O IIRH dinamizou mais um EncontRHo online, no qual se refletiu sobre as tendências para o futuro do setor RH: “always-on business”; trabalho remoto; agilidade; igualdade, diversidade e inclusão; guerra do talento; transparência e confiança. Conheça as principais conclusões das reflexões de Joana Santos Silva, Professora & Diretora de Inovação do ISEG Executive Education, e Elsa Carvalho, Diretora Central de Recursos Humanos da Caixa Geral de Depósitos. Apresentamos-lhe ainda os três novos Programas Executivos do ISEG Executive Education, com início marcado para março de 2022.
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a passada terça-feira (dia 25) realizou-se o 31.º EncontRHo online promovido pelo IIRH – Instituto de Informação em Recursos Humanos – “Energizing People: Preparar o Futuro dos RH” –, que contou com o apoio do ISEG Executive Education, e no qual se refletiu sobre o impacto da pandemia no mundo laboral – desde a cultura organizacional até às formas de trabalhar – e sobre aquelas que serão as tendências para o setor em 2022 e nos anos vindouros. A moderar o debate esteve Cristina Martins de Barros, Managing Director do IIRH, e as oradoras convidadas foram Joana Santos Silva, Professora & Diretora de Inovação do ISEG Executive Education e Elsa Carvalho, Diretora Central de Recursos Humanos da Caixa Geral de Depósitos.
A reflexão inicia com a partilha de Joana Santos Silva das prioridades para a área RH em 2022, sugeridas num estudo realizado no final de 2021 pela Gartner – empresa de consultoria. São elas:
– melhoria da excelência operacional;
– executar a transformação do negócio;
– crescimento de negócio;
– perspetiva de inovação;
– gestão de custos;
– gestão do risco.
Relativamente às tendências, a Professora & Diretora de Inovação do ISEG Executive Education elenca as seguintes:
Always-On Business
Esta tendência relaciona-se com o trabalho flexível, com o estarmos conectados 24/7, que se traduz numa questão de desafios, sobretudo ao nível do bem-estar. Importa, a este nível, entender que mais horas de trabalho não significa mais produtividade – “quando esforço a máquina, ela perde a capacidade de reação”.
Remote working
66% dos colaboradores dizem que preferiam ter algum tipo de modelo híbrido. Uma solução única para todos dificilmente fará sentido. A forma de trabalho está a mudar de forma permanente independentemente do que aconteça com a pandemia.
Agilidade
Uma competência crítica nos dias de hoje – que muito se associa à aceleração da transformação digital – e, muitas vezes, acompanhada do cansaço, da fadiga. Joana Santos Silva revela um pormenor curioso: um estudo científico chegou à conclusão de que pequenas mudanças no dia a dia são mais cansativas do que mudanças abrangentes. Por exemplo, estar constantemente preocupado se vai ou não para o escritório e em que dias do que assumir uma modalidade de trabalho.
Igualdade, Diversidade e Inclusão
O problema, muitas vezes, é que se implementam iniciativas que, por vezes, são muito específicas e orientadas a pessoas concretas. Para se estar efetivamente a falar de igualdade, diversidade e inclusão, as práticas têm de ser completamente transversais a toda a organização. Os profissionais de RH têm nesta temática uma prioridade, contudo os próprios aferem ter dificuldade em responsabilizar os líderes para esta questão.
A este respeito, Joana Santos Silva aponta: “Temos a ganhar quando introduzimos diversidade, porque sabemos que a diversidade estimula inovação, estimula a questão do ‘big picture’. É tão fantástico trazer alguém para dentro da empresa que nos traga pontos de vista diferentes… Sabemos que ser estratégico e trazer diversidade de uma forma francamente ativa traduz-se em vantagens para a empresa e não se trata apenas de uma questão de política”.
