A Cisco participa há 14 anos no ranking do Great Place to Work e já há 3 que tem recebido esta distinção, mantendo-se em 1º lugar. O que é que tem motivado esta distinção como melhor lugar para trabalhar?
Dar espaço às pessoas para elas fazerem o que as apaixona e serem elas mesmas. É esperado que as pessoas cumpram com os objetivos, mostrem resultados e desempenhem bem as suas funções, mas nós damos-lhes espaço para elas poderem ir além disso.
As pessoas são o principal motor dos recursos humanos na Cisco. Dão um pouco de si e estão envolvidas em vários temas dentro da empresa. Além disso, as lideranças fora dos RH estão também envolvidas nestas iniciativas, o que faz toda a diferença.
Contamos também com uma boa estratégia de Employer Branding, porém, mais do que atrair as pessoas para Cisco, tem de haver uma boa capacidade de retenção. E os dados mostram que estamos no bom caminho- o nosso turnover regista uma média inferior a 2% nos últimos 3 anos. As pessoas que vêm para a Cisco, ficam na Cisco.
Os nossos colaboradores têm possibilidade de crescer na empresa e isso contribui também para que queiram permanecer, pois na Cisco as oportunidades acontecem dentro das mesmas Unidades de Negócio, bem como noutras dentro da Cisco, sempre com a possibilidade de ficar em Portugal ou ter uma experiência internacional.
Uma das apostas da Cisco é o desenvolvimento pessoal dos seus colaboradores através de comunidades. Que comunidades são estas e que valor acrescentam aos vossos colaboradores?
As comunidades inclusivas da Cisco têm por base o propósito da Cisco: potenciar um futuro inclusivo para todos. Ao pertencer a estas comunidades, os nossos colaboradores são incentivados a fazer networking, desenvolver habilidades de liderança, servir como agentes de mudança e se aproximar como aliados de várias culturas e perspectivas. As comunidades inclusivas apoiam a diversidade de amplo espetro globalmente, incluindo género, etnia, raça, orientação, idade, religião, cultura, histórico, experiência, pontos fortes e perspectivas.
Em Portugal temos 18 comunidades ativas dedicadas à inclusão e colaboração, talento e inovação, cultura e entretenimento, saúde e bem-estar e responsabilidade social corporativa.
Alguns exemplos das atividades organizadas por estas comunidades são o pequeno-almoço de aniversário, em que comemoramos o aniversário dos nossos colaboradores no escritório com um pequeno-almoço e bolo; o “Dia das Nações”, onde nos reunimos no escritório para partilhar e celebrar as nossas cerca de 50 nacionalidades e culturas através de uma experiência gastronómica única; as CiscOlympics, nas quais as nossas pessoas reúnem-se para diversão, jogos e uma competição saudável; o Movember, uma iniciativa em que, há 8 anos consecutivos, a Cisco Portugal participa, incentivando os colegas a fazer crescer o seu Mo, a sensibilizar e sensibilizar para o cancro da próstata, bem como a angariar fundos para a causa; o ICON: Indians Connecting, lançado em Portugal no ano passado para celebrar e divulgar a cultura indiana, no evento de lançamento tivemos danças de Bollywood e comida indiana; e o CDAN: Connected Disabilities Action Network, que visa criar uma cultura inclusiva de deficiência, capacitando Cisconians e nossos parceiros a desafiar as desigualdades de emprego e educação para pessoas com deficiência.
O setor tecnológico é um dos mais desafiantes para atração e retenção de talento. A Cisco tem trabalhado com o Governo e instituições de ensino para tentar dar a volta a este paradigma. Que projetos têm com o Governo e as instituições de ensino? Que impacto é que estas têm tido para a empresa?
As Cisco Networking Academies são programas de formação especializada em tecnologias de informação, organizadas a uma escala mundial, com o principal objetivo de ensinar os alunos a projetar, construir e solucionar problemas relacionados com redes de computadores seguras.
A Academia Cisco é um centro técnico de formação especializado em redes. É política da Cisco Systems que todos os seus alunos passem por um processo de aprendizagem composto por três elementos: aulas teóricas presenciais, aulas práticas (hands-on) e E-learning.
Este programa existe há mais de uma década e conta já com 160 academias no nosso país. Tem como objetivo estabelecer parcerias com a comunidade educacional, desde universidades, escolas secundárias e outras entidades na área da educação, para ajudar estudantes, em todo o mundo, a iniciar carreiras promissoras na área da tecnologia da informação, mais especificamente na área das redes de comunicação de dados.
A Cisco coloca ainda à disposição das academias um portfólio de cursos e os respetivos materiais pedagógicos e equipamentos, desde os mais complexos aos mais simples e fundamentais. Em Portugal já formámos cerca de 47 mil alunos. Em 2022 qualificámos 10 mil alunos.
Contamos ainda com o programa CDA (Country Digital Acceleration), que resulta de uma parceria estratégica com a liderança nacional (pública e privada), e a academia para acelerar a agenda da digitalização nacional e criar novo valor para o país, para o seus negócios e para os seus cidadãos.
Os seus principais objetivos essenciais são aumentar o PIB através de iniciativas que promovam o desenvolvimento económico, promover o empreendedorismo e a educação através da criação de ecossistemas sustentáveis de inovação, criar novos empregos e garantir a igualdade económica por meio da requalificação e programas de formação e assegurar a segurança, confiança e confiabilidade através da cibersegurança.