A ManpowerGroup estima que as intenções de contratação, para os próximos três meses, se fixem nos 16% e projeta uma criação líquida de emprego de 13%.
Nos próximos três meses haverá mais empregadores interessados em aumentar as suas equipas. As intenções de contratação para o segundo trimestre do ano fixam-se nos 16%, mais 4 pontos percentuais (p.p.) face ao período homólogo, “o que abre boas perspetivas para candidatos ativamente no mercado de trabalho”, avança a ManpowerGroup, que divulgou, esta segunda-feira, os resultados do ManpowerGroup Employment Outlook Survey, relativo ao segundo trimestre de 2019.
O estudo que recolhe as intenções de contratação de 60 mil empregadores em 44 países projeta uma perspetiva de emprego líquido de 13% para Portugal, entre abril e junho, mas é na região Sul do país que a perspetiva de emprego líquido é mais elevada (15%). Segue-se a região Centro (14%), Grande Lisboa (12%), Grande Porto (10%) e a região Norte (9%).
“Verificámos um ligeiro abrandamento no início de 2019, em parte devido às previsões económicas para este ano, mas a realidade é que as empresas estão novamente bastante confiantes e isso reflete-se nas intenções de contratação para este trimestre”, afirma Raúl Grijalba, mediterranean regional managing director da ManpowerGroup, citado em comunicado.
Setor de transportes, armazenamento e comunicações é o que mais vai contratar no segundo trimestre
De acordo com os dados do ManpowerGroup Employment Outlook Survey, no segundo trimestre do ano é o setor dos transportes, armazenamento e comunicações que mais vai aumentar o número de trabalhadores, revelando uma uma perspetiva líquida de emprego de 22%. Também os setores financeiros, dos seguros, imóveis e serviços de negócios (19%) e restauração e hotelaria (16%) vão recrutar novos colaboradores. “Ainda que estes sejam os números mais significativos, o setor da eletricidade, gás e água e o setor público e social vão estar bastante ativos, com perspetivas de 14% e 13%, respetivamente”, nota a empresa de recursos humanos, acrescentando que, “depois de um 2018 bastante forte no setor imobiliário, o abrandamento do mercado este ano faz com que o setor da construção seja o mais afetado, ainda que a perspetiva (6%) seja positiva”.
Comparativamente com o trimestre anterior, as perspetivas de contratação aumentaram em cinco dos nove setores de atividade analisados. Os empregadores do setor da hotelaria e restauração revelam um aumento de 12 p.p. As perspetivas de criação de emprego são igualmente mais acentuadas no setor dos transportes, armazenamento e comunicações (10 p.p.) e no setor público e social (9 p.p.). No entanto, as empresas do setor do comércio grossista e retalhista registam uma queda de 5 p.p.
Grandes empresas antecipam maior crescimento
Segundo o estudo da ManpowerGroup, as quatro categorias de empresas analisadas pretendem aumentar o número de contratações durante os próximos três meses, mas são as de grande dimensão que apresentam intenções de contratação mais elevadas, com uma perspetiva líquida de emprego de 35%. Nas restantes categorias, “as contratações devem manter-se estáveis por parte das pequenas e médias empresas, com perspetivas de 15% e 13%, respetivamente, enquanto as microempresas revelam uma perspetiva mais cautelosa de apenas 2%”, informa a empresa de recursos humanos.