A Arquiled é uma empresa industrial e de tecnologia portuguesa, que fabrica e desenvolve soluções de iluminação LED (Light Emiting Diode), com uma forte especialização em iluminação pública, sistemas e serviços com foco na eficiência energética. Atualmente, a empresa conta com cerca de 70 colaboradores, dos quais 65% estão empregados na fábrica sediada em Mora (Alentejo). A RHmagazine conversou com Miguel Allen Lima, CEO da Arquiled, para perceber, entre outros aspetos, como trabalham a atração e retenção de perfis, já por si, difíceis de recrutar – TI -, e como mantiveram a proximidade com os colaboradores durante a pandemia.
Apresente, sucintamente, o grupo Arquiled e as soluções que oferece.
A Arquiled é uma empresa portuguesa que se dedica ao desenvolvimento e fabrico de iluminação LED (Light Emiting Diode) inteligente e soluções para cidades inteligentes.
Atualmente, a Arquiled é um dos principais intervenientes na iluminação pública tendo, desde 2015, ajudado os municípios portugueses a poupar mais de 20 milhões de euros em energia elétrica e evitado mais de 30 mil toneladas de CO2 para a atmosfera.
Dentro do Grupo Arquiled, a Bright-Science dedica-se a soluções para cidades inteligentes, além de ser o nosso centro de pesquisa. A aposta na inovação e excelência foi a base da decisão para se fundar uma empresa exclusivamente dedicada à investigação e desenvolvimento.
Desde 2015, a Arquiled ajudou os municípios portugueses a poupar mais de 20 milhões de euros em energia elétrica e evitou mais de 30 mil toneladas de CO2 para a atmosfera
O que distingue a Arquiled da concorrência?
Desde sempre que a Arquiled se tem pautado pela inovação e por ser uma empresa 100% nacional com design, engenharia e produção nacional.
Quando apareceu em 2005, a Arquiled foi pioneira a nível europeu no desenvolvimento de soluções de iluminação usando tecnologia LED. Em 2011, desenvolvemos as primeiras luminárias inteligentes conectadas para o primeiro projeto nacional de smart city, o Évora InovCity.
Fomos também das primeiras empresas a usar modelos de iluminação baseados na poupança. Ou seja, a luz como um serviço (Light as a Service), assim como instalámos em Portugal as primeiras redes de iluminação pública totalmente inteligentes, como foi o caso de Valongo ou Tomar.
Já em 2020, em plena pandemia, desenvolvemos duas soluções distintas para apoiar no combate à COVID-19: um conjunto de produtos baseados em LED UV-C que permitem a desinfeção do ar e superfícies, com resultados superiores a 99.99% no caso do SARS-CoV-2; uma solução de monitorização de distanciamento social, acoplada a luminárias, com o intuito de apoiar os municípios a gerirem ajuntamentos e circulação de pessoas, em espaços exteriores.
No âmbito da pandemia, apostaram e continuam a apostar nos formatos de trabalho à distância e blended. Como mantêm a proximidade com os vossos colaboradores?
A nível da produção fabril, essa operação manteve-se sempre ativa. E, para tal, a empresa investiu fortemente em testagem regular e equipamentos de proteção individual. E os resultados foram muito positivos, não tendo havido qualquer surto ou interrupção da laboração fruto de infeções.
A nível do escritório, foi necessário alterar a forma de trabalho. Felizmente já tínhamos uma política e infraestrutura que permitia o teletrabalho. Todas as ferramentas encontram-se na cloud, já usávamos ferramentas de colaboração como o Teams e todos os colaboradores têm computadores portáteis, telemóveis e acessos remotos. Por isso, do lado tecnológico não foi necessário alterar nada.
Do ponto de vista emocional, já foi um desafio mais complexo. Fizemos várias ações de interação, para manter as equipas coesas e motivadas, assim como um acompanhamento de proximidade, em especial nos casos em que sentimos maior fragilidade. Mas, mesmo assim, ainda hoje acredito que nada irá substituir o contacto presencial, para fomentar o espírito de equipa e pertença a uma comunidade, que neste caso é uma empresa. É preciso ter e construir uma cultura de empresa forte, para que as pessoas se sintam envolvidas.
Uma das ferramentas que usamos é o “Yammer” que é uma rede social para empresas, em que a única regra é a de só poder ser usada para fins lúdicos – partilha de experiências pessoais, brincadeiras e alguns passatempos que organizamos.
É preciso ter e construir uma cultura de empresa forte, para que as pessoas se sintam envolvidas
Na fase do confinamento mais estrito, criámos uma happy hour às sextas-feiras, para ser um momento de convívio e de conversa livre. Apostámos, ainda, em reuniões de divulgação de informação, com uma componente lúdica associada, em que enviámos para casa dos colaboradores um lanche ou um desafio, para que pudéssemos conviver, mesmo que à distância.
A Arquiled é uma empresa industrial e de tecnologia portuguesa. Sendo os perfis de TI especialmente difíceis de recrutar, o que têm feito para atrair e reter estes profissionais?
Penso que um dos maiores atrativos é o projeto em si. Não são muitas as empresas que desenham, desenvolvem e montam os seus próprios produtos em Portugal.
Uma das nossas “deformações profissionais” é a de estarmos sempre a olhar para cima, para vermos se as luminárias na rua são da Arquiled. E, costumo dizer aos colaboradores, que aquela luminária só existe pelo seu trabalho.
Detêm uma população jovem com uma média de idades inferior a 40 anos. No que respeita à compensação e considerando que os trabalhadores mais jovens valorizam cada vez mais outro tipo de benefícios, têm apostado no chamado “salário emocional”?
Talvez por sempre ter trabalhado em empresas flexíveis, não vemos essa vertente como algo dedicado a um segmento de colaboradores mais jovens, mas sim uma forma de estar e de cultura empresarial.
A cultura deve ser de responsabilidade. E, por isso, cada um sabe o que tem de fazer e quando tem de o fazer. Por isso, não estamos muito preocupados com os horários, se estamos em teletrabalho ou noutro regime. Cada um tem a responsabilidade de articular a sua vida profissional e pessoal da melhor maneira.
Estamos também muito entusiasmados com a possibilidade de poder voltar a realizar os nossos eventos de convívio e team building de forma presencial. Nesse aspeto, a pandemia limitou o formato desses eventos, mas estamos convictos de que este ano já será possível voltarmos a realizá-los.
Cada um tem a responsabilidade de articular a sua vida profissional e pessoal da melhor maneira
Qual a relação da Arquiled com as temáticas de eficiência energética e sustentabilidade?
A Arquiled é, na sua génese, uma empresa que assenta o seu negócio na eficiência energética e na sustentabilidade. Como já referi, nós ajudamos os nossos clientes a pouparem cerca de 30GWh de energia por ano. Mas, além disso somos uma empresa certificada ISO50001 (eficiência energética) e ISO14001 (ambiental) pela TÜV. Como acreditamos que temos de dar o exemplo, obrigamo-nos também a seguir as normas mais exigentes nesses capítulos.
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