A fintech espanhola Payflow, que permite às empresas oferecerem a remuneração aos seus colaboradores quando lhes for mais conveniente, acaba de lançar os seus serviços de salários “à la carte” em Portugal.
Entre os primeiros clientes a permitirem que os colaboradores recebam o salário quando lhes for mais conveniente e sem terem de esperar pelo final de cada mês, via Payflow, estão as empresas do grupo Lanidor, com cerca de 500 trabalhadores, e o grupo hoteleiro Dorisol, com cerca de 200 trabalhadores.
A solução da startup, com base em Madrid, permite às empresas pagarem o salário aos seus colaboradores à medida que o mês avança, e de acordo com as suas necessidades particulares, sem que sejam penalizados por isso. O produto permite aos trabalhadores receberem parcelas de salário que lhes são devidas pelo seu trabalho sem terem de esperar pelo final do mês.
“Só não recebemos todos os dias, porque fomos habituados a receber uma vez por mês e nunca nos questionámos”, diz Afonso Anjos, Country Manager da Payflow para o mercado português. “Podermos receber quando nos é mais conveniente deveria ser um direito de todos os trabalhadores e é por isso que a Payflow faz disso missão”, acrescenta.
O modelo de negócio da Payflow é único no mercado de salários on-demand: os colaboradores têm acesso ao seu salário “à la carte” de forma totalmente gratuita, privada e instantânea; às empresas é cobrada uma taxa fixa pelo acesso à solução. Em Portugal, os planos de crescimento da empresa passam por permitir salários “à la carte” a 10 mil colaboradores de 50 empresas até final de 2022 e a cerca de 100 mil trabalhadores de 250 empresas até ao final de 2023. A empresa quer investir 300 mil euros no mercado nacional, até ao final deste ano, e cinco vezes mais no próximo ano.
“Somos a primeira empresa de salários on-demand que é realmente um benefício para os colaboradores, já que o nosso serviço é totalmente pago pela empresa”, explica Benoit Menardo, Co-Founder da Payflow.
“A maior parte das empresas que já usam Payflow escolhem ter um limite de salário à la carte de cerca de 50% do salário, o que garante aos colaboradores receberem sempre metade da remuneração no final do mês. Isso permite-lhes ter dinheiro guardado para a renda ou outras despesas mensais essenciais. Ao mesmo tempo, por ser uma solução que promove o bem-estar financeiro, oferece o salário como benefício social e desencoraja a procura de soluções que tragam stress financeiro e endividamentos formais ou informais”, acrescenta Avinash Sukwani, Co-Founder da Payflow.
“Estamos muito entusiasmados por lançar as nossas operações em Portugal, um país promissor e que, certamente, beneficiará imenso de um acesso ao salário trabalhado, de forma conveniente, pela primeira vez. Mal posso esperar pelo desafio que vai ser atingir as nossas metas de crescimento e, sobretudo, por permitirmos a todos os colaboradores receberem os seus salários quando quiserem”, sublinha Sergi Tomas, VP of Operations da Payflow.
Os colaboradores têm acesso ao seu salário “à la carte” de forma totalmente gratuita, privada e instantânea; às empresas é cobrada uma taxa fixa pelo acesso à solução
A entrada no mercado português faz parte da estratégia de expansão da empresa, que já está em mercados como Espanha, Itália, Colômbia e Peru, na sequência da ronda Série A de 9,1 milhões de dólares, anunciada em janeiro deste ano, e em que participaram investidores como o Y Combinator (Dropbox e Airbnb), Rocket Internet (Delivery Hero e Hellofresh) e Seaya Ventures (Glovo e Cabify).
Fundada em 2020, em Barcelona, a Payflow conta com cerca de 350 empresas no mercado espanhol, proporcionando salário on-demand a mais de 175 mil utilizadores. De acordo com dados da Payflow, as empresas que usam a sua solução contratam 27% mais rapidamente e registam uma redução média de rotatividade na ordem dos 21%.
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