Num estudo realizado pela consultora Mercer a empresas portuguesas, 65% das participantes admite que a pandemia foi o principal fator que desencadeou a adesão ao trabalho remoto.
O survey sobre trabalho flexível, realizado a mais de uma centena de empresas em Portugal, demonstra que a pandemia foi um dos principais impulsionadores para a introdução da flexibilidade no trabalho, com cerca de 65% das empresas a considerar este motivo como o fator-chave.
Cerca de 57% referiu que a eficiência é também um business driver para este formato de trabalho, e 48% considera a agilidade e também a mobilidade como elementos-chave para a introdução do trabalho flexível na sua empresa.
E se não houve pandemia?
Muitas empresas haviam já adotado práticas como o flex-time (flexibilidade no horário de início e fim da jornada de trabalho) antes da Covid-19 (58%). Mas 24% admite ter implementado esta prática após a pandemia ou ter intenções de vir a implementar nos próximos 18 meses. Atualmente, apenas 19% das empresas incluídas no estudo referiu não ter implementado esta prática.
Quando questionadas sobre qual o impacto da Covid-19, numa escala de 1 (mínimo) a 10 (máximo), na implementação do trabalho flexível, 66% das empresas selecionou 8 ou mais. Destas, 32% escolheu o rate mais alto, 10. Adicionalmente, 23% das empresas menciona que a pandemia alterou completamente os seus planos relativamente à introdução de medidas relacionadas com o trabalho flexível.
E agora? Quais os planos das empresas?
Segundo os resultados deste estudo sobre trabalho flexível, 57% das empresas inquiridas assume ter planos para fazer alterações no espaço de trabalho, nos próximos meses; e 88% pretende que esta mudança inclua uma transição para espaços mais flexíveis, com uma dinâmica mais ágil ou mesmo virtuais. Cerca de 3 em cada 10 empresas (31%) que pretendem esta mudança, têm preferência por espaços mais flexíveis; e 43% prefere um local de trabalho que seja mais ágil.
As empresas participantes destacam também que o foco da introdução da flexibilidade, independentemente da situação de pandemia, são as pessoas, nomeadamente a promoção do seu bem-estar (86%) e do equilíbrio vida pessoal e profissional (62%). No entanto, as empresas assumem também a importância estratégica da flexibilidade, considerada como uma peça chave na retenção (56%) e na atração de talento (35%).