A terceira edição da Business Transformation Summit, organizada pela Cegoc, realizou-se hoje, no Centro de Congressos de Lisboa. Em debate esteve a transformação da experiência do consumidor e do colaborador.
A edição de 2018 da Business Transformation Summit, organizada pela Cegoc, empresa de formação e consultoria, decorreu esta terça-feira, no Centro de Congressos de Lisboa. Em palco, estiveram três oradores que analisaram o futuro da experiência do consumidor e do colaborador e da experiência de aprendizagem nas organizações. Ricardo Martins, diretor-geral da Cegoc, foi o responsável pela sessão de abertura. “É a transformação que nos move e que nos traz aqui hoje”, disse.
Martin Lindstrom, autor dinamarquês especialista em marketing e branding, começou por destacar a importância que o small data assume na experiência dos consumidores. “As observações comportamentais aparentemente insignificantes podem revelar as necessidades dos consumidores e influenciar a relação que estabelecem com as marcas. O small data é a base para ideias ou formas inovadoras de as transformar”, afirmou. Para o autor, o big data deve ser complementado com as informações extraídas dos dados insignificantes.
Considerando eventuais discrepâncias entre o que é dito pelo consumidor em relação à marca e o que realmente sente, Martin Lindstrom referiu que “é essencial calçar os sapatos do cliente e sentir o que está a sentir”. O autor dinamarquês chamou a atenção para a permanente presença dos telemóveis ao longo do dia, com começo em cada manhã. “Nunca estamos completamente presentes, nem completamente sozinhos”, referiu.
Jeanne Meister, uma das 20 profissionais mais influentes do mundo nas áreas de recursos humanos e formação, começou por dizer, acerca da inteligência artificial (IA), que “não vai roubar trabalhos, antes ajudar na execução dos existentes”. A inteligência artificial será um novo membro nas equipas de trabalho, de acordo com a especialista. “Um em cada cinco trabalhadores terá como colega um assistente virtual até 2022”, afirmou.
Do orçamento que é distribuído pelos diferentes departamentos de uma organização, a maior fatia não é atribuída aos recursos humanos, sublinhou Jeanne Meister, acrescentando que “apenas 6% desses profissionais implementam IA no seu local de trabalho”. E é no processo de recrutamento e seleção que é mais utilizada.
Para a especialista, deve ser criada nas áreas de talent acquisition, onboarding, internal talent mobility e learning and development uma employee experience personalizada e mais humana. Segundo Jeanne Meister, a inteligência artificial possibilita a análise proativa dos insights extraídos do small data e a identificação de indivíduos-tipo, de padrões e das necessidades dos colaboradores.
No encerramento das palestras do período da manhã, Sergei Polianski e Anna Kerechashvili, da Japan Tobacco International, Christoph Williams, da Sony Europe, Sérgio Carvalho, diretor de marketing da Fidelidade, e Patrick Galiano, diretor de digital learning do Cegos Group, subiram ao palco do Centro de Congressos de Lisboa para partilharem a experiência obtida nas organizações que representam com a implementação de programas de aprendizagem.
A terceira edição da Business Summit Transformation encerrou com dois workshops sobre a criação de uma cultura de execução e o futuro do trabalho, ministrados por Chris McChesney, da FranklinCovey, uma empresa especializada na melhoria de desempenho organizacional, e por Jeanne Meister, respetivamente.