. A necessidade de requalificar os colaboradores para que possam desenvolver novas funções e de recrutar pessoas que tenham potencial para aprender continuamente é chave. Acreditamos que a transformação digital é um dos maiores desafios a que temos respondido com sucesso.
Um segundo desafio é a ética. Espera-se cada vez mais que as empresas implementem e informem sobre a sua abordagem ética, que atuem de forma responsável nos seus negócios, a nível externo perante o mercado, mas também a nível interno perante os seus trabalhadores e nas suas práticas organizacionais. Os profissionais de recursos humanos devem desempenhar um papel de liderança como centro ético das organizações. Por isso, este tem sido um momento de grande responsabilidade, mas também de grande oportunidade.
“Os profissionais de RH devem desempenhar um papel de liderança como centro ético das organizações”
A Seresco é conhecida pelo processamento salarial, mas é sobretudo uma empresa de tecnologia que consegue responder às necessidades das empresas clientes, certo?
A aposta forte da Seresco segue em três vertentes: operacional, de recursos humanos e de inovação tecnológica. A nível operacional preocupamo-nos em assegurar e suportar o compliance, e em oferecer uma qualidade de serviço que sustente uma relação de proximidade, confiança, responsabilidade e respeito perante os clientes. Nos recursos humanos procuramos a retenção de talento, a sua formação e requalificação, o seu desenvolvimento e a criação de um sentimento de compromisso e pertença. Quanto à inovação tecnológica o compromisso é dotar os clientes de ferramentas corporativas que lhes permitam estar na vanguarda e para cumprirmos mantemos uma política de alianças tecnológicas com empresas como a Microsoft, a Oracle ou a SAGE.
Tem clientes nacionais e também multinacionais. Quais as especificidades de cada um? E como respondem a estas exigências?
Pese embora o mercado nacional ainda tenha algum caminho a percorrer, cada vez mais sentimos que existe uma tendência para a externalização de serviços na área de processamento salarial e recursos humanos. Apesar das multinacionais diferenciarem-se pela dimensão, pelo número de colaboradores, mas também pela distribuição física dos mesmos, alguns dos quais acabam por estar fisicamente alocados em outros países, tornando a gestão, nestes casos, mais complexa, o objetivo é sempre o mesmo. Garantir a segurança da informação, o compliance, que é crítico para qualquer empresa, o conhecimento do mercado e das leis laborais onde atua, garantir a confiança e disponibilidade da equipa.
Entrevista publicada na edição nº 135 da RHmagazine, referente aos meses de julho/agosto de 2021.