O International Data Corporation (IDC) Future of Intelligence, um evento da IDC Portugal, realizou um evento em Lisboa no dia 18 de maio, em que apresentou o estudo “IDC’s Worldwide Semiannual Artificial Intelligence Systems Spending Guide”. O estudo revelou 10 previsões para a área de IA e automação, até 2027. Além disso, o estudo descreve ainda os principais fatores que afetam os decisores responsáveis por estas despesas e pela utilização efetiva das soluções associadas.
“Os investimentos em IA e automação estão na vanguarda da transformação digital das empresas e são vistos como um deflator digital que pode contrariar o impacto da inflação e preparar as empresas para o futuro”, afirma Ritu Jyoti, vice-presidente do grupo, pesquisa de mercado mundial de Inteligência Artificial e Automação e consultoria serviços da IDC.
Escassez de talento levará a investimento em competências de IA até 2027
A primeira previsão feita pela IDC é que a “escassez de talento levará 35% das organizações de TI a investir em competências de IA até 2023, tanto para executar operações de TI automatizadas como para apoiar os utilizadores finais empresarias que adotam soluções de IA e soluções de automação.
Funcionalidades orientadas para a IA serão integradas em todas as categorias de tecnologia empresarial
A segunda previsão é que, até 2026, as funcionalidades orientadas para a IA serão integradas em todas as categorias de tecnologia empresarial e 60% das organizações vão utilizar, ativamente, essas funcionalidades para obter melhores resultados sem depender de talentos técnicos de IA.
Mais atenção ao risco e à governação dos modelos de IA por parte dos responsáveis
À medida que os modelos de IA se tornam estratégicos, os responsáveis vão estar mais atentos ao risco e à governação dos modelos. “Até 2025, 60% dos CFOs do G2000 pretende incorporar os riscos de IA como parte dos seus programas de risco empresarial”, aponta a IDC.
Aproveitamento de ferramentas de desenvolvimento sem código
Até 2024, a maioria das organizações aproveitará ferramentas de desenvolvimento sem código para, pelo menos, 30% das suas iniciativas de IA e automação, ajudando a dimensionar a transformação digital (DX) e a democratizar a IA.
Modelos de linguagem vão tornar-se padrão na indústria
Até 2026, os modelos de linguagem através de uma grande quantidade de parâmetros, que servem como base para a construção de outros modelos ou aplicações de IA, vão tornar-se um padrão da indústria, sendo desenvolvidos apenas pelos maiores fornecedores.
40% dos modelos de IA vão incorporar múltiplas modalidades de dados
Até 2026, 40% dos modelos de IA vão incorporar múltiplas modalidades de dados, para melhorar a aprendizagem e colmatar as atuais deficiências de conhecimento quotidiano nas soluções de IA de modalidade única.
25% das empresas G2000 vão desenvolver aplicações criadas com inteligência artificial, até 2027
Impulsionados pela “componentização das aplicações” (conceito relacionado com a arquitetura de software e design de aplicações) e pelos avanços na IA/aprendizagem automática (ML), 25% das empresas G2000 (uma lista que classifica as maiores empresas globalmente) vão desenvolver aplicações criadas com inteligência artificial, até 2027. Essa tendência tem o potencial de causar uma disrupção nos papéis tradicionais de programadores de software.
50% das organizações vão adotar estratégias inteligentes de execução de negócios
Para acelerar o desenvolvimento da automação e maximizar os benefícios, até 2025, 50% das organizações vão adotar estratégias inteligentes de execução de negócios, acelerando todos os aspetos do ciclo de vida da automação com IA.
75% das grandes empresas vão contar com processos baseados em IA para melhorar a eficiência dos ativos
Até 2026, 75% das grandes empresas vão contar com processos baseados em IA para melhorar a eficiência dos ativos, simplificar as cadeias de fornecimento e melhorar a qualidade dos produtos em ambientes diversificados e distribuídos.
40% das G2000 adotará ferramentas para quantificar, prever e otimizar o custo-benefício do seu ciclo de vida de IA
Em resposta às preocupações com a sustentabilidade e à incerteza económica, até 2024, 40% do G2000 adotará ferramentas para quantificar, prever e otimizar o custo-benefício do seu ciclo de vida de IA.