No âmbito do programa executivo Futures, Strategic Design & Innovation e do ISEG MBA, o ISEG Executive Education apresenta uma conversa online com especialistas em tendências de inovação. Entre os temas debatidos nos três episódios, está a formação de bons líderes na perspetiva do mundo pós-Covid.
A pandemia de Covid-19 acelerou muitas das transformações sociais que já estavam em marcha. No âmbito dos negócios, independentemente do setor ou da área de atividade, quem está numa posição de liderança teve de usar imensa criatividade e dinamismo para impulsionar suas equipas e manter a produtividade mesmo durante o turbulento período vivido, ajustando-se aos novos tempos. No mundo pós-Covid, portanto, um bom líder precisa ser adaptável e ágil, assim como autêntico e empático. Mas o que fazer para se adaptar ao futuro do trabalho? Um bom líder nasce assim ou é possível adquirir novas competências relativas à liderança?
Essas e outras perguntas são respondidas na “Innovation Code”, conversa realizada recentemente pelo ISEG Executive Education em três episódios distintos sobre liderança, inovação, tecnologia e outros assuntos. O debate sobre como são formados bons líderes no mundo digital, disponível tanto nos formatos de vídeo quanto podcast, teve o contributo de referências da área, como o professor Paulo Soeiro de Carvalho, coordenador do programa executivo Futures, Strategic Design & Innovation; e diretor executivo do ISEG MBA, e a professora Rita Alemão, especialista em liderança.
Na conversa, nota-se que o ponto fundamental para exercer uma boa liderança é a capacidade de ter empatia.
“É vital que um líder seja capaz de se colocar no lugar dos outros, compreender o que sentem e pensam, e não necessariamente aquilo que ele próprio sente ou pensa perante determinada situação. Um líder deve ser capaz de fazer esta passagem de si para o outro e estar verdadeiramente aberto, percebendo que o outro é diferente e, por isso, é necessário empatizar com a sua realidade e com a forma como este profissional, dentro da sua envolvente, das suas competências e das suas experiências, pensa ou age”, explica Rita Alemão.
Segundo a especialista, há pessoas que têm naturalmente maiores habilidades para estar em cargos de liderança, mas, ainda assim, a formação é essencial para liderar com competência e capacidade de impacto.
“Aquilo que a ciência nos diz é que, de alguma maneira, quando somos expostos na infância a figuras de referência ou temos experiências marcantes, desenvolvemos essa capacidade de liderança. Depois, há o treino formal, quando conseguimos, então, colocar pessoas em diferentes cenários, ainda que simulados, para ganhar novas perspetivas”, afirma.
Nesse sentido, uma competência importante para um líder desenvolver é a capacidade de autoconhecimento.
“A liderança faz-se a partir do indivíduo e, por isso, este tem de se conhecer muito bem, saber quais os seus pontos fortes e fracos, e quais as suas áreas de desenvolvimento. É necessário ter uma humancentric approach para que seja possível olhar não só para o que é idêntico, mas também para o que é diferente. É preciso, ainda, saber comunicar de forma eficaz com os outros, sendo capaz de adequar a comunicação de acordo com cada target específico. Assim, sendo capaz de liderar um determinado colaborador de forma diferente de outro. É importante reconhecer que determinados estilos funcionam melhor em determinadas circunstâncias com determinadas pessoas, mas não tanto com outras.”
Os princípios éticos e valores também foram abordados nesta talk do ISEG Executive Education, principalmente neste momento em que tantas organizações estão a redesenhar suas culturas e formas de reter talento.
“Um líder tem de saber quais são os seus valores, a sua missão, o que ambiciona na vida e como se quer comportar. Cada vez mais as pessoas procuram um propósito, e não apenas as novas gerações, mas também as gerações mais antigas que já estão nas organizações há mais tempo. Isso foi algo que a pandemia exacerbou, pois obrigou as pessoas a desacelerar e a refletir. O work/life balance é cada vez mais importante, tanto para os colaboradores como para as organizações”, finaliza Rita Alemão.
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