Autor: Sara Mendes, Head of People & Talent da KLx
A dificuldade de contratação tem sido uma realidade não só em Portugal como noutros países, especialmente no que toca a talentos de topo. O mercado de trabalho tem-se tornado notoriamente competitivo e no setor de TI este cenário não é diferente. As organizações procuram talento altamente capacitado, tendo de trabalhar diariamente para retê-lo numa indústria que está em constante desenvolvimento e crescimento.
Para responder a esta realidade, as organizações estão a adotar novas iniciativas, como a formação contínua dos colaboradores – que não só atrai novo talento como retém o já existente. Este investimento pode passar por vários formatos: sessões de formação, cursos de línguas, workshops, talks temáticas, cursos de conversão de competências, entre outros. Especialmente em áreas relacionadas com a tecnologia, o ambiente envolvente é bastante mutável, com rápidos avanços e muitas mudanças. Assim, há a necessidade de capacitar os trabalhadores destas organizações para que consigam acompanhar o dinamismo do setor, adaptando as suas competências e adquirindo outras.
Além da formação contínua oferecer uma aprendizagem constante e diversificada, contribui também para uma maior produtividade no trabalho. Os colaboradores, ao dominarem novas ferramentas, são capazes de fazer o seu trabalho de forma mais eficiente, mantendo-se informados sobre as mais recentes tendências e tecnologias na sua área. Por outro lado, a constante estimulação do cérebro promove a criatividade, o que permite chegar a soluções inovadoras perante novos problemas. Isto acontece não só pelo desenvolvimento das skills técnicas como das soft skills, entre as quais estão a comunicação, tomada de decisões, gestão de tempo e inteligência emocional.
Ao optarem por estas iniciativas, as organizações assumem um investimento nas pessoas que têm a trabalhar consigo, que se sentem mais valorizadas e, consequentemente, mais dedicadas à empresa. Além disso, a confiança no seu trabalho aumenta e, com novos conhecimentos, habilitam-se a novos desafios dentro da organização que integram, promovendo oportunidades de mobilidade dentro das empresas.
Com a transformação digital dos setores bancário e de seguros, por exemplo, a formação contínua pode ainda constituir uma vantagem competitiva no mercado. O facto de a tecnologia evoluir faz com que as linguagens de programação também se alterem e atualizem, o que gera a necessidade de aprender novos tipos de linguagem de modo a assegurar uma posição profissional no futuro.
Os avanços tecnológicos estão a impactar todos os setores da sociedade que, assim, evolui a uma velocidade necessária de acompanhar. Cabe às empresas adaptarem o seu modus operandi, para que consigam uma gestão mais eficiente do talento, desbloqueando o potencial para prosperar e evoluir. O investimento na formação contínua pode ser a chave para as organizações conseguirem adaptar-se num mercado altamente competitivo e um imperativo estratégico para o sucesso.