Em 2010, o coaching não era tão valorizado nem um tema tão falado como é atualmente. Porque é que surgiu, naquela altura, o seu interesse pela área?
Depois de 20 anos em Lisboa a trabalhar na área da comunicação e do marketing, surgiu a necessidade de fazer uma alteração na minha vida. Ainda não conhecendo, na sua completa forma, o coaching, o tema suscitou-me algum interesse, sobretudo, depois de assistir a uma palestra da Cris Carvalho.
Depois de quatro anos em duas associações empresariais, fui formador e, mais tarde, altura em que me despedi da minha então entidade empregadora, deparei-me com um anúncio da ActionCOACH, que estava a pedir franchisados. Já com a ideia de me mudar para o Algarve, e com uma vontade enorme de montar a minha própria empresa, tive a oportunidade de estudar a marca durante mais de um ano, enquanto aguardava o financiamento do projeto colocado no IEFP. Fiquei fascinado pela marca e pela facilidade com que o coaching poderia fazer a diferença nas empresas.
Durante esse período de estudo, o projeto foi aprovado e, em 2010, fui certificado como business coach, em Las Vegas. Nesse ano, iniciei a minha atividade no Algarve. Surgiram, nos primeiros meses, algumas dificuldades, pois foi difícil começar a angariar clientes. Hoje, a visão que se tem do coaching é diferente daquela que se tinha na altura; hoje, não é olhado como uma moda, mas sim como uma necessidade das empresas.
E como tem sentido a evolução do coaching ao longo destes anos?
O mercado evoluiu muito. Quando entrei no ramo, o conceito ainda não era muito conhecido. A partir de 2012, viu-se alguma evolução, e mais pessoas começaram a ir à televisão falar sobre o tema.
Em 2014, começa a haver uma vaga de formação nesta área e surgem os mais variados tipos de coaching – de vida, negócios, matrimónio, etc. Hoje, há coaches para diversas áreas que ninguém previa; novas vertentes nasceram e estão ganhar espaço no mercado.
Qual é, na sua opinião, a importância do coaching para o sucesso das empresas?
Muitas vezes, o empresário sabe o que pretende para a empresa, mas a forma como implementa determinados processos na sua equipa não é a mais correta – tem o conhecimento, mas não a técnica. O coaching é um treino, e o que faz, essencialmente, é um alinhamento entre o empresário, a empresa, os seus objetivos e a sua equipa.
Primeiramente, faz-se o alinhamento com o empresário, projeções para o futuro a curto e médio prazo, tentando perceber o que se vai estruturar ao nível de programa de coaching e, depois, é estabelecida a ponte com a empresa, em diferentes abordagens.
Em plena pandemia, criou a marca Coaching 5, que apresenta como tendo uma metodologia diferenciada. Que metodologia é esta?
Quem recebe o coaching da Coaching 5 sabe que terá de se dedicar nos cinco dias da semana – daí, a origem do nome (mas não só). Estes cinco dias são também cinco maneiras de celebrar (“Dá cá mais 5!”). Para além disso, o “5” representa os cinco círculos de coaching existentes [ver imagem]: coaching individual, coaching com os líderes, coaching das equipas, coaching de partners e a dinâmica comercial. Existe também o coaching à medida, uma vertente mais personalizada, em que se cria programas com academias temáticas.
A Coaching 5 diferencia-se no mercado por ter um atendimento muito personalizado, em que os clientes podem entrar em contacto com o coach num espaço de tempo extra programa, durante a semana; há este direito de comunicar com o coach, para que determinadas necessidades sejam orientadas e completadas, o que requer alguma disponibilidade adicional.
Para além do desenho e implementação de programas de coaching, que outros serviços oferecem?
Existem academias específicas, temáticas, que podem ser criadas e personalizadas dentro das empresas, de acordo com as suas necessidades reais. Além disso, dinamizamos masterclasses com convidados, que funcionam quase como um coaching de grupo, onde são partilhadas ideias entre os participantes, a respeito das necessidades das suas empresas.
Temos, ainda, o programa Coaching 5 (a)live, partilhado no Youtube e Facebook, com uma duração de 45 minutos, em que, quinzenalmente, recebemos um convidado especializado, que aborda temas específicos. Com os nossos parceiros, também podemos fazer eventos de teambuilding.
A Coaching 5 diferencia-se no mercado por ter um atendimento muito personalizado, em que os clientes podem entrar em contacto com o coach, num espaço de tempo extra programa, durante a semana.
Que balanço faz deste primeiro ano de atividade da Coaching 5?
Até aos primeiros meses de 2022, foi preciso manter o processo online, o que dificultou a criação de elos. Foi um ano atípico, porque o presencial – pelo menos, na fase inicial do coaching – é essencial. No entanto, houve também abertura do mercado, uma vez que apesar de a marca não ser conhecida, o coach era, o que trouxe menos resistência à marca.
No futuro, pretendo consolidar ainda mais o conceito, criar no canal do Youtube uma academia online sobre determinadas temáticas – ou seja, passar o Coaching 5 (a) live para uma vertente mais didática –, estreitar relações com os parceiros e fazer um estudo de opinião de mercado, para perceber como posso satisfazer melhor as empresas da zona algarvia. Vou estar atento ao mercado, procurando inovar os serviços de coaching ao longo do tempo.
Para mais informações, aceda aqui.
Entrevista publicada na edição n.º 142 da RHmagazine, referente aos meses de setembro/outubro de 2022.
Siga-nos no LinkedIn, Facebook, Instagram e Twitter e assine aqui a nossa newsletter para receber as mais recentes notícias do setor a cada semana!