Segundo alguns estudos, 60% dos portugueses sofre ou sofreu alguma vez de stress no trabalho, assim como quase um milhão são ou foram vítimas de assédio moral. E quase 80% quer mudar de emprego, devido aos seus líderes.
Sendo assim, há que mudar o paradigma das empresas e incutir o espírito da felicidade dentro das organizações. Vejam a visão de Daniel Traça, diretor da Nova SBE, no que diz respeito à felicidade dentro das organizações:
“Nos anos 90 todos nós tínhamos ideais de felicidade”, afirmou Daniel Traça. A palavra felicidade não lhe enche as medidas, pois a felicidade é uma palavra bastante vaga. Para o Diretor da Nova SBE a felicidade é igual a sentido. Mas o que é uma empresa com sentido?
As empresas vivem de máximas como o custo, a flexibilidade, a inovação e o talento para o alcance do sucesso. Muitas vezes esquecem-se na importância dos seus colaboradores, do seu propósito perante a organização. Tudo isto permanece camuflado, muito por culpa da crise económica vivida em Portugal, mas quando esta passar as pessoas não procurarão empresas que lhes ofereça condições monetárias favoráveis, mas sim locais de trabalho em que se sintam bem. Perante este cenário, há que ter em consideração que as pessoas já não procuram nas organizações o mesmo que nos anos 90. O que procuram agora?
Numa primeira fase, os colaboradores procuravam nas organizações uma boa remuneração e isso motivava-as a cumprir as suas obrigações. Mas ao longo dos tempos os trabalhadores começam a dar importância, não só ao salário, mas também ao reconhecimento pelo seu trabalho. Agora, não sendo isso suficiente as pessoas começam a procurar ‘sentido’ nas organizações, ou seja, começam a sentir a necessidade de dar sentido à sua presença dentro da organização.
Atualmente, é importante o sentido de contribuir para algo maior do que a própria organização. Importante é também ligar os resultados da organização às pessoas e ao sentido que lhes dão.
Posto isto, existem 4 princípios importantes em organizações com ‘sentido’:
– Aspiração;
– Valores;
– Equipa;
– Resultados;
E aplicar todas estas características às pessoas, para que o colaborador não seja apenas um número dentro da organização.
Daniel Traça conclui que o nosso Eu, enquanto colaborador tem de estar em constante descoberta primeiro nas suas competências, que vão potenciar o desenvolvimento. Posteriormente, o Eu deve estar atento ao mercado e às suas oportunidades. Só com estas duas coisas é que o Eu pode e deve personalizar o sucesso, que se traduz em felicidade, mas com sentido.
Estas são algumas das conclusões de Daniel Traça, Diretor da Nova SBE, na conferência Felicidade das Organizações, realizada pela Powercoaching, no passado dia 3 de junho.