Um inquérito realizado pela CIP mostra que a maior parte das empresas que antes da pandemia tinham programado investir em 2020, agora vão suspender parcialmente, ou totalmente, os projetos.
De entre as empresas que tinham programado investimentos para este ano, apenas 18% dizem que vão manter os planos. As outras ou vão desistir dos projetos, ou revê-los em baixa. A conclusão consta de um estudo apresentado ontem pela CIP – Confederação Empresarial de Portugal, avança a Sábado.
“Apenas 18% das empresas pretende manter os investimentos previstos em 2020”, indicam as conclusões desta semana de um inquérito feito a 1.034 empresas, no âmbito do Projeto “Sinais Vitais”, uma parceria entre a CIP e o Marketing FutureCast Lab do ISCTE. De entre as restantes empresas que tinham planeado investir, 42% diz que vai suspender ou cancelar totalmente os seus planos para este ano, e as restantes (40,3%) dizem que vão manter parcialmente o que tinham programado.
O estudo mostra que a maior parte dos cancelamentos ou suspensões totais de investimento diz respeito a planos de expansão da capacidade produtiva ou melhoria das instalações.
Entre as empresas que dizem querer manter, pelo menos parcialmente, os investimentos previstos, destacam-se a de grande ou média dimensão. As empresas que dizem querem manter o investimento contam conseguir concretizar até 60% do que tinham planeado.
Em contrapartida, entre as micro e pequenas empresas, na maioria a decisão passa mesmo por cancelar ou suspender os planos. O inquérito mostra que a redução das encomendas e as perspetivas económicas negativas são fatores considerados “muito importantes” na decisão de adiamento ou suspensão dos planos de investimento para mais de metade das empresas inquiridas.