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CRÓNICA: Um fim de semana à direita

Joana Santos Silva Por Joana Santos Silva
27 de Setembro, 2022
em CRÓNICAS & OPINIÃO, DESTAQUES
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CRÓNICA: Mi Casa es su Business?
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Autora: Joana Santos Silva, Diretora de Inovação e Professora de Estratégia do ISEG Executive Education


Citando Enrico Letta do Partido Democrático Italiano, “é um dia triste para a Itália e para a Europa”. Apoiando-se no slogan do Benito Mussolini: “Deus, Pátria e Família” o partido da extrema-direita Fratelli d’Itália irá liderar os desígnios do país.

Este artigo não pretende analisar o contexto político de Itália ou da Europa, mas antes refletir sobre a tendência crescente de polarização de opiniões, atitudes e de forma estar. Infelizmente, este fim de semana em Itália não é um acontecimento isolado e único, antes representa uma tendência de opiniões e atitudes extremadas sobre a maioria dos temas quotidianos como a política, imigração, saúde pública, parentalidade, educação, etc.

Tem havido muita discussão sobre o efeito das redes sociais e plataformas digitais na criação de silos de conhecimento autorrealizáveis relacionados com o facto de estarmos expostos essencialmente a conteúdos que confirmam a nossa visão do mundo e respetivos vieses. De facto, quando fazemos pesquisas Google ou acedemos a qualquer rede social, entre outras atividades online, confortamo-nos com conteúdos e grupos que validam a nossa visão do mundo. Este viés de confirmação é tão forte que na realidade temos uma tendência para evitar dados que contradizem as nossas opiniões pré-existentes. Assim, vivemos muito mais felizes convivendo com pessoas e meios com quem temos mais afinidade.

A perceção mais corrente é aquela que afirma que por “convivermos” apenas com pessoas que validam a nossa opinião, temos tendência de extremar a mesma. Este fenómeno é conhecido por “Efeito da Câmara de Eco”, levando ao desenvolvimento de visão de túnel por se tratar de um grupo totalmente homogéneo e alinhado num determinado tópico. Uma vez que as pessoas ouvem as suas opiniões constantemente ecoadas pelo grupo, o sistema de valores e crenças individuais fica reforçado e rejeitam quaisquer opiniões antagónicas.

Uma equipa de investigadores desenhou uma experiência em que dividiram grupos de apoiantes Democratas e Republicanos em Câmaras de Eco, nas quais os participantes apoiavam apenas um dos partidos políticos e discutiam questões polarizadoras, como por exemplo: controle de armas ou desemprego. Os participantes partilhavam a sua opinião sobre o tema antes da experiência e depois de várias rondas de discussão de grupo. A premissa inicial é de que estes grupos polarizariam ainda mais a opinião dos participantes. Contudo, o resultado foi surpreendentemente ao contrário. As Câmaras de Eco diminuíam as atitudes mais extremadas e polarizadoras, uma vez que, depois de interagirem com os pares, a opinião do grupo tendia a ficar mais moderada.

Se aceitarmos que este resultado pode ser replicado e que se trata de uma hipótese alternativa, então qual será a origem da polarização crescente da sociedade?

Os mesmos investigadores chegaram à conclusão de que os influenciadores são os grandes responsáveis desta tendência assustadora.

As redes sociais tornaram possível a existência de uma capacidade de influência e de pressão de grupo desequilibrada entre um influenciador e os restantes utilizadores.

Em 1990, o antropólogo britânico Robin Dunbar, propôs 150 como o limite cognitivo sugerido para o número de pessoas com quem se pode manter uma relação social estável. Por outras palavras, é o número de pessoas com que nos sentiríamos à vontade para ir tomar café de forma espontânea. Tipicamente, seria também o número máximo de pessoas com que teríamos capacidade de influenciar por mantermos uma relação social “real”.

As redes sociais tornaram possível a existência de uma capacidade de influência e de pressão de grupo desequilibrada entre um influenciador e os restantes utilizadores

Ora, o mundo digital mudou esta dinâmica. Existe um mundo de influenciadores que vai desde os nano e micro (1000 a 100k influenciadores), até aos mega influenciadores que têm mais de um milhão de seguidores e impacto à escala global.

A forma como estas redes de influência funciona é diferente das tradicionais. A maioria destas redes tendem a ser “centralizadas”, ou seja, há um pequeno número de pessoas no centro que estão conectadas a muitas pessoas na periferia. No caso dos influenciadores, a centralização pode ser apenas num único indivíduo, mas este exerce uma posição de poder desproporcional sobre o grupo.

De alguma forma, esta ideia é mais assustadora do que a premissa do efeito da Câmara de Eco. Isto porque, na realidade, a origem destes movimentos podem estar centrados num pequeno número de indivíduos.

Esta temática tem sido estudada nos efeitos de viralidade de mensagens e de partilha online. Em particular, o conceito do Ponto de Viragem (tipping point), que é o momento a partir do qual uma mensagem ou um movimento ganha tração de forma massiva.

As curvas de epidemia sociais ajudam a entender este conceito. Qualquer mensagem tem início via especialistas (Maven), um grupo muito reduzido de pessoas que tendem a ter redes pequenas e muito focadas nos seus temas de especialidade. Para a mensagem criar tração, precisamos dos agentes (Brokers) que são indivíduos com acesso a redes alargadas de indivíduos e com capacidade de influência junto dos mesmos. Não são precisos muitos, são precisas as pessoas certas. Aliás, este efeito designa-se a Lei dos Poucos (The Law of the Few). O que precisamos é de garantir a adoção de um conceito, produto, serviço ou mensagem por um grupo pequeno de “conetores” ou influenciadores que promovem a adoção junto da sua rede.

Nos passos seguintes atingimos grupos mais alargados da população em duas partes: os pragmáticos e os conservadores, ou seja, uns serão mais rápidos do que outros na adoção, mas há muito que já passamos o ponto de viragem.

Na experiência dos investigadores, existia um erro de desenho uma vez que a rede criada era igualitária, ou seja, todos os membros da comunidade tinham igual capacidade de influência. Assim, as opiniões minoritárias seriam “reguladas” pela maioria do grupo.

Ora, no mundo online, as redes não são igualitárias, mas sim centralizadas. As opiniões de uma pequena maioria podem ter imenso impacto, apesar de não serem o ponto de partida natural da maioria do grupo. Estes têm capacidade de influência (ou de infeção) dos pares e repentinamente algo que seria um pensamento marginal pode contaminar camadas alargadas da população.

No mundo da Lei dos Poucos, tudo depende se os poucos que influenciam se encontram do lado certo ou errado da força. Temos de refletir como introduzir mais equidade e menos vieses nas redes sociais e temos de ter mais cuidado em “escolher” quem são as pessoas que podem atuar como agentes de mudança de forma alargada na sociedade.

As redes sociais não são intrinsecamente más, na realidade, se conseguíssemos criar redes igualitárias tenderíamos a ter discussões mais equilibradas e realmente representativas da opinião da maioria e podiam potencialmente regular as posições extremadas.

Temos de refletir como introduzir mais equidade e menos vieses nas redes sociais e temos de ter mais cuidado em “escolher” quem são as pessoas que podem atuar como agentes de mudança de forma alargada na sociedade

Citando Edmund Burke – “Para o triunfo do mal, basta que os bons não façam nada.”

Cabe-nos, enquanto cidadãos, desempenharmos um papel mais ativo na geração de debate para que mais vozes sejam ouvidas e para que amanhã não seja um dia triste, mas antes um dia feliz!

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