Ainda que a considerem importante, poucos são os trabalhadores portugueses que dedicam o seu tempo livre à prática de voluntariado não remunerado, revela o estudo da Randstad relativo ao terceiro trimestre de 2018.
Reconhecem a sua importância, mas poucos são os profissionais que, fora do trabalho, dedicam o seu tempo a iniciativas de voluntariado não remunerado. De acordo com o Randstad Workmonitor relativo ao terceiro trimestre deste ano, 71% dos trabalhadores portugueses consideram importante a prática de voluntariado não remunerado – percentagem que se situa acima dos 65% relativos ao total de inquiridos –, mas só 22% dedicam, efetivamente, o seu tempo livre ao voluntariado.
A percentagem de colaboradores que, depois do horário de trabalho, se dedica à prática de voluntariado pode aumentar se o tempo livre destinado às iniciativas solidárias for remunerado, já que, segundo o estudo sobre tendências relativas à responsabilidade social e voluntariado das empresas, 76% dos inquiridos disseram estar disponíveis para o fazer com essa contrapartida.
Incentivos à prática de voluntariado
De acordo com os dados do Randstad Workmonitor, os empregadores portugueses parecem não encorajar os colaboradores a fazerem voluntariado fora do horário de trabalho. Apenas 24% dos inquiridos referiram que os responsáveis pelas suas organizações incentivam a prática de voluntariado no tempo livre.
Há, no entanto, empregadores que permitem aos seus colaboradores a realização de trabalho voluntário em troca de tempo livre remunerado. Quando assim é, 11% dos líderes das empresas escolhem a iniciativa em que o colaborador se envolverá ou permitem que seja o trabalhador a escolher.
Empresas socialmente responsáveis valorizadas
Segundo o estudo da empresa de recrutamento, 72% dos trabalhadores portugueses desejam pertencer a uma empresa com um programa de responsabilidade social corporativa implementado. A possibilidade de participação em iniciativas solidárias constitui, para 62% dos profissionais, um importante critério na procura de um novo desafio profissional. Houve, ainda, 55% dos participantes que referiram que os seus empregadores apoiam, pelo menos, uma causa solidária.
No que diz respeito à diversidade no local de trabalho, 64% dos profissionais afirmaram que os seus empregadores desejam que a força de trabalho nas empresas reflita a diversidade existente dentro do mercado local e nacional. Neste contexto, 48% dos inquiridos afirmaram ter uma política de inclusão no local de trabalho.