Autora: Anabela Chastre, Presidente da Cimeira Lusófona de Liderança
A Organização Mundial de Saúde define saúde mental como “um estado de bem-estar no qual um indivíduo percebe suas próprias habilidades, pode lidar com o stress quotidiano, pode trabalhar produtivamente e é capaz de contribuir para sua comunidade.” Embora este termo fosse conhecido no geral, só com a pandemia é que o mesmo começou a fazer parte do nosso léxico organizacional.
Duas coisas aconteceram de diferente na abordagem das empresas, a primeira é que o tema saúde mental, que até então era tabu, passou a ser falado abertamente quer pelos colaboradores que ergueram sem medo a sua voz, quer pelas empresas que não tiveram outra hipótese senão, tirar o elefante da sala.
Mas então, o que levou as pessoas a falarem sobre o tema se não o faziam anteriormente? Não sabemos, mas acreditamos que começaram a ter consciência de que seria melhor partilhar esse desconforto com alguém e que ser um super-homem ou super mulher não as ajudaria a ultrapassar sozinhas a situação.
Tendo em conta isso, começaram a chegar os pedidos de ajuda dos colaboradores aos departamentos de RH e daí, face ao número elevado de situações diagnosticadas, as empresas tiveram de pensar e estruturar planos de ação para combater essa tendência. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a ansiedade e a depressão custam à economia global o valor astronómico de 1 trilião de dólares em perdas de produtividade, todos os anos.
O que significa, que custa menos investir em benefícios de saúde para os colaboradores, do que não o fazer. Conscientes de quem nem todos os problemas de saúde mental dos colaboradores da empresa, têm origem no local de trabalho, acreditamos, ainda assim que numa perspetiva preventiva, as empresas podem e devem adotar algumas medidas para ajudar que esses problemas diminuam ou se extingam. O que podem as empresas fazer?
1. Desenvolver um clima organizacional agradável
Uma empresa que tenha um clima organizacional hostil, sem condições de trabalho, pode ser bastante prejudicial para a saúde mental dos colaboradores. Para tal, a empresa deve renovar o ambiente, tornar o espaço limpo, organizado, com boas condições de trabalho. Isso pode contribuir bastante para uma maior satisfação dos colaboradores. Criar espaços de convívio entre todos, também pode tornar o clima de trabalho mais harmonioso.
2. Estabelecer objetivos alcançáveis
Quando estabelecer os objetivos para os colaboradores, a empresa deve ser razoável. Definir objetivos praticamente impossíveis de serem alcançados, pode levar os colaboradores a elevados estados de pressão ou até mesmo burn-out, o que torna as coisas contraproducentes.
3. Reconhecer os esforços dos colaboradores
Uma prática bastante simples, mas ainda assim, pouco utilizada nas empresas. O reconhecimento faz bem à motivação dos colaboradores. Quando estes são elogiados pelos seus líderes, pelo seu bom desempenho, acaba por ser uma motivação para eles e para os outros, também. A meritocracia, deve por isso, fazer parte da cultura e dinâmica da empresa.
4. Proporcionar um equilíbrio entre a vida pessoal e profissional
Uma das principais causas de stress e ansiedade, acontece quando o trabalho ocupa todo o tempo do colaborador, não lhe deixando espaço para ter a sua vida pessoal equilibrada. Sobrecarregar os colaboradores, pode levá-los à exaustão e consequentemente à depressão. Medidas de flexibilização do horário de trabalho e um equilíbrio entre os dias presenciais no escritório e em home-office, pode ajudar francamente a melhorar a saúde mental dos colaboradores.
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