Desporto e bem-estar num menu robusto e de utilização livre. A aposta do Urban Sports Club dirige-se principalmente às empresas que, conforme refere a responsável pela sua unidade ibérica, percebem cada vez em maior número as vantagens do “salário emocional”.
A pandemia veio colocar a saúde no centro das nossas preocupações diárias, tanto a nível físico como mental. Como é que o vosso conceito responde a estas necessidades?
A nossa missão é muito clara: criar um mundo onde todos gostem de fazer desporto. Para tal, damos acesso aos nossos membros a mais de 50 atividades de desporto e bem-estar, através da nossa app e com uma única subscrição. Desde yoga a crosstraining, futebol, natação, escalada, Pilates, ténis, fitness, massagens, spa e muito mais. Todos os dias podem fazer uma atividade diferente, se assim quiserem, e explorar o desporto de forma livre e flexível.
O nosso objetivo é incentivar as pessoas a descobrirem os desportos de que mais gostam e tornar os portugueses mais saudáveis e menos sedentários, porque o desporto tem um impacto positivo direto nas nossas vidas – a nível pessoal, de saúde e até profissional. Ganha o corpo e a mente.
Qual é a história do Urban Sports?
O Urban Sports Club foi fundado na Alemanha em 2012, em Berlim. Os nosso fundadores identificaram uma necessidade no seu dia a dia: poder treinar desportos diferentes em diversos locais, sem ser necessário pagar várias mensalidades.
A empresa chegou a Portugal no início de 2019 e, nos últimos dois anos, temos trabalhado para aumentar a nossa oferta no país e já estamos em várias cidades e zonas envolventes, como Lisboa, Setúbal, Porto, Braga e Guimarães, contando com mais de 700 parceiros a nível nacional e mais de 10.000 na Europa, onde os nossos membros podem treinar. Estamos constantemente a dinamizar a nossa oferta com atividades e parceiros novos e a criar novas soluções que permitam aos nossos membros manterem-se ativos, como aconteceu por exemplo com as aulas online em direto logo no início da pandemia – e que vamos manter.
A vossa oferta está também disponível enquanto benefício corporativo para empresas. O colaborador vai beneficiar bastante. E as empresas, o que ganham com isso?
As empresas só têm a ganhar com bons benefícios para os seus colaboradores, especificamente com o desporto. Pessoas mais saudáveis e ativas são mais produtivas no trabalho, têm mais energia e estão menos sujeitas a ausências por problemas de saúde – o que é positivo para o colaborador e para a empresa. Para além disto, um bom pacote de benefícios mantém os colaboradores motivados e envolvidos, sendo mais fácil atrair e especialmente reter talento, permitindo um maior desenvolvimento do negócio.
O que revelou o estudo que o Urban Sports realizou recentemente sobre a relação dos portugueses com o exercício físico?
Podemos afirmar que a pandemia alterou os hábitos desportivos dos portugueses. Se antes da pandemia apenas 44% das pessoas praticava exercício pelo menos uma vez por semana, esse número aumentou agora para 51%. Também há mais pessoas a procurar treinos ao ar livre, por exemplo.
Por outro lado, verificámos que quase 70% das empresas não apoia a prática desportiva junto dos seus colaboradores, o que é um número muito significativo. Portugal tem ainda um grande potencial de crescimento no que toca a benefícios corporativos, e nós estamos cá para ajudar as empresas a perceberem a importância destes benefícios para colaboradores e, como consequência, para os seus negócios.
Quase 70% das empresas não apoia a prática desportiva junto dos seus colaboradores
Quem são os vossos clientes corporativos? Que tipo de serviço procuram no que vocês oferecem?
Temos connosco vários tipos de empresas, desde empresas maiores a mais pequenas. Posso citar como exemplos a Microsoft, Millenium BCP, FYI Digital, Talkdesk, Grupo Impresa, entre outras. Mas vemos uma grande tendência nas startups tecnológicas.
Um fator comum a todos os nossos clientes é que procuram ter colaboradores mais envolvidos e saudáveis. Querem acrescentar valor para as suas vidas e bem-estar e dar um passo além do salário tradicional, apostando também num bom salário emocional e num pacote interessante de benefícios que os diferenciam.
Qual o vosso maior desafio atual e que objetivos têm para o futuro?
Creio que o maior desafio neste momento seja mostrar às empresas o potencial do tal salário emocional. As empresas podem fazer mais e melhor no que toca a benefícios para além dos seguros de saúde, por exemplo com políticas de trabalho híbrido ou remoto e com uma subscrição de desporto e bem-estar para melhorar a saúde dos seus colaboradores.
Quanto a objetivos, queremos ter uma maior penetração junto das empresas e reduzir significativamente a percentagem de empresas que não apoia a prática desportiva junto dos seus colaboradores. Vamos trabalhar para que os 70% representados no estudo passem a 0!
Entrevista publicada na edição n.º 138 da RHmagazine, referente aos meses de janeiro/fevereiro de 2022.
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