Na semana passada fui desafiada pela CEGOC a calçar os ténis e a ir caminhar durante cerca de 75 minutos num walkinar. Habituada que estou a webinares achei a ideia interessante e, apesar das dezenas de emails a pedirem a minha atenção aceitei o convite e dirigi-me à “paisagem natural inspiradora e com boa cobertura de rede móvel” mais próxima. No meu caso foi o paredão de Oeiras… mas outras dezenas de pessoas estavam espalhadas por todo o país a ouvir os nossos 3 mentores da caminhada. Logo no início os responsáveis da Walking Mentorship, parceiros da CEGOC nesta experiência, explicaram as origens deste modo de locomoção e os seus benefícios para a nossa saúde não só física como mental pois segundo os especialistas “caminhar atua como um catalisador neuropsicológico que nos ajuda a reduzir os níveis de stress e a aumentar os níveis de concentração, foco, criatividade, memória e até humor.”
Após a apresentação do porquê da metodologia foram propostos aos caminhantes alguns exercícios simples para nos ajudar a contectarmos ao espaço que nos rodeava mas tambem a nós próprios. Nesta fase o objetivo era desacelerar. Numa segunda fase, fomos convidados a pensar sobre os desafios que enfrentamos em termos de equipa e de que tipo de conversa gostariamos de ter com algum colaborador que ajudasse a equipa a ultrapassar desafios. Refletimos sobre o nosso propósito e os nossos objectivos. Sempre a caminhar, sempre rodeados pela natureza.
Apesar desta caminhada ter sido apenas uma “amostra” da nova metodologia Walk the Talk pois os programas para equipas acontecem normalmente em 5 sessões (as 4 primeiras de 1/2 dia e a última de dia completo é a duração do Walk the Talk), deu para perceber que o conceito do Walk the Talk assenta em três pilares: a caminhada, o contacto com a natureza, a mentoria e o coaching. A experiência permite-nos desacelerar, ganhar perspectiva e definir um plano de acção para o futuro.
Saí desta caminhada com vontade de saber mais, de fazer mais uma caminhada completa pois como sabemos o importante é a viagem e não o destino. Fazer uma caminhada com um mentor a guiar a nossa reflexão para no fim alