A Stanton Chase Portugal apresenta, pelo quarto ano consecutivo, o CEO Survey que consiste num estudo feito a CEO´s, Directores-Gerais e Country Managers de várias empresas nacionais, sobre contexto nacional e europeu, assim como sobre os desafios da gestão e do mercado de trabalho. O estudo foca-se nas perspetivas sobre o mercado nacional e europeu e nas competências e fatores de motivação, dos gestores e das suas equipas. O estudo também apresenta Portugal, do ponto de vista laboral.
O primeiro item do estudo é referente à perspetiva de mercado e quanto à economia europeia, cerca de 47% dos inquiridos mostraram-se otimistas relativamente à evolução da economia europeia, nos próximos 2 anos. Apenas 20% assumiram o seu pessimismo. No caso português o pensamento mantêm-se otimista, tendo em conta que 81% dos respondentes apostam num crescimento moderado, enquanto 16% mostram-se menos otimistas e acreditam numa estagnação. Algo a ter em conta é que nenhum dos inquiridos acredita na retração da economia portuguesa.
Não só foram avaliadas as perspetivas de mercado, como também as competências e motivações dos CEO’s. Considerando o mercado em que se insere a respetiva empresa, foram questionados sobre quais os factores/competências mais valorizados, na selecção de Líderes Executivos. A Orientação para resultados (52%), a Focalização nos clientes (45%) e a Visão Estratégica do negócio (40%) foram os três aspetos mais destacados.
Em relação às dificuldades sentidas na gestão dos seus colaboradores, no topo está a motivação e compromisso das pessoas (34%), flexibilidade e adaptabilidade (30%) e o trabalho em equipa (29%). A realização profissional foi também objeto de respostas elucidativas: os Resultados alcançados (68%) Implementação de estratégias / projetos exigente (34%) e a Motivação e compromisso da equipa de trabalho (33%) foram os aspetos mais valorizados. A vertente financeira mereceu apenas a menção de 19% dos inquiridos.
Já numa óptica de gestão de carreira, foram inquiridos quais os principais fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da carreira profissional de um Líder Executivo, e estas três variáveis evidenciaram-se: este ano é apontado como um dos principais fatores a experiência internacional (48%) e o desenvolvimento de soft skills – competências comportamentais (47%). O coaching e mentoring (29%) é agora também uma necessidade.
Já num outro prisma, quando questionados sobre que factores mais influenciam um líder executivo a abandonar um projecto empresarial, os respondentes elegeram a falta de oportunidades para crescimento na empresa (34%), a inviabilidade económico-financeira do projeto (30%), e a responsabilidade sem autoridade (29%).
Por último, desafiados a olhar “para dentro” e a pensar nas suas equipas de gestão, inquiridos sobre que tipo de competências pensam existir maior necessidade de reforço nos próximos anos, os números não deixam grande margem para dúvidas: as competências de liderança (43%) e a competências comerciais (com 34%) foram as mais apontadas. Uma realidade a ter em conta para os programas de desenvolvimento de executivos nos próximos anos.
Quanto à qualidade os inquiridos não tiveram dúvidas de como classificar o gestor português. Mais de metade selecionou a dedicação (65%), como a competência/qualidade típica de um gestor português. Flexibilidade e orientação à mudança (53%) e a resiliência (47%) foram as seguintes. É de salientar que o rigor (3%) foi o atributo menos mencionado.
José Bancaleiro, Managing Partner da Stanton Chase – Portugal, faz um balanço sobre o estudo.
Este CEO Survey 2015, que decorreu entre os meses de Janeiro e Março, trouxe resultados interessantes, comparativamente com os inquéritos anteriores (2012 a 2014), os participantes demonstram, em termos globais e de forma consistente, uma expetativa crescentemente mais positiva em relação ao futuro da economia portuguesa. Focámos as perspetivas sobre o mercado nacional e europeu e as intenções dos gestores relativamente às suas agendas estratégicas. Pareceu-nos também importante conhecer as suas principais preocupações relativamente ao desenvolvimento de competências e fatores de motivação, próprios e das suas equipas. Por último, num contexto em que Portugal procura potenciar os seus fatores distintivos e atrair investimento, foi também muito interessante conhecer a sua apreciação sobre Portugal enquanto País para trabalhar e as características fundamentais dos gestores portugueses.
Neste mundo complexo e com elevados níveis de imprevisibilidade, em que Portugal e a Europa enfrentam desafios exigentes, quisemos conhecer melhor o pensamento nos nossos dirigentes empresariais. Como poderá constatar, notámos um crescente otimismo por parte dos decisores empresariais, em relação aos “surveys” anteriores. Pensamos que estas conclusões serão muito úteis para aferir tendências e apoiar os processos de decisão dos executivos portugueses.
Para conhecer o estudo por completo clique aqui