Fonte: Nortempo
Decorridos quase 100 anos, esta medida pode vir a ser diminuída através da efetivação da semana de quatro dias de trabalho, mas será isso um passo em direção ao futuro ou um grande erro?
A ideia da semana de trabalho de apenas quatro dias nasceu de um simples pensamento: “Se os mesmos resultados podem ser alcançados em menor tempo, por que manter uma semana de trabalho de cinco dias?” No entanto, já não estamos perante um simples sonho inatingível, mas sim uma nova realidade para muitos e, quem sabe, para a sua empresa também, uma vez que o governo, em parceria com o autor do livro “Sexta-feira é o novo sábado”, Pedro Gomes, apresentou a proposta do novo regime laboral aos seus parceiros sociais.
Posto isto, afinal, em que consiste esta diminuição da carga laboral? Uma semana de trabalho de quatro dias é exatamente isso: diminuir as horas de trabalho, de 40h para 32h, sem existir qualquer perda de produtividade, pagamento ou benefícios para o trabalhador.
Tendo em conta a empresa ou o setor, é possível escolher entre todos trabalharem de segunda a quinta-feira ou, cada funcionário, poder decidir o dia em que quer folgar. Com esta alteração, pretende-se:
- Atingir os mesmos resultados num menor horário laboral;
- Incrementar as vendas;
- Combater o desgaste do colaborador;
- Privilegiar resultados em vez de horas registadas;
- Apostar no chamado work-life balance (equilíbrio entre a vida pessoal e profissional).
Tudo isto soa impressionante, mas e na prática? A realidade é que esta mudança do paradigma laboral é já um sucesso em vários países. A Islândia, Nova Zelândia, Bélgica, Espanha e Suécia fizeram esta mudança e registaram um aumento no nível da produtividade e, ainda, uma diminuição do risco de burnout nos seus colaboradores.
Embora a presente estatística seja muito positiva na vida das empresas e dos seus colaboradores, esta alteração laboral também acarreta algumas preocupações para ambos, tais como:
- Incapacidade de adaptação – Os colaboradores mostram receio em não conseguirem realizar as suas tarefas num menor tempo e isso leva-os a entrar noutro nível de stress;
- Insatisfação do consumidor – Algumas empresas demonstram preocupação por estarem menos disponíveis para o cliente e têm medo das consequências;
- Existem empresas de determinados setores que trabalham 24h sob 24h, todos os dias, pelo que este tipo de regime é impensável para as mesmas.
Posto isto, não existe um caminho certo ou um caminho errado. O que deve ser feito é testar e perceber se essa é a melhor opção para a sua empresa e para os seus colaboradores.
Neste sentido, a Nortempo dá-lhe algumas dicas de como pode testar esta realidade na sua empresa:
- Planeie: Defina os objetivos de cada semana e defina o nível de importância de cada tarefa;
- Faça uma boa gestão de tempo: Priorize apenas o que é essencial;
- Tire proveito da tecnologia automatizando certos processos;
- Avalie os resultados no final da experiência: Os colaboradores ficaram mais motivados? Os custos diminuíram? A produção aumentou?
Em suma, agora que sabe o que esta mudança implica, acha-a benéfica ou prejudicial para a sua empresa?
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