Foi lançado recentemente o Worldcom Confidence Index (WCI), um estudo que incide sobre a confiança e receios dos CEOs e CMOs no decorrer dos 12 meses anteriores a setembro de 2020. O estudo mostra que as mulheres líderes estão mais confiantes quanto à sua capacidade de gestão de crise do que os seus pares masculinos.
Conduzido pelo The Worldcom Public Relations Group, grupo de empresas de Relações Públicas independentes, representada em Portugal pela Do It On, o estudo analisa mais de 54 000 CEOs e CMOs de todo o mundo, incluindo Portugal, oferecendo, por isso, uma visão global.
A principal mudança foi o aumento de 7% da confiança de líderes femininas e o decréscimo dos mesmos pontos percentuais da confiança apresentada por líderes masculinos. O facto de estes resultados incluírem o período pandémico sugere que as líderes estão mais confiantes quanto à sua capacidade de gestão de crise do que os seus pares masculinos. Apesar desta subida de confiança, a confiança global e geral dos responsáveis pelas posições cimeiras das organizações decresceu em 9% desde 2019. O WCI oferece conclusões importantes ao planeamento do próximo ano.
As mudanças impostas pela pandemia na forma de operar de muitas empresas resultaram em duas alterações significativas de confiança. A confiança na habilidade de qualificar e requalificar ascendeu 15 posições, alcançando o primeiro lugar do WCI. E, sem surpresa dada a pandemia, a confiança na utilização de tecnologia que permita a colaboração e inovação chegou ao segundo lugar, subindo 16 posições. Ambas estas questões serão certamente fulcrais ao sucesso em 2021.
A subida de interação com um dado tópico entre os líderes não se traduziu num aumento de confiança. Como seria de esperar, a abordagem de tópicos como o governo e mudanças legislativas ou a gestão de crise aumentou em 79% e 40%, respetivamente, desde 2019. Contudo, ambos se mantiveram no top 5 de tópicos em quais foi depositada menor confiança, em conjunto com acordos e tarifas globais, o impacto da comunicação política nas redes sociais nos negócios, o assédio sexual, e outras condutas negativas.
Roger Hurni, Chair do The Worldcom Public Relations Group, afirmou: «A Worldcom acredita que as pessoas agem quando se sentem confiantes em relação aos resultados dessa ação. A confiança inspirada em líderes como Jacinta Ardern, Angela Merkel e, mais recentemente, Kamala Harris, ajudou certamente no alcance dos seus objetivos. Portanto, esperamos que este nosso relatório ajude a cristalizar os principais centros de foco dos líderes em 2021 para que possam dar confiança aos seus stakeholders.»
- Líderes dos Estados Unidos da América são os mais confiantes
A confiança dos líderes dos Estados Unidos aumentou 26% desde 2019, tornando-os os mais confiantes a nível global. Contudo, este aumento de confiança não foi transversal todos os tópicos do WCI. Por exemplo, a confiança dos líderes norte-americanos na privacidade e proteção dos dados decresceu 23% desde 2019. Portugal, por outro lado, manteve-se abaixo do nível médio de confiança global.
Roger Hurni continua: «Apesar da pandemia, 2020 assistiu a um grande foco na necessidade por diversidade em qualquer empresa. As variações de confiança consoante o género desde 2019 mostram-nos porque é que a diversidade contribui para o negócio. Empresas que deram os passos certos para fortalecer as suas equipas neste sentido terão em princípio um bom desempenho em 2021.»
- Confiança na gestão de relações com os media aumentou
A confiança no impacto e papel dos media aumentou desde 2019. Este tópico moveu-se do último lugar em 2019 para a 10.ª posição no WCI de 2020. Os líderes franceses são os mais confiantes, por oposição aos líderes brasileiros, que apresentam maior preocupação relativa a este tópico.
- Tendências Globais
- A pandemia levou à diminuição de confiança dos líderes. Só em 4 tópicos é que se registou um aumento de confiança a nível global;
- Serão as líderes melhores a gerir crises? A confiança das líderes femininas aumentou em 7%, em oposição à confiança dos líderes masculinos que registou uma diminuição de 7%;
- Confiança no impacto e papel dos media aumentou desde 2019. Este tópico passou da última posição em 2019 para o 10.º lugar em 2020;
- Confiança em questões relacionadas com colaboradores cai, com 4 tópicos a sair do top 6 do WCI desde 2019;
- Qualificação e requalificação é o tópico número um de atenção e confiança por parte de líderes;
- Confiança no uso de tecnologia para colaborar e inovar subiu 16 posições, alcançando o segundo lugar no WCI;
- A pandemia é a razão por trás dos tópicos mais mencionados pelos líderes. Governo e mudanças legislativas aumentou 79% desde 2019, bem como a gestão de crise, que aumentou 40%;
- Líderes continuam focados em desafios de longo termo. Plástico e outras questões ligadas à sustentabilidade contam com o quarto mais alto nível de interação;
- O surgimento de novos influencers mantém os influencers enquanto audiência primordial dos líderes;
- América do Norte torna-se a região mais confiante, em comparação com o quinto lugar que ocupava em 2019. Por contraste, destaca-se a América Latina, região menos confiante a nível global;
- A tabela indicativa da confiança por setor demonstra os vencedores e perdedores da pandemia. O setor dos utilitários é o mais confiante de todo o WCI;
- Vale a pena contar com uma visão local da confiança dos líderes. O WCI revela algumas diferenças evidentes na confiança e as suas mudanças entre 36 países. Por exemplo, a confiança de líderes russos no governo e mudanças legislativas decresceu 21% desde 2019, mas, em França, este tópico foi alvo de uma confiança 22% maior.
O Worldcom Confidence Index 12 pode ser visto em maior detalhe aqui.
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