Estudo revela que mais de 90% dos inquiridos querem uma nova forma de trabalho: uma combinação entre estar no escritório da empresa e um segundo espaço.
O Avila Spaces realizou um estudo, no mês de Junho, sobre o futuro do teletrabalho em Portugal onde se conclui que o trabalho remoto híbrido é uma tendência no período pós-pandemia: será uma combinação entre trabalhar a partir dos escritórios da empresa e fora, como forma de equilibrar melhor os momentos de negócios e lazer. No global, este barómeto, que inquiriu 1013 indivíduos, conclui ainda que a experiência de trabalhar fora da empresa foi positiva.
A possibilidade de existir um modelo híbrido, que possa conciliar o teletrabalho com a presença regular na empresa, foi apontada por 92,8% dos participantes no Barómetro. Poder optar por um espaço de coworking para passar a desenvolver a atividade, em conciliação com o trabalho no escritório da empresa, é uma das escolhas dos inquiridos totais neste estudo.
Destes, 91,6% trabalharam a partir de casa durante o período de confinamento obrigatório e 51% garantiram que o teletrabalho será uma realidade nos próximos tempos, seja em casa ou noutro local, como num espaço de coworking. A opção por um local de trabalho partilhado evitará até, segundo o Barómetro, algumas desvantagens que os inquiridos apontam em ambiente doméstico: 26% apontam o isolamento como a principal desvantagem e 19,6% apontam a assistência a menores como entrave a trabalhar a partir de casa.
A experiência de trabalhar fora da empresa no período de confinamento foi positiva para 84,1% dos inquiridos. Quando questionados sobre a regularidade desse mesmo trabalho, 30,4% afirma que gostaria de trabalhar fora do escritório uma vez por semana, 28,9% gostaria de trabalhar fora sem uma periodicidade definida e 18,6% gostaria que este modelo fosse permanente.
“Ainda é cedo para fazer balanços, mas acredito, tendo em conta os dados do Barómetro, que os portugueses gostariam de ter um modelo híbrido onde seja possível trabalhar fora do escritório, pelo menos uma vez por semana. Isto é natural, uma vez que nenhuma empresa vai pedir o regresso de todos os colaboradores simultaneamente, é preciso ter precauções”, lembra Carlos Gonçalves, CEO do Avila Spaces.