“Congelar salários e contratações são exemplos das medidas mais duras, mas, numa perspetiva positiva, a grande maioria das empresas não prevê diminuir o seu headcount nem prevê recorrer a reduções salariais.” Quem o diz é Tiago Borges, Career Business Leader da Mercer, empresa que desenvolveu o estudo Total Compensation Portugal 2020.
A Mercer, empresa de consultoria em RH, desenvolveu um estudo, o Total Compensation Portugal 2020, que revela as intenções das empresas relativamente à contratação de novos colaboradores.
Este estudo revela que houve uma grande quebra no número de empresas que prevê contratar novos colaboradores, em comparação com 2019. Cerca de 19% das empresas participantes admite que pode ser expectável diminuir o número de colaboradores em 2020. No entanto, 58% diz não existir nenhum plano de alteração de headcount.
Das empresas participantes na Special Edition do Total Compensation da Mercer, uma edição especial focada no COVID-19 baseada numa 2ª fase de recolha de dados em julho, 39% optou pelo congelamento das contratações em 2020. Já 13,5% afirma ter optado por diminuir o número de contratações previstas. No entanto, 46% das empresas revela que as intenções de contratação não foram alteradas.
Existem, contudo, empresas que pretendem aumentar o seu número de colaboradores este ano (36%). Em 2021, esse número sobe para os 39%. Mas, na Special Edition, pode-se constatar que mais de metade das empresas nacionais alteraram as suas intenções de contratação (53,8%).
Assim, conclui-se no estudo desenvolvido pela Mercer que 39% do total das empresas participantes na Special Edition optou pelo congelamento das contratações este ano, e que cerca de 13,5% optou por diminuir o número de contratações previstas.
O estudo Total Compensation 2020 realizado pelo Mercer analisou este ano 140.000 postos de trabalho e 466 empresas portuguesas.