Lisboa sobe cinco lugares na lista das cidades com melhor qualidade de vida. A capital portuguesa encontra-se na 38.ª posição, acima de Paris, Londres, Milão, Madrid e Nova Iorque. Estes são alguns dos resultados do estudo anual da Mercer divulgado esta terça-feira.
A Mercer, prestadora de serviços de consultoria nas áreas de capital humano, benefícios, pensões e investimentos, apresenta hoje os resultados da 20.ª edição do Quality of Living. Este ano a consultora disponibiliza, ainda, um ranking acerca das condições de saneamento das cidades, que analisa as infraestruturas relacionadas com a remoção de resíduos e esgotos, níveis de doenças infeciosas, poluição do ar, fornecimento e qualidade de água.
As cidades que oferecem melhor qualidade de vida, e que integram o top 10, localizam-se, maioritariamente, na Europa, afirmando-se como “destinos muito atrativos para expatriados”, como revela o estudo supracitado. Já as cidades das economias emergentes aproximam-se das cidades com melhores classificações, “procurando reforçar o seu posicionamento para atrair talento e captar projectos de investimento de empresas multinacionais”.
“Com o aumento da globalização e as alterações demográficas da força de trabalho, atrair e reter pessoas é um dos principais desafios para as empresas nos próximos cinco anos”, afirma Diogo Alarcão, CEO da Mercer Portugal. “Isto é tanto mais verdade se pensarmos que estamos a assistir a um fenómeno em que a força de trabalho é cada vez mais díspar, móvel, fortemente exposta ao digital e com necessidades e aspirações muito diferentes no que se refere à carreira, estilo de vida e, finalmente, onde e como quer trabalhar”, explica no comunicado enviado às redações. E Acrescenta: “É fundamental que as empresas considerem estes fatores na sua proposta de valor, quer para os seus colaboradores locais, como para os expatriados”.
Europa
Viena, na Áustria, ocupa o lugar cimeiro da lista de cidades com melhor qualidade de vida na Europa e a nível global, oferecendo a residentes e expatriados, de acordo com o Quality of Living, um elevado nível de segurança, transportes públicos bem estruturados, uma grande variedade de instalações culturais e de entretenimento. A segunda posição é ocupada por Zurique, na Suíça. Segue-se Auckland, na Nova Zelândia, que partilha o 3.º lugar com Munique, na Alemanha. Oslo, na Noruega (25.º lugar), e Lisboa (38.º lugar) subiram a sua classificação seis e cinco posições, respetivamente. Na origem desta variação encontra-se a melhoria na classificação da categoria associada ao crime na capital portuguesa que melhorou face ao ano anterior. Com esta subida, Lisboa conseguiu ultrapassar cidades como Paris (39.º lugar), Londres (41.º lugar), Milão (42.º lugar) e Barcelona (43º. Lugar) e manter-se acima de cidades como Madrid (49.º lugar) e Nova Iorque (45.º lugar). Londres permanece mais abaixo na lista, caindo uma posição para o 41.º lugar. Relativamente ao nível do saneamento, Lisboa encontra-se em 59.º lugar, acima de cidades como Barcelona (61.º), Londres (67.º) e Roma (77.º).
Américas
Na América do Norte, as cidades canadianas encabeçam o ranking no que se refere à qualidade de vida, com Vancouver (5.º lugar) a assumir novamente o top regional. São Francisco (30.º) é a cidade dos EUA que apresenta a melhor posição, seguida por Boston (35.º lugar), Honolulu (36.º lugar), Seattle (44.º lugar) e Nova Iorque (45.º lugar). O aumento da taxa de criminalidade fez Los Angeles (64.º lugar) descer seis lugares. Monterrey (112.º lugar) é a cidade melhor classificada do México.
Na América do Sul, Montevideu (77.º lugar) posiciona-se no topo do ranking da qualidade de vida, seguida por Buenos Aires (91.º lugar) e Santiago (92.º lugar). Caracas (193.º lugar) e Port-Au-Prince (228.º lugar) são as cidades da região com pior pontuação. A cair 21 posições, a cidade de San Juan (96.º lugar) apresenta a queda mais acentuada do ranking no global, devido ao desastre natural ocorrido em 2017.
No que diz respeito ao saneamento das cidades, Honolulu (1.º lugar) apresenta o lugar mais elevado da região e a nível global, seguida por Otava, no Canadá (2.º lugar). Montevideu, no Uruguai (71.º lugar), é a cidade da América do Sul mais bem posicionada no ranking.
Médio Oriente e África
O Dubai (74.º lugar) continua a ser a cidade com melhor qualidade de vida no Médio Oriente, seguido de perto por Abu Dhabi (77.º lugar), que subiu duas posições. Damasco (225.º lugar), Sana’a (229.º lugar) e Bagdade (231.º lugar) são as três cidades com pior classificação no que se refere à qualidade de vida da região. As cidades de Abu Dhabi e Dubai, ambas no 65.º lugar, encontram-se no topo do ranking regional, no que diz respeito ao saneamento da cidade. Apenas mais quatro cidades desta região integram o top 100. São elas Muscat (70.º lugar), Tel Aviv (87.º lugar), Manama (93.º lugar) e Kuwait (99.º lugar).
Port Louis (83.º lugar) é a cidade africana com melhor qualidade de vida, seguida por Durban (89.º lugar), Cidade do Cabo (94.º lugar) e Joanesburgo (95.º lugar). N’Djamena (226.º lugar), Khartoum (227.º lugar) e Bangui (230.º lugar) ocupam as posições mais baixas desta região. Victoria (58.º lugar) possui a posição mais elevada do ranking do continente, ao nível do saneamento.
Ásia-Pacífico
Ilustrando a grande disparidade das regiões, no que diz respeito ao nível de qualidade de vida, Singapura continua a ser a cidade com melhor classificação, ocupando o 25.º lugar, enquanto Dhaka assume o 216.º lugar. No Sudeste Asiático, Kuala Lumpur (85.º lugar), segue-se a Singapura.
Cinco cidades japonesas encontram-se no topo do ranking para a Ásia Orienta, nomeadamente Tóquio (50.º lugar), Kobe (50.º lugar), Yokohama (55.º lugar), Osaka (59.º lugar) e Nagoya (64.º lugar). Destacam-se ainda outras cidades na Ásia, como Hong Kong (71.º lugar), Seul (79.º lugar), Taipei (84.º lugar), Xangai (103.º lugar) e Pequim (119.º lugar). Os rankings de saneamento das cidades também variam consideravelmente em toda a região, com Kobe (8.º lugar) no topo e Dhaka (230.º lugar) na posição mais baixa.
A Nova Zelândia e a Austrália continuam a figurar no topo do ranking de qualidade de vida com Auckland (3.º lugar), Sydney (10.º lugar), Wellington (15.º lugar) e Melbourne (16.º lugar) a permanecerem no top 20. As cidades da região também se posicionam em lugares cimeiros no que toca ao saneamento, com Auckland na 5.ª posição a nível global e Adelaide na sétima.
O estudo Quality of Living pretende, ano após ano, espoletar nas empresas multinacionais e outras organizações competitividade na compensação dos seus colaboradores de uma forma justa sempre que se destacam para o estrangeiro em trabalho.
[button style=’red’ url=’https://rhmagazine.pt/’ icon=’entypo-left’]Voltar à homepage[/button]
[posts title=’Mais notícias:’ count=’3′ layout=’grid-3-col’][/posts]