O projeto-piloto da semana de trabalho de 4 dias deverá arrancar já em junho e as empresas interessadas em participar podem submeter a sua inscrição até ao dia 20 de Janeiro. Para já, as regras do jogo já estão ditadas: a experiência não pode envolver corte salarial e terá de implicar uma redução de horas semanais
A semana de trabalho de 4 dias é, provavelmente, o projeto-piloto com maior potencial de mudar o paradigma do mercado de trabalho. Depois de estar a ser testado em países como o Reino Unido, Nova Zelândia e Islândia, chegou agora a vez de Portugal começar a testar este novo modelo de trabalho.
O projeto-piloto deverá arrancar em junho e todas as empresas integrantes terão apoio técnico do Estado através de um serviço especializado em assessorar as empresas nesta mudança, com foco na alteração dos processos internos e na resolução dos desafios que as empresas enfrentarão.
A participação das organizações é totalmente voluntária e estas podem desistir do projeto-piloto, sendo que, de qualquer forma, ao fim de seis meses está previsto existir um período de reflexão de um mês para a gestão possa tirar as suas ilações sobre a experiência e determinar se vão manter a nova organização, voltar à semana de cinco dias, ou adotar um modelo híbrido.
A experiência não pode envolver corte salarial, e tem de implicar uma redução de horas semanais. Uma vez que o Estado não oferece nenhuma contrapartida financeira, não será estipulado um número de horas semanais exatas, que podem ser 32 horas, 34, horas, 36 horas, definidas por acordo entre a gestão e os trabalhadores. A semana de 4 dias terá de envolver a grande maioria dos trabalhadores, com exceção das grandes empresas, onde pode este modelo de trabalho ser testado em apenas alguns estabelecimentos ou departamentos.
As empresas interessadas em integrar este projeto-piloto ainda podem inscrever-se até ao dia 20 de janeiro e terão à sua disposição uma série de sessões de esclarecimento relativamente à experiência.