De acordo com os dados do IEFP relativos a outubro de 2022, só no concelho de Lisboa estão registadas 15052 pessoas desempregadas. Entre elas, 21% têm formação superior e 70% mais de 46 anos (dos quais 27% com mais de 55 anos). A agravar estes números, está o facto de 42% destes profissionais se encontrarem há mais de um ano sem emprego.
Este é um problema económico que tem tendência a aumentar por dois motivos fundamentais: o “push” que a nossa sociedade e as nossas empresas têm vindo a fazer apostando apenas na empregabilidade das gerações mais novas; o facto de que a nossa longevidade tem vindo a aumentar o que faz com que aos 50 anos as pessoas estejam cada vez mais “jovens” considerando o aumento do tempo médio de esperança de vida.
Neste sentido a dNovo, que é parceira da Rede do Empresário (uma plataforma digital composta por diversas empresas e instituições que oferecem um amplo e diversificado leque de produtos e serviços para atender às mais variadas necessidades), procura reabilitar e empregar profissionais com mais de 50 anos que se encontrem desempregados.
Para a dNovo, a experiência e o conhecimento não têm que ser um problema, mas sim uma mais valia. Explicam que a intergeracionalidade pode ter aspetos positivos como: inovação, através da troca de experiências; a diversidade de experiências, que resulta numa força de trabalho mais versátil e mais adaptável às mudanças do mercado; o desenvolvimento e aprendizagem, em que os jovens podem aprender com o conhecimento e sabedoria dos profissionais mais experientes; a retenção de talento, criando um ambiente mais inclusivo.
Conflitos, Dificuldades na adaptação, preconceitos e estereótipos
Para a dNovo, nunca será simples e existirão aspetos que têm de ser considerados no que diz respeito à gestão da intergeracionalidade dentro das organizações. Neste caso, podem existir situações como:
Conflitos: Diferentes valores, prioridades, estilos de comunicação e expectativas podem provocar conflitos, dificultando a colaboração e a harmonia no local de trabalho.
Dificuldades na adaptação: Algumas pessoas podem ser mais resistentes às mudanças e ter dificuldades em se adaptar a diferentes formas de trabalhar, o que pode gerar desentendimentos.
Preconceitos e estereótipos: As relações entre diferentes pessoas podem ser prejudicadas por viés de idade, ou qualquer outro estereótipo e preconceito, levando a uma diminuição na produtividade e no espírito de cooperação.
“Na verdade, a intergeracionalidade é só mais uma dimensão da diversidade e da inclusão que pretendemos ter na nossa sociedade e nesse sentido há ainda barreiras que temos de vencer. Para as nossas empresas não há outra forma de crescer: temos de capitalizar e aproveitar as competências que existem no mercado, sem preconceito”, explica a dNovo.