Elsa Carvalho, Diretora Central de Recursos Humanos da Caixa Geral de Depósitos, adiciona: “As empresas, hoje em dia, são muito mais avaliadas, até porque o nível de exposição é muito elevado, com real impacto naquilo que acaba por ser a reputação das empresas. Os colaboradores são cada vez mais críticos e também eles escolhem as empresas onde querem trabalhar. Trabalhar estes temas como práticas de gestão tem real impacto no negócio”.
Guerra do talento
Em Portugal existe um gap de competências e há áreas em que, de facto, à escassez. 40% dos profissionais dizem mesmo não conseguir acompanhar a necessidade de desenvolvimento de competências.
Companhias que conseguem ter uma aproximação mais inteligente ao talento, reconhecidas como employer brand, têm vantagem, não só na atração, mas também na retenção e fidelização das pessoas.
Elsa Carvalho aponta os perfis de TI como aqueles que mais escasseiam, sugerindo alternativas aos modelos tradicionais de contratação, como o talento freelancer ou as parcerias com as universidades. “O talento não tem de ser todo residente das empresas. Acho que há todo um talento que está disponível no mercado, que não tem de ser proveniente de modelos tradicionais.”
Transparência e confiança
Uma marca não é nada mais do que a confiança que tem junto dos consumidores. Uma empresa não é nada mais do que a confiança que tem junto dos colaboradores. Neste ponto, impõe-se a questão da coesão de equipa e a empatia – conseguir ver o lado do outro e entender as suas necessidades (algo que os RH fazem melhor do que qualquer outra área). 44% dos profissionais dizem não confiar na liderança organizacional para fazer face à crise.
Joana Santos Silva diz: “Isto culmina com a ideia de que os RH são cada vez mais um pilar estratégico dentro das empresas. Sem pessoas não há negócios. E aquilo que faz diferença numa organização são as suas pessoas, a sua motivação, as competências, mas cada vez mais a forma como nos organizamos”.
“Não há dúvida de que o futuro é centrado nas pessoas e não há ninguém que entenda mais de pessoas do que a área de RH. Se querem fazer crescer negócio, têm de fazer crescer as pessoas”, acrescenta.
Para Elsa Carvalho, a pandemia apenas veio acelerar tendências. As grandes alterações apontadas pela oradora passam pela responsabilização individual e delegação por parte das hierarquias e chefias. “Todos os desafios que sentimos permitiram-nos testar novas abordagens e formas de liderança, como dar aos colaboradores mais autonomia e responsabilização”, refere.
Assista ao webinar, na íntegra, aqui!
Programas Executivos ISEG Executive Education
O 31.º EncontRHo online teve o apoio do ISEG Executive Education que, a pensar no futuro da função RH, apresenta um novo modelo de lifelong learning para estes profissionais de forma a alcançarem o seu máximo potencial e melhorarem a performance das organizações. O modelo é constituído por três programas executivos:
Leading HR Branding: tem como propósito dotar os participantes de conhecimentos e ferramentas que visem maximizar o retorno no investimento em HR Branding;
Leading Human Experience and Analytics: prepara os profissionais de Recursos Humanos para uma função mais estratégica e com âncora em análise de pessoas e de talento da organização;
Leading Strategic HR Management: assegura uma abordagem integrada dos HR Business Partner, capacitando-os para saber como dar resposta ao negócio, mobilizar os diferentes stakeholders, reter e potenciar o talento e atuar como coaches e facilitadores.
Cada programa tem o seu diploma individual, mas aquando da frequência dos três programas é assegurado o diploma de People Leader, que reconhece a aquisição de competências e ferramentas nas áreas core de recursos humanos.
Com a coordenação de Joana Santos Silva, diretora de Inovação do ISEG Executive Education e Professora nas áreas de Estratégia, Transformação Digital, Marketing e Marketing Digital, estes programas contam com um corpo docente especializado e vocacionado para as várias áreas dos Recursos Humanos. As inscrições já estão disponíveis e as formações terão início entre março e maio de 2022 e podem ser feitos de forma individual ou combinada.
Toda a informação sobre estes Programas Executivos e respetivas inscrições aqui.
Faça aqui o download da brochura e consulte todos os detalhes sobre os três programas!