A redução fiscal das empresas é a medida do Orçamento do Estado para 2018 mais importante para os gestores, que consideram que, para reterem profissionais nas empresas, devem apresentar perspetivas de carreira com pacotes de incentivos e evolução salarial, adianta o Kaizen Institute Portugal.
Apresentado o Orçamento do Estado (OE) para 2019, entre as principais medidas para o próximo ano encontra-se a redução da carga fiscal das empresas, considerada a mais importante para os gestores, avança o Kaizen Institute Portugal, na 15.ª edição do Barómetro Económico. De acordo com os dados do estudo, para 46% dos administradores e CEO’s de médias e grandes empresas, a redução da carga fiscal das empresas era a medida mais importante a ser introduzida no OE, seguindo-se o reforço do investimento em saúde, educação e transportes públicos (28%), e a redução de impostos para os consumidores (20%).
De acordo com os dados do estudo que pretende analisar o tecido empresarial português, e no que diz respeito à gestão dos profissionais nas empresas, a apresentação de perspetivas de carreira com pacotes de incentivos e evolução salarial é, para 47% dos gestores, a política mais acertada para reterem os quadros mais qualificados. Segue-se a definição de objetivos concretos para a empresa e que respondam às expectativas dos colaboradores (23%), a reformulação da cultura empresarial (15%), a flexibilização do horário de trabalho (9%) e a criação de mecanismos de valorização como o financiamento de formação (4%).
Segundo os resultados do mais recente Barómetro Económico, os gestores estão ligeiramente menos otimistas. Em fevereiro de 2018, o seu grau de confiança na economia nacional situava-se nos 13,2 valores e agora posiciona-se nos 12,8. Para promover a competitividade nacional e internacional, 66% dos inquiridos consideram que, do ponto de vista da política fiscal, a alteração do atual código de IRC é a medida mais adequeada, já que se trata de um potencial obstáculo ao IDE.
Mais de metade dos inquiridos (56%) acredita que as previsões do Banco de Portugal, entre este ano e 2020, serão cumpridas, avança o Kaizen Institute Portugal. Os fatores externos (34%), a redução lenta da dívida pública (26%) e o aumento do endividamento das famílias (15%) são consideradas as três principais ameaças à economia nacional.
O estudo adianta que, nos próximos seis meses, metade dos participantes não pondera expandir as operações dos seus negócios para outros mercados. Já num horizonte a três anos, destacam-se as perspetivas de crescimento das empresas até 10% (46%) e entre 10% e 25% (38%).
O Barómetro Económico revela, ainda, que 73% dos participantes defendem que a continuidade de Joana Marques Vidal no cargo de Procuradora-Geral da República seria “fundamental” para a credibilidade do sistema de justiça. Em relação aos objetivos da descarbonização em Portugal, 42% dos gestores consideram que a aposta em transportes públicos de qualidade e de ampla cobertura deve ser reforçada.
O Barómetro Económico resulta de um inquérito realizado a mais de 190 administradores e CEO’s de médias e grandes empresas, públicas e privadas, que atuam no mercado português, representando mais de 30% do PIB nacional, nos setores da indústria, serviços, saúde, logística e retalho.