Para a Kelly, o propósito no trabalho é um tópico cada vez mais importante no dia-a-dia de qualquer pessoa e traduz-se no sentido ou no valor acrescentado que a atividade laboral traz para o indivíduo. Cada vez mais as pessoas valorizam este aspeto em detrimento de outros, como por exemplo, uma remuneração mais alta.
Pedro Pessoa, People Development Manager na Kelly, apresenta o propósito e a cultura empresarial através de uma abordagem psicológica ao propósito desenvolvido pelas pessoas. Define-o como sendo a sensação da própria pessoa de que está a desempenhar uma função que lhe acresce algo.
“Normalmente em psicologia organizacional há três níveis em que isto é abordado. Num nível mais macro está relacionado com a empresa, com a sua visão, os valores e a missão, e a forma como estes aspetos certificam as crenças da própria pessoa; num nível mais meso está relacionado com o impacto que o trabalho traz para a vida dos outros; e, a um nível mais individual, está relacionado com as características do próprio indivíduo e com aquilo com que ele se identifica, ou não, com a função que está a desempenhar”, explica.
Rita Távora, representante de RH na IKEA Portugal, acrescenta que o impacto que as empresas têm nos indivíduos é extremamente importante na forma como estas irão externalizar as suas atitudes para com a empresa. “O objetivo é também ter impacto positivo nas pessoas e começar pelos nossos colaboradores. Cuidar das pessoas e valorizar aquilo que elas têm de especial e único para trazer para a organização“.
Ter uma comunicação bem estruturada
Para atingir este propósito, é fundamental existir uma comunicação bem estruturada, que mostre aos seus colaboradores o seu papel e as suas funções, de forma clara, com o objetivo de terem todos os mecanismos necessários para assegurar uma identificação organizacional e, em sequência, um propósito.
“A empresa é responsável por assegurar uma comunicação transparente e direta para com os colaboradores. Assim, estes vão perceber melhor o que é que é esperado deles e, por outro lado, conseguirão validar as suas expectativas face à empresa”, afirma Pedro Pessoa.
Já Rita Távora demonstra que, no caso da IKEA, é importante comunicar e é importante que as pessoas percebam que estão a contribuir para algo maior. ” Assim, o colaborador consegue compreender o seu papel e perceber que tem algo de único para trazer para o trabalho”, conclui.