Na luta pelo melhor candidato, as empresas também tentam-se esforçar para melhorar a sua atratividade. Hoje, mais do que nunca, a atratividade do empregador é essencial em garantir que um potencial colaborador se sinta confortável na posição.
De acordo com o relatório “Employer Brand Research 2023” da Randstad, os cinco fatores mais importantes na escolha de um empregador, que os profissionais mais valorizam, não mudaram substancialmente nos últimos três anos.

Os cinco fatores mais valorizados continuam a ser: o salário e benefícios atrativos; o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional; o ambiente de trabalho ser agradável; a progressão de carreira; e a estabilidade profissional.
Apesar de não se terem alterado substancialmente nos últimos três anos, os mesmos aumentaram em termos de importância relativa, com os três principais a aumentarem mais e a distanciarem-se ainda mais dos restantes.
As mulheres, de acordo com a Randstad, consideram que todos os cinco principais fatores de mudança são mais importantes do que os homens, tal como as pessoas com um nível de educação mais elevado.
Empregadores desvalorizam o fator salários e benefícios atrativos
Apesar de sublinhar a relevância destes fatores, a Randstad também acrescenta que, em comparação, existe uma clara diferença entre o que os profissionais valorizam e que os empregadores oferecem.

Para o empregador, o salário e a existência de benefícios atrativos ocupam a 10º posição na sua avaliação.
“Tal como seria de esperar, as diferenças de desempenho em matéria de equilíbrio entre a vida profissional e pessoal e de progressão na carreira – ambos fatores de motivação que ocupam os 5 primeiros lugares e em relação aos quais os atuais empregadores não são altamente avaliados – são mais críticas”
Randstad
Por outro lado, embora a localização conveniente não seja um dos 10 principais fatores do empregador ideal, os atuais empregadores são os mais bem avaliados neste aspeto, mostrando que, em última análise, desempenha um papel mais importante.
86% dos inquiridos atribui importância aos benefícios não-materiais
No que diz respeito aos benefícios não-materiais, a Randstad colocou esta pergunta aos inquiridos: “Ao escolher um empregador, qual é a importância de outros benefícios não-materiais para si?”.
O estudo da Randstad concluiu que os benefícios não-materiais são (muito) importantes para 86% dos inquiridos quando escolhem um empregador em vez do outro, o que é quase tão importante como os benefícios materiais (88%).
As pessoas com idades compreendidas entre os 18 e os 24 anos consideram os benefícios não-materiais menos importantes (79%) do que os outros grupos etários.
Uma boa relação com a direção e/ou os colegas é o benefício não material mais importante (78%). Seguem-se a localização conveniente e a autonomia na sua função (ambas com 64%).
Sugestões aos empregadores
Os cinco principais fatores que determinam o empregador ideal, segundo a Randstad, mantiveram-se inalterados nos últimos três anos. Os fatores mais importantes até aumentaram em importância relativa, o que indica que os profissionais portugueses estão a dar importância a um conjunto mais seletivo de fatores de topo.
Os empregadores estão a ter um desempenho inferior em termos de salário e benefícios, tal como acontece com o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal e a progressão na carreira. “Este é um aspeto que precisa de ser urgentemente melhorado porque, como veremos mais à frente, também pode ter impacto na retenção“, explica a Randstad.
Os benefícios não-materiais são importantes para quase 9 em cada 10 pessoas e são quase tão importantes como os benefícios materiais. “Recomenda-se aos empregadores que forneçam aos potenciais profissionais um pacote completo de benefícios, adaptado às suas necessidades individuais”, adianta a Randstad.
Conheça as melhores empresas para trabalhar em Portugal
O “Employer Brand Research 2023” da Randstad também apresenta as melhores empresas para trabalhar em Portugal. Em comparação com o ano anterior, o topo do ranking sofreu alterações.

Em comparação com 2022, a Delta Cafés caiu para o segundo lugar no ranking enquanto a Microsoft assumiu o primeiro lugar na lista. Em terceiro lugar surge a Hovione, que subiu dois lugares. A Bosch caiu do 3º para o 4º lugar.
O top 10 é fechado pelas seguintes empresas: OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal; Siemens; CUF (Grupo José de Mello Saúde); Nestlé; Volkswagen Group Services; Ikea Portugal.
O setor mais atrativo
58% dos inquiridos vê o setor da saúde como o mais atrativo para trabalhar em 2023. Esta percentagem é, de acordo com a Randstad, impulsionada pelas fortes posições de dois grandes empregadores: a Hovione e a CUF.

Em segundo lugar surge o setor do turismo, desporto e entretenimento (54%). “O setor do turismo, desporto e entretenimento é o segundo classificado em termos de atratividade, mas não há empregadores deste setor entre os 10 principais empregadores“, explica a Randstad.
Isto mostra que as empresas de todo o setor são avaliadas como relativamente atrativas, mas nenhuma empresa específica se destaca das restantes.