Segundo o estudo “Direção por Missões”, desenvolvido pela DPMC, são mais os colaboradores que se identificam com a missão das suas empresas.
“A missão constitui o fundamento da estratégia e da cultura da organização”. A frase pode ser atribuída aos mais variados intervenientes do setor empresarial, por não raras vezes a proferirem, e foi o ponto de partida para o estudo “Direção por Missões”, desenvolvido pela consultora DPMC, que pretendia estudar a missão nas empresas em Portugal. Conscientes da sua importância para a definição dos seus objetivos e afirmação junto dos stakeholders, 82% dos 377 CEOs inquiridos referiram que as suas organizações têm uma missão definida.
Mas nem todos a conhecem. Os dados do estudo a que o InfoRH teve acesso indicam que 34% afirmam que a missão da empresa não é pública. Os que a conhecem dizem que há ligação entre a missão e a estratégia da organização (73%), a atividade da empresa (47%) e seus valores (46%).
Conhecida a missão, são mais os colaboradores que se identificam com ela, a julgar pelos resultados do estudo “Direção por Missões”, que revela que 52% das chefias consideram que os profissionais se identificam com a missão da empresa. Os restantes 48% não concordam.
Para os CEOs que a DPMC inquiriu, há uma ligação entre a missão da organização e a motivação dos colaboradores (39%). Mas há, também, os que não concordam com a relação entre ambas (33%), os que a consideram irrelevante (19%) e os que a classificam como inequívoca (9%).
Uma vez encontrada a ligação entre a missão e a motivação dos profissionais, os C-level consideram igualmente importante a existência da missão para a execução das tarefas dos colaboradores (45%). No entanto, para 46% a missão não reforça o sentido do seu trabalho.
De acordo com os dados do estudo, que refere que em 75% das organizações dos inquiridos não são desenvolvidas missões pelos departamentos, 43% dos gestores consideram que há coerência entre os valores da missão e as suas práticas. Outros 43% discordam. No que às práticas dos colaboradores diz respeito, 50% consideram não existir coerência entre os valores da missão e as suas práticas e 45% têm uma opinião contrária.
A DPMC inquiriu 377 CEOs, cujas organizações têm mais de 20 anos (46%), mais de dez e menos de 20 (31%), mais de cinco e menos de dez anos (10%) e menos de cinco (13%), que operam no setor dos serviços (80%), industrial (18%) e primário (1%), na região Centro (45,6%), no Sul (36,9%), no Norte (15,5%) e nos arquipélagos (2,1%) e que são de grande dimensão (43%), micro dimensão (22%), média (19%) e pequena dimensão (16%).