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Crónica: Estaremos a ir depressa demais?

Estaremos nós, nesta evolução tecnológica para a melhoria das condições de vida e do progresso das comunidades, a ir depressa demais?

Mário Ceitil Por Mário Ceitil
16 de Agosto, 2023
em CRÓNICAS & OPINIÃO
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A atenção é um dos fatores fundamentais da produtividade.

Sentimos isso a cada momento e nas mais variadas situações do quotidiano, quando, por exemplo, estamos a realizar uma determinada atividade que exige concentração e somos interrompidos, perdendo momentaneamente o ritmo na sua concretização e a capacidade de atenção, indispensável para que a tarefa seja concluída com qualidade.

Por outro lado, provavelmente todos nós já experimentámos também aquela sensação de não darmos pelo tempo a passar, quando estamos a realizar uma atividade de que gostamos, enquanto, no seu inverso, quando estamos a realizar uma tarefa que não nos suscita emoções positivas, sentimos que o tempo escorre lentamente, e até penosamente, muitas vezes convocando a nossa mente para o insidioso pensamento distrativo de “isto nunca mais acaba”.

Como, de acordo com os neurocientistas mais dedicados ao estudo das questões ligadas à Inteligência Emocional, as emoções guiam a nossa consciência para procurarmos atividades que as possam satisfazer, é natural que nos dediquemos mais, em tempo e concentração, às coisas de que gostamos mais e naturalmente menos às coisas de que gostamos menos. É, aliás, por isso, que os investigadores da corrente da Psicologia Positiva assinalam que nós só poderemos alcançar um nível elevado de performance nas atividades de que gostamos muito. Sem isso, correremos sempre o risco de não passarmos de profissionais apenas “suficientemente bons para não serem despedidos”, como sugeria David McClelland.

Portanto, com atenção plena, concentração focalizada e elevada motivação, que é uma condição indispensável para alcançar as outras duas, a nossa capacidade para alcançar resultados exponencia-se e faz aumentar a possibilidade de alcançarmos elevados níveis de produtividade.

Entretanto, têm surgido na comunidade científica e na sociedade em geral, algumas interrogações sobre o efeito que a tecnologização acelerada tem tido na capacidade de atenção e de concentração das pessoas que vão utilizando os dispositivos digitais em cada vez maior escala e em domínios cada vez mais alargados.

Nesta linha, muitos neurocientistas têm vindo a alertar para as possíveis consequências negativas que o excesso de estímulos resultantes da utilização das ferramentas digitais possa a vir a ter na capacidade de atenção e de concentração, conduzindo a um possível fenómeno designado por Earl Miller, especialista do MIT em Neurociências, em entrevista ao Jornal “Expresso” (maio de 2022), como “degradação cognitiva”.

De acordo com este especialista, o aumento e a profusão de estímulos que existem à nossa volta geram “cada vez mais distrações e isso está a causar-nos dificuldades porque o cérebro não está bem equipado para lidar com elas”. Apesar de o cérebro, sustenta Miller, ter evoluído, no seu processo de adaptação, “no sentido de procurar sempre nova informação”, o problema está no facto de ele “estar programado para se focar só numa coisa de cada vez” e tem, por conseguinte, dificuldade em conseguir gerir esta “inundação que existe hoje”. A consequência, segundo o autor, é clara, e potencialmente perigosa: “é uma tempestade perfeita que está a resultar num decréscimo de capacidade de concentração”.

Este processo está a ter uma expressão particularmente sensível nas crianças e nos jovens, onde se nota a progressão de uma espécie de “síndrome de impaciência”, caracterizada justamente pela dificuldade dessas populações em se concentrarem durante muito tempo em determinadas atividades que não passem pela “viagem” quase obsessiva (e, nalguns casos, já com obsessão perigosamente instalada) dos posts nas redes sociais e nos jogos eletrónicos.

Com uma atitude permanentemente orientada para a “postura de texto”, ou seja, cabeça curvada para baixo e olhar “vidrado” no dispositivo eletrónico”, o receio que poderá existir é que esta “verticalidade autocentrada” possa erodir a capacidade de “horizontalidade empática”, centrada nos outros e na relação, o que poderá vir a comprometer seriamente a natureza dos relacionamentos humanos no futuro.

Para combater este tipo de tendências, alguns países, como a Suécia, por exemplo, estão a investir 500 milhões de coroas suecas por ano (de acordo com um texto que me foi enviado pelo meu amigo Pedro Martins) para financiar o retorno aos textos escritos nas escolas, no pressuposto de que os textos em papel, para além de “contribuírem para uma melhor concentração e sossego nas salas de aula”, servem também como estímulo para uma melhor interação dos alunos com os seus colegas, trocando impressões e discutindo os textos em conjunto.

Não está obviamente em causa os notáveis contributos da evolução tecnológica para a melhoria global das condições de vida e para o progresso das comunidades. No entanto, e atendendo aos contributos que a investigação científica nos tem vindo a dar relativamente aos impactos dessas evoluções no conjunto das nossas formas de vida em sociedade, talvez valha a pena ter também alguns momentos de reflexão sobre uma pergunta que talvez valha a pena formular: estaremos nós, nesta evolução, a ir depressa demais? Estaremos de facto a cuidar de garantir que o domínio do mais autêntico e especificamente humano fica, não só, salvaguardo, como é verdadeiramente potenciado como uma alavanca para se conseguir uma melhor e mais profunda humanidade?

Como salienta Kevin Roose, no seu livro “Future Proof” (2021), “a diferença entre usar os dispositivos de uma maneira que aumenta a nossa humanidade ou de outra que a diminui resume-se a quem está no comando”.

E a esses, aos que estão no comando, ou seja, a todos nós, Roose deixa ainda um alerta, e uma prescrição: “A vida é aquilo a que presta atenção. Se quer desperdiçar a sua vida em jogos de vídeo e no Twitter, isso é consigo. Mas devia ser uma escolha consciente.”

Cotejando um conhecido separador de uma estação de rádio: “talvez valha a pena pensarmos, todos, nisto”.


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Comentários 1

  1. Irene Lima says:
    3 meses ago

    Mais uma vez, o Professor Mário Ceitil escreve um excelente artigo, que nos faz refletir sobre as transformações e mudanças que estamos a vivenciar no mundo laboral, escolar e outros.

    Para mim, o professor Mário Cetil é um ser inspirador.
    Bem haja a todos?

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