Segundo os dados do INE, o mês de agosto registou um aumento no número de empregados (em 2.900 pessoas, ou seja, 0,1%) relativamente ao mês anterior. Já a população ativa apresentou, devido ao facto da diminuição da população desempregada ser superior ao aumento da população empregada (em termos absolutos), uma diminuição em 4.400 pessoas, isto é, -0,1%. A taxa de desemprego, face ao mês anterior, registou uma diminuição, situando-se nos 6,2%.
A análise por género mostra que no mês de agosto, 6.400 homens, isto é, -4,0%, e 800 mulheres, valor equivalente a -0,5%, deixaram de estar em situação de desemprego. Por grupos etários, os dados revelam que a diminuição do desemprego verificou-se na faixa dos adultos, dos 25 aos 74 anos, com 6.100 pessoas desempregadas a menos do que no mês anterior, sendo esta diminuição equivalente a -2,4%.
Em termos interanuais, o número de empregados registou um aumento de 64.400 profissionais, face ao mesmo mês do ano passado. Também a população ativa aumentou em 76.600 pessoas e o desemprego em 12.300 pessoas relativamente a agosto de 2022.
Os dados do IEFP indicaram que, no mês de agosto, os pedidos de emprego cresceram em 1.692, assim como o número de desempregados registados, em 11.031 pessoas, quando comparado com o mês anterior.
Esta subida no desemprego foi maior para as mulheres, segundo a análise, em 4,8%, do que para os homens, que viram uma subida em 2,7%. Assim, comparativamente ao mês anterior, foi registado um aumento no desemprego em quase todas as regiões do país, sobretudo na Região Norte, com uma subida de 4,7%.
“Esta análise referente ao mês de agosto diz-nos que, apesar de as estimativas do INE mostrarem um decréscimo mensal do desemprego, os dados registados pelo IEFP mostram uma situação diferente. O INE utiliza o Inquérito ao Emprego para medir o desemprego, o que permite obter uma visão representativa da situação laboral no país, enquanto que o IEFP publica dados sobre o desemprego registado nos seus centros de emprego. Sabemos que, em agosto, os setores que registaram os aumentos mais significativos do desemprego foram o setor das ‘atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio’ e a ‘administração pública, educação, atividades de saúde e apoio social’. É muito relevante conseguirmos ter uma visão mais completa do mercado através da combinação destas duas estatísticas, que nos permitem trabalhar o sentido de enfrentar os desafios do desemprego em Portugal”, comenta Isabel Roseiro, diretora de marketing da Randstad Portugal.