Profissionais do setor esperam aumentos salariais, que se irão refletir apenas em determinados cargos, avança o estudo da Robert Walters, divulgado esta terça-feira.
Oportunidades de emprego não faltarão, este ano, aos engenheiros, que esperam ver aumentado o salário que auferem. As conclusões são do estudo desenvolvido pela consultora de recrutamento Robert Walters, sobre expectativas salariais e de emprego. De acordo com o Salary Survey 2019, 81% dos profissionais de engenharia e operações revelam estar confiantes em relação às oportunidades de emprego no seu setor, sendo que 75% esperam receber um aumento salarial.
No entanto, segundo a consultora de recrutamento, em 2019, esperam-se poucas variações salariais, face ao ano anterior, exceto nos casos de production managers, que, com cinco a dez anos de experiência, podem esperar aumentos salariais médios até 25% e QA/QC managers, que, com dois a cinco anos de experiência, podem esperar um incremento médio até 28%. Com aumentos salariais mais modestos, os demand planning, com cinco a dez anos de experiência, podem esperar um aumento salarial médio até 10% em 2019. “Outras posições que poderão experimentar ligeiros aumentos salariais são os sales engineers e os project directors”, avança a Robert Walters.
De acordo com o Salary Survey 2019, 63% dos profissionais de engenharia e operações inquiridos, entre os quais se incluem profissionais de mining, oil&gas, convencional & energia renovável, T&D, indústria e supply chain, construção, real estate e infraestruturas, receberam um aumento salarial no ano passado. A consultora de recrutamento nota ainda que, “embora não tenha havido uma inflação notável nos salários em 2018, os profissionais de engenharia e operações foram beneficiados através de promoções internas e os aumentos salariais verificaram-se, principalmente, ao mudarem para um novo cargo noutra companhia”.
Em 2019, a procura por profissionais manter-se-á em “todos os setores com elevados níveis de procura em 2018 – automotivo, construção, equipamentos, energia e imobiliário” –, e irá registar-se um “aumento na atividade de contratação para o setor dos serviços”.
Adicionalmente a um pacote salarial atrativo, e segundo o estudo da Robert Walters, 69% dos engenheiros inquiridos valorizam o work-life balance, 56% valorizam o grau de responsabilidade e tipo de trabalho, 50% a motivação e possibilidade de aprender com os seus superiores e 31% a flexibilidade horária. Na escolha de uma empresa, pesam fatores como trabalhar numa companhia com uma boa reputação pelas suas práticas empresariais justas e éticas (69%) e uma cultura corporativa que fomente a colaboração com os colegas de trabalho (63%).
De acordo com a consultora de recrutamento, 50% dos profissionais do setor inquiridos encontram-se à procura de emprego “de forma ativa”. Para 47% dos engenheiros, a mudança de emprego seria motivada por um aumento salarial.
A pesquisa salarial europeia, desenvolvida pela Robert Walters, baseia-se na análise de colocações permanentes, provisórias e contratuais realizadas na Irlanda, Bélgica, França, Alemanha, Luxemburgo, Holanda, Portugal, Espanha e Suíça.