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Saúde Mental: uma condição sine qua non

Flávia Brito Por Flávia Brito
26 Novembro, 2020
em GESTÃO DA CARREIRA RH, HR, MERCADO RH, PESSOAS
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Saúde Mental: uma condição sine qua non
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A pandemia veio chamar, como nunca, a atenção das organizações para o tema da saúde mental. Devido essencialmente ao confinamento, muitas empresas aumentaram os canais de comunicação com os trabalhadores e também o número de iniciativas para promover a saúde e o bem-estar. Mas é preciso ir mais longe.

Dentro ou fora do escritório, é preciso garantir lideranças próximas, sensíveis e confiáveis, avaliar por rotina os riscos psicossociais e criar canais apropriados para a prevenção, deteção e acompanhamento dos colaboradores.

Quem o diz é Filipa Palha (FP), presidente da ENCONTRAR+SE – Associação para a Promoção da Saúde Mental, e Pedro Martins (PM), diretor de recursos humanos e organização da MDS Portugal, que, em entrevista à RHmagazine, falam da importância das relações humanas num mundo cada vez mais digital, da necessidade de adotar uma visão holística nas empresas e de ter lideranças preparadas para lidar com o tema da saúde mental com as equipas.

Como podemos criar relações de trabalho mais humanas?
Filipa Palha (FP), presidente da ENCONTRAR+SE – Associação para a Promoção da Saúde Mental

FP: Trabalhando a dimensão humana das pessoas no local de trabalho. Olhando cada uma das pessoas que desempenham funções específicas durante 7, 8, 10, 12 horas de trabalho de uma forma holística, e reconhecer que existem outros aspetos das suas vidas que deveriam ser considerados no local de trabalho. Entre eles, a sua saúde (física e mental), o contexto social onde se inserem (família, amigos, comunidade onde vivem), acontecimentos de vida significativos, entre outros.

PM: Em complemento ao referido por Filipa Palha, gostaria de realçar que o papel da gestão de pessoas no contexto da transformação digital tem uma relevância acrescida, visto que a tendência é a passagem de modelos de trabalho tradicionalmente relacionais para modelos dependentes da tecnologia, processos, workflows que reduzem essas interações humanas. Deste modo é necessário promover momentos formais e informais de relação entre os colegas, não só para promover a comunicação e, desta forma, evitar eventuais conflitos, mas fundamentalmente para proporcionar ambientes empáticos, com vínculos emocionais e sentimento de pertença à organização criando assim, uma verdadeira cultura empresarial baseada nas pessoas.

Qual o papel das chefias em garantir a saúde mental dos colaboradores?

FP: As chefias têm um papel fundamental, considerando a proximidade que se espera que é expectável terem com as pessoas que fazem parte das suas equipas. Sabendo-se que uma em cada cinco pessoas passa por um problema de saúde mental num determinado ano, e que o nosso bem-estar psicológico/mental é determinante para a boa utilização das nossas capacidades, é evidente o papel das chefias nesta matéria. Não podemos ignorar, no entanto, que, lamentavelmente, também nos deparamos com chefias altamente tóxicas responsáveis pelo adoecer mental daqueles que deles dependem.

Pedro Martins (PM), diretor de recursos humanos e organização da MDS Portugal

PM: As chefias são o elemento fundamental na deteção precoce da saúde mental tendo em consideração a proximidade e conhecimento que têm dos seus colaboradores. Faz parte do seu papel de líder “tomar o pulso” da equipa e estar muito atento a todos os sinais de aumento de mal-estar e diminuição do seu desempenho profissional.

No entanto, é preciso não esquecer que as próprias chefias não estão imunes ao risco de doença mental, muito pelo contrário, pelo que, mais do que uma responsabilidade hierárquica, o garante da saúde mental é de toda a equipa, de toda a organização, e devem ser utilizados todos os canais disponíveis para se poder atuar preventivamente.

Como é que as chefias podem estar atentas e intervir? Que mecanismos podem ser criados dentro das organizações?

FP: As chefias precisam, antes de mais, de ter literacia em saúde mental para poderem ser sensíveis a sinais e sintomas de alerta, e para saberem como agir perante diferentes cenários. É, igualmente, importante que o tema do bem-estar psicológico e da saúde mental seja falado abertamente, que seja reconhecido por todos que faz parte dos valores organizacionais tratar a saúde mental de forma idêntica à saúde física. 

Atendendo ao estigma que ainda existe, o início de certos programas nesta área parte da partilha de experiências de pessoas de relevo na empresa. O exemplo do português António Horta Osório, CEO do Lloyd’s Banking Group do Reino Unido, devia ser mais conhecido pois demonstra como todas as pessoas, independentemente das suas capacidades e/ou lugar que ocupam, podem passar por um problema de saúde mental. Partindo da sua experiência pessoal, Horta Osório reconheceu a importância de atender a esta dimensão da saúde e implementou uma política de promoção da saúde mental nos cerca de 65 mil colaboradores do banco. 

De forma particular, um dos aspetos que já devia estar acautelado nas empresas é o da avaliação sistemática dos riscos psicossociais. 

PM: Antes de mais destaco o papel da sensibilização e formação no âmbito da saúde mental. Mas a formação por si só não é suficiente. A empresa deve dispor de canais apropriados para apoio à prevenção, deteção e acompanhamento dos colaboradores.

No caso da MDS, para além da formação dada para ajudar os colaboradores a identificar precocemente eventuais sinais nos próprios ou nos colegas, complementamos o seguro de saúde, disponibilizado a todos os colaboradores da empresa, com acesso a consultas de psicologia.

O medo de não ser compreendido ou julgado pode ainda condicionar muitos profissionais a pedir ajuda. O que é que as chefias devem fazer para garantir que os profissionais se sentem à vontade para partilhar realmente aquilo que sentem?

FP: O estigma na doença mental ainda é um enorme obstáculo que não pode ser ignorado. Estamos a falar numa mudança de mentalidades que estão alicerçadas em preconceitos milenares. Só em ambientes seguros, com chefias genuinamente sensíveis e confiáveis, é que os profissionais podem sentir à vontade para partilhar experiências desta natureza. Temos pela frente um longo trabalho que obriga a ações concertadas, consistentes e contínuas. 

PM: Neste âmbito, como em todos os aspetos culturais que estão enraizados na nossa sociedade, o papel da sensibilização e formação é fundamental. São processos de transformação morosos e o papel da empresa é não deixar cair o tema, evitar fenómenos de moda e, persistir ao longo dos anos, na capacitação dos colaboradores para lidar com situações próprias e com os colegas.

Quais os aspetos que devem nortear uma empresa com uma cultura organizacional “mentalmente saudável”? 

FP: Como em qualquer outra área da saúde, é necessário medidas de promoção da saúde mental, de prevenção, de intervenção precoce e de recuperação/ reintegração.

Apesar da importância que tem vindo a ser dada aos fatores psicossociais determinantes para o bem-estar no trabalho, a dimensão psicológica/ mental ainda é raramente abordada. As relações interpessoais, a organização do trabalho, as fronteiras entre o trabalho e a vida pessoal, a conciliação entre a vida pessoal, familiar e profissional estão entre os aspetos a ser considerados na criação de uma cultura organizacional que pretenda ser “mentalmente saudável”.

 PM: A saúde mental deve ser uma pedra basilar na cultura da empresa, com âmbito temporal alargado e perene. Se alguma coisa aprendemos com a pandemia é que grande parte das empresas do setor dos serviços, como é o caso da MDS, podem (e devem) deixar de estar vinculadas ao tradicional modelo de trabalho presencial “das 9 às 5”. Modelos de teletrabalho e flexibilização horária permitem um equilíbrio mental resultante da conciliação entre a vida pessoal e profissional. 

Ainda assim é fundamental não correr riscos de corte de vínculos relacionais e emocionais entre os colaboradores e a empresa/equipa. A responsabilidade da organização pela promoção de momentos de relação interpessoal entre os seus colaboradores é acrescida em contextos laborais mais flexíveis. Neste contexto, a promoção de uma comunicação de confiança e empática torna-se simultaneamente um desafio e uma condição sine qua non de sucesso.


Entrevista publicada na edição 130, setembro/outubro 2020, da RHmagazine.
Por Flávia Brito
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