“Digitalização da Função RH: Saiba o que a tecnologia pode fazer por nós” foi o mote para o mais recente webinar promovido pelo IIRH. Durante uma hora, os oradores convidados puderam refletir sobre as mudanças que têm pautado a função RH, nomeadamente no que à digitalização diz respeito. O 35.º EncontRHo online contou com o apoio da Cobee – solução digital de gestão de benefícios flexíveis – e da ADP, empresa especializada em Gestão do Capital Humano (HCM) e Payroll.
Sobretudo nestes últimos de anos de pandemia, houve uma aceleração do digital. Com a necessidade de trabalhar a partir de casa, as empresas – pelo menos, aquelas que ainda não o tinham feito – viram-se obrigadas a digitalizar os seus processos. A função RH foi das mais desafiadas e passou por muitas adaptações a esta era da transformação digital. Foi sobre as mais recentes mudanças e desafios no setor que se refletiu no 35.º EncontRHo online promovido pelo IIRH – Instituto de Informação em Recursos Humanos, que contou com os oradores Ana Cristina Fonseca, Head of HR Corporate Center & Shared Services da Sonae; António Franco da Silva, Entrerprise Sales Executive Iberia da ADP; Diana Pinto, People Experience Owner da EDP; Edgar Campos, Senior Account Executive da Cobee, e Eduardo Caria, Responsável de Pessoas & Organização da Ageas. O webinar foi moderado por Cristina Martins de Barros, Managing Director do IIRH, e teve o apoio da Cobee e da ADP.
A primeira a intervir no debate é Ana Cristina Fonseca, Head of HR Corporate Center & Shared Services da Sonae, que fala sobre as principais diferenças na profissão RH trazidas pela pandemia. Para Ana Cristina Fonseca, da pandemia surgiram algumas questões, ainda não resolvidas, que decorrem, sobretudo, da distância imposta às pessoas, que passaram a trabalhar a partir de suas casas. Reflete-se sobre qual o melhor modelo de trabalho e a maioria dos colaboradores não tem dúvidas: o modelo híbrido é o desejável. “Mas traz muitos desafios, ao nível da integração de novos colaboradores, da aculturação de equipas, de manter a motivação à distância, de desenvolver equipas para que trabalhem de forma mais ‘agile’…”, refere. Para a responsável de RH da Sonae, tudo isto exige das equipas e lideranças uma grande aprendizagem e transformação, ressalvando que uma boa comunicação interna foi (e é) absolutamente fulcral neste período.
A Sonae, pela sua dimensão e complexidade, já há muito tempo que não vive sem soluções digitais. E, segundo Ana Cristina Fonseca, a empresa tem vindo, ao longo do tempo, a autonomizar tudo o que pode – desde o processo de aplicação dos candidatos à empresa, passando pelos controlos de ponto e de prazos de finalização de contratos, pela marcação de consultas médicas, até à avaliação de desempenho. E não se encerra aqui. De acordo com a Head of HR Corporate Center & Shared Services, são três os grandes objetivos da empresa: ser aceleradora de transformação, integrando o máximo de soluções digitais; ser um fator de competitividade interna, contribuindo para que os processos de RH alavanquem, e catalisar a experiência do colaborador.
Eduardo Caria chegou à função RH vindo da área da transformação digital – mudança que, só por si, é reveladora da importância da digitalização neste setor. Para o Responsável de Pessoas & Organização da Ageas, é inegável que a tecnologia, a transformação e as pessoas são fatores chave para o futuro das organizações. “Todas as novas tecnologias, a robótica e a automação, vão trazer grandes desafios, mas também grandes alavancas, que poderão ser utilizadas para elevar as pessoas na cadeia de valor”, defende Eduardo Caria. Atrair, reter e desenvolver talentos para enfrentarem este futuro é o principal desafio. “Há que preparar as organizações para serem mais ‘future-proof’ e mais ágeis”, acrescenta.
Por sua vez, Diana Pinto, People Experience Owner da EDP, inicia a sua intervenção referindo que a “Great Resignation” rapidamente deixou de ser um movimento exclusivo dos EUA para se estender aos quatro cantos do mundo. A pandemia fez com que as pessoas repensassem o seu modo de viver e de trabalhar e a flexibilidade tornou-se crucial. Concretamente ao nível do recrutamento, a oradora revela que na EDP a experiência já tinha sido digitalizada antes da pandemia e que, por isso, não foi necessário suspender nenhum dos processos nas diferentes geografias onde a empresa está presente.
“Todas as novas tecnologias, a robótica e a automação, vão trazer grandes desafios, mas também grandes alavancas, que poderão ser utilizadas para elevar as pessoas na cadeia de valor” (Eduardo Caria, Responsável de Pessoas & Organização da Ageas)
Personalizar…para atrair e reter
De facto, como defende Diana Pinto, as pessoas, cada vez mais, repensam a sua forma de trabalhar e valorizam aspetos que, eventualmente, antes do período conturbado que atravessamos, não valorizavam. É neste sentido que surge a palavra “personalização”. Os colaboradores querem que as empresas lhes apresentem uma proposta de valor que vá ao encontro daqueles que são realmente os seus interesses. Falar em flexibilização é a norma – e não apenas no que ao local/horário de trabalho diz respeito. Atualmente, flexibilizar a compensação é também a tendência e é para este fim que surge ferramentas como a da Cobee, uma plataforma que permite às empresas e aos colaboradores uma gestão flexível e autonomizada dos seus benefícios. Tal como explica Edgar Campos, Senior Account Executive da Cobee, “com esta solução, as empresas deixam de ter vários ‘providers’, conseguindo centralizar toda a sua proposta de valor, não só para a entidade, mas também para o colaborador”. A Cobee oferece três produtos: uma plataforma para as equipas de RH, na qual terão acesso a todos os benefícios disponibilizados pelas empresas aos colaboradores, e uma app, bem como um cartão para os trabalhadores. A app dá acesso a todos os benefícios e mais valias e o cartão permite ao colaborador consumir tudo aquilo que lhe seja oferecido.
Se relembrarmos o estudo realizado recentemente pela Cobee, percebemos que, de facto, a compensação flexível é cada vez mais uma temática a ter em atenção. Dos participantes no estudo, foram 84% aqueles que aferiram preferir um pacote de benefícios flexível a uma subida salarial de 2.000 euros.
Para conhecer estes e outros resultados, descarregue aqui o estudo.
É a vez de António Franco da Silva, Entrerprise Sales Executive Iberia da ADP, apresentar a empresa – que apesar da sua enorme dimensão no mundo, em Portugal ainda não tem tanto reconhecimento. A empresa especializada em Gestão do Capital Humano (HCM) e Payroll fatura 15 biliões de dólares anuais, tendo 900.000 clientes em todo o mundo, presentes em 140 países, com 30 línguas diferentes, faz o processamento salarial de 40 milhões de pessoas e detém cerca de 58.000 colaboradores diretos a nível global. O core business da ADP é o processamento salarial. Mas qual a vantagem para uma empresa de externalizar o seu payroll? António Franco da Silva responde: “Ao passarem o payroll – que é uma tarefa importante estrategicamente, mas que não cria valor para a empresa – para um especialista na área, as empresas podem focar-se em atividades como a atração e retenção de talento que, essas sim, aportam valor”.
Com o universo laboral a mudar, prevendo-se que muitas funções desapareçam com a digitalização, formar para as competências do futuro é a chave para este painel de debate.
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