O tema da Gestão da Compensação é um dos mais controversos nas organizações e, com frequência, é um dos processos pior avaliado nos Inquéritos de Satisfação do Colaborador. Trata-se de uma área complexa, que envolve a procura do equilíbrio entre diversos interesses, necessidades, motivações dos colaboradores, os objetivos organizacionais e as condições de um mercado concorrencial em constante mudança. 

A gestão das remunerações assume um papel estrutural entre as políticas de RH (Ferreira, A. et al 2015) uma vez que as decisões tomadas dificilmente se podem alterar e perdurarão por largos períodos. Esta dificuldade em alterar decisões no âmbito das políticas salariais leva a que os seus efeitos produzam um elevado impacto, embora nem sempre visível. Por exemplo, quando se atualiza um vencimento base, não se pode voltar atrás com essa decisão, mesmo que o desempenho do colaborador justificasse uma reversão desse incremento salarial. Outro exemplo é a atribuição da Isenção de Horário de Trabalho (IHT). A partir do momento em que é atribuído, é difícil (não impossível) ser retirado, sendo necessária uma fundamentação que não belisque a legislação laboral associada. Há, pois, todo um enquadramento legal que influencia as decisões ao nível da política remuneratória.

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