Metade do rendimento destes trabalhadores, com um horário laboral de 20 horas semanais, advém de plataformas digitais, de acordo com um estudo da Comissão Europeia.
Portugal encontra-se em terceiro lugar no ranking dos 14 países europeus cujos trabalhadores desenvolvem a sua atividade profissional em plataformas digitais. São 10,6% as pessoas que, no território nacional, usam uma determinada plataforma, ou marca, para trabalhar, auferindo um rendimento mensal. Os dados são de um estudo pioneiro do Joint Research Centre (JRC), da Comissão Europeia (CE), divulgado recentemente.
Negócios como a Uber, Ubereats, Glovo, Cabify, Taxify, Zomato, Booking, Airbnb, centros de contacto e retalhistas comerciais com presença virtual, como adianta o Dinheiro Vivo, empregam trabalhadores direta ou indiretamente – a maior parte da estatística –, quando as pessoas trabalham com a marca, através do uso da plataforma.
Segundo a investigação desenvolvida pelo serviço de ciência da CE, a média dos 14 países cujo emprego adulto advém de atividades profissionais baseadas em plataformas on-line é de 9,7%. O Reino Unido é o país que lidera o ranking, com 12% de trabalhos de plataforma. Segue-se a Espanha (11,6%), Portugal (10,6%), Alemanha (10,4%), Holanda (9,7%), Lituânia (9,1%), Itália (8,9%), Roménia (8,1%), Croácia (8,1%), Suécia (7,2%), França (7%), Eslováquia (6,9%), Hungria (6,7%) e Finlândia (6%).
O Joint Research Centre considera que os trabalhadores principais das plataformas ganham 50% ou mais do seu rendimento através delas e/ou de trabalho prestado via plataformas, durante mais de 20 horas semanais, conforme se lê no Dinheiro Vivo. O centro da Comissão Europeia esclarece que existem dois tipos de trabalho, nomeadamente os que oferecem serviços através das plataformas on-line, onde o contacto com os clientes é digital, o pagamento é eletrónico e via plataforma e o trabalho é realizado na rede, independentemente da localização do cliente, e aqueles cujo trabalho é realizado no local.