O IIRH – Instituto de Informação em Recursos Humanos realizou mais um webinar, desta vez, dedicado às questões de wellbeing nas empresas. “Como promover a saúde e o bem-estar dos colaboradores no local de trabalho?” foi o mote do 44.º EncontRHo online, que contou com o apoio da Workplace Options – empresa de soluções de bem-estar. Vejamos alguns dos programas implementados pela EDP, pelo Novo Banco e CTT.
Se sempre foi uma temática importante nas organizações, com a emergência da pandemia de COVID-19, a saúde e bem-estar tornou-se numa preocupação central para as empresas e seus líderes. No 44.º EncontRHo online promovido pelo IIRH debateu-se sobre a promoção do wellbeing nas organizações, com Ricardo Sousa, Director of Business Solutions Ibéria da Workplace Options, João Estanqueiro, People Experience Manager da EDP, Conceição Carvalho, Departamento de Capital Humano do Novo Banco, e Marisa Garrido, Diretora de Pessoas e Cultura dos CTT. A moderação ficou a cargo de Vanessa Henriques, Diretora Executiva da RHmagazine.
Como veem os oradores convidados o futuro da saúde mental nas empresas?
Marisa Garrido faz as honras do debate, defendendo que o facto de se falar cada vez mais sobre a saúde mental faz dela uma tendência, que foi impulsionada pela COVID-19.
“Hoje, fala-se abertamente sobre o tema da saúde mental e têm sido tomadas medidas no sentido de mitigar e apoiar as pessoas face a esta necessidade”, diz.
Neste âmbito, nos CTT foram implementados três programas específicos, com propósitos diferentes, porém a confluir no bem-estar:
- Programa Estrela – que pretende estudar e entender o que é o absentismo, não só a nível da produtividade, mas também a respeito das condições que lhe estão inerentes (ex: se é intermitente, mais pontual… etc.);
- Programa Vitória – visa criar novas oportunidades profissionais; trazer pessoas de operações para áreas de backoffice, em várias partes do país. No 1.º projeto, foram contempladas 145 pessoas e alcançou-se uma taxa de sucesso de 90%;
- Programa Viver – com um conjunto de 55 ações e iniciativas que pretendem promover a saúde na globalidade, como rastreios, atividades de mindfulness, ginástica laboral, etc.
De acordo com a Diretora de Pessoas e Cultura dos CTT, aquilo que é mais valorizado pelos colaboradores e que tem maior impacto na produtividade é o plano de saúde.
Para Conceição Carvalho, o bem-estar das organizações é o somatório do bem-estar individual dos colaboradores e são vários os aspetos que o influenciam: contexto da organização (a solidez, situação financeira, posicionamento no mercado, digitalização, reputação, propósito); o contexto individual de cada colaborador (familiar, financeiro, os seus conhecimentos, competências); o trabalho propriamente dito (a função que desempenha, se gosta se não gosta, se os processos são ágeis, o nível e exigência, volume de trabalho); as relações interpessoais (se há apoio ou não da chefia, relação com os colegas, com a equipa); condições logísticas.
A oradora defende a personalização associada aos programas de saúde e bem-estar, bem como a sua continuidade no tempo, que vão evoluindo e sendo enriquecidos com novas medidas.
“Como vamos conseguir aproximar-nos dessa personalização? Tendo várias medidas que respondem à prevenção, ao diagnóstico, ao tratamento de situações, sejam de saúde, financeiras ou outras”, refere Conceição Carvalho. Algo que é muito impactante é a comunicação; importa ter um plano, uma estratégia de comunicação clara, simples, oportuna, objetiva, que mantenha os colaboradores informados sobre a estratégia de saúde e bem-estar da organização, e que os aproxime”, acrescenta.
“Quando falamos de saúde e bem-estar, não se trata de um momento, é algo que vem e fica. Temos de ter sempre em permanência estes programas, porque estamos a falar de salário emocional e tal como, mensalmente, temos um salário financeiro também temos de ter um salário emocional”.
Conceição Carvalho refere que no Novo Banco são realizados, com frequência, questionários para perceber as várias perspetivas dos colaboradores.
A EDP, por sua vez, foca-se em várias dimensões de bem-estar:
- Emocional – saúde mental, que passou a ser parte da estratégia de bem-estar da empresa);
- Social – diz respeito à forma como a pessoa se insere seja na equipa, seja na sua vida pessoal com a comunidade; temas como o voluntariado corporativo aqui são essenciais;
- Físico – promoção de atividades ligadas ao exercício físico, por exemplo;
- Financeiro – ações de desenvolvimento sobre o tema da literacia financeira; promoção de algumas conversas sobre fases de vida e o que pode fazer mais sentido ao nível de escolha de alocação de recursos financeiros.
João Estanqueiro destaca a nível de iniciativas de saúde e bem-estar implementados na EDP: o programa “Mind Your Mind”, dinamizado desde 2020 durante o mês de outubro, no qual são promovidos debates, talks, workshops sobre o tema da saúde mental.
“Damos palco a pessoas que queiram partilhar a sua história a nível de saúde mental e temos um colaborador por ano a fazer isso. Isto possibilita uma maior abertura para falar sobre saúde mental e muito menos tabus”, aponta o People Experience Manager da EDP.
Ricardo Sousa, Director of Business Solutions Ibéria da Workplace Options, garante que a empresa de soluções de bem-estar, com uma experiência de mais de 40 anos, pretende posicionar-se de forma abrangente na temática da saúde mental, abarcando as várias dimensões de bem-estar. Sobre aquilo que ainda é necessários fazer, o orador defende:
“Qualquer programa de wellbeing necessita de comunicação: a comunicação dos líderes para os colaboradores e a comunicação aos próprios líderes. Também é necessário que haja uma evolução dos apoios de acordo com as necessidades de cada um, que se vão alterando, ao longo do tempo”.
Re(Veja), aqui, o 44.º EncontRHo online promovido pelo IIRH
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