O principal fornecedor de Assessments do talento, a SHL, foi reinventado e voltou a operar como “SHL”. A SHL é, desde abril, propriedade da Exponent Private Equity e revela uma identidade atualizada da sua marca.
A marca da SHL é definida por uma nova missão, conjunto de valores e logótipo, já adotado pela SHL Portugal, desenhado de modo a transmitir, de forma mais marcante, o legado da empresa e a sua liderança na avaliação e gestão do talento. A paixão da SHL por fazer avançar a ciência das pessoas no local de trabalho, pela inovação no assessment e pelas melhores práticas ajuda os clientes a transformar a produtividade e a melhorar os resultados dos negócios. O novo logótipo da SHL é simples e forte, captando, visualmente, a noção de conexões e de inovação, que são dois dos seus quatro valores fundamentais, representados por pontos no logótipo. Este também incorpora a energia, a confiança e a paixão da empresa por pessoas e tecnologia, através da nova e vibrante paleta de cores. Para completar a transformação da marca, o novo slogan da SHL, “Talento na Inovação. Inovação no Talento”, reforça o compromisso da empresa em inovar através dos seus colaboradores e do seu portefólio de produtos e serviços. O InfoRH esteve à conversa com o managing director da SHL Portugal, Jorge Horta Alves.
Como surgiu e qual foi o principal motivo desta reinvenção da SHL?
De facto, a SHL foi comprada, nos últimos anos, sucessivamente pela CEB e pela Gartner. Se com a CEB se procuravam complementaridades estratégicas, ficavam algumas dúvidas sobre a integração da área de Gestão do Talento nos objetivos globais da empresa. Essas dúvidas acentuaram-se com a Gartner que decidiu, recentemente, vender a SHL à Exponent Private Equity. Trata-se de um retorno às origens e de um foco da SHL Global naquilo que é a sua missão.
Qual é a nova missão da SHL?
A missão da SHL é consistente com mais de 40 anos de contribuição para obter resultados comprovados em inovações para a gestão do talento. A SHL ajuda as organizações a aumentarem a produtividade através de um conhecimento mais profundo das pessoas. Ao mesmo tempo que fornece energia para o futuro dos negócios, os estudos de impacto dos dados e das ferramentas da SHL mostram comprovadamente que as organizações obtêm resultados mais altos e mais sustentáveis.
A SHL é um dos principais fornecedores de assessment do talento. Que tecnologias e ferramentas tem utilizado de forma a que as empresas tomem decisões de forma eficiente?
O assessment do talento é, de facto, a jóia da coroa da SHL. No entanto, as suas aplicações são muito variadas, assim como as ferramentas e as metodologias utilizadas. A SHL tem desenvolvido, sempre com preocupações de fundamentação científica, numerosos instrumentos de assessment do talento: testes de aptidões, Inventários de Comportamentos Profissionais (OPQ), Exercícios de Simulação (MAS e MAP), Testes de Conhecimentos, Previsões Realistas da Função (Realistic Job Preview), Avaliações Específicas para a Função (Job Specific Assessments) que incluem Simulações de Trabalho (Work Samples), entre tantos outros que podem ser utilizados para a avaliação de colaboradores internos e de candidatos externos. Isto quer dizer que se aplicam ao recrutamento e seleção, às promoções, à gestão da carreira, à elaboração de planos de formação e desenvolvimento individual e de equipas, e a muitos outros aspetos da gestão das pessoas. Um exemplo muito bem-sucedido, em Portugal, é o da identificação e gestão dos colaboradores de elevado potencial, os HiPo (High Potential).
Os vossos benchmarks e analytics ajudam os líderes e as suas equipas a terem a certeza de estarem a recrutar e a desenvolver as melhores pessoas disponíveis no mercado. Acredita que é um fator diferencial da concorrência?
Nenhuma empresa possui tantos dados sobre as pessoas, em todo o mundo, como a SHL. São feitos por ano 40 milhões de assessments e os dados obtidos são trabalhados anonimamente, para elaborar padrões de exigência e de comparação, para as organizações de todas as dimensões e de todos os setores de atividade, em mais de 150 países. Se uma organização quiser saber qual o valor da sua equipa interna ou de um candidato externo, em relação ao mercado nacional ou internacional, a SHL obtém rapidamente essa informação.
Na sua opinião é sempre melhor investir em talentos que já existam na empresa ou captar lideranças no mercado de trabalho?
A experiência mostra que é vantajoso do ponto de vista económico e motivacional esgotar primeiro as possibilidades de encontrar internamente a solução para a necessidade de preencher uma vaga ou uma oportunidade de chefia ou liderança. É preciso, no entanto, que o diagnóstico seja bem fundamentado e não se tomem decisões impressionistas com base em sentimentos ou apenas no desempenho anterior dos colaboradores. O melhor técnico não é necessariamente um bom líder. A SHL fornece às organizações as metodologias e a experiência para obter o melhor resultado no diagnóstico do potencial futuro. Se não for encontrada uma solução internamente então tem de se recorrer ao exterior e ir procurar no mercado, com todas as precauções de ajustamento necessárias.
Nenhuma empresa possui tantos dados sobre as pessoas, em todo o mundo, como a SHL.
Quais são, na sua opinião, as principais inovações do assessment, em Portugal? Como é que a SHL tem ajudado os seus clientes a adaptarem-se a estas novas realidades?
Nos últimos anos as TIC exerceram uma influência determinante no assessment. Não só todos os instrumentos da SHL são aplicados por computador via internet, como surgiram novos modelos de assessment para a avaliação comportamental com base em perfis de competências. Para isso, a SHL desenvolveu também a Estrutura Universal de Competências (UCF), que é a base para a elaboração dos perfis de competências para qualquer função e para o desenvolvimento dos instrumentos de assessement. Estas foram mudanças que implicaram uma grande proximidade ao cliente, não só para a formação técnica e a utilização dos sistemas, mas também para a adoção das melhores práticas para a interpretação dos resultados e a avaliação e a gestão do talento. Aliás, faz parte da filosofia da SHL, transmitirmos todo o conhecimento que possuímos e toda a experiência que adquirimos para o cliente, de modo a tornar as organizações o mais autónomas possível na gestão dos recursos humanos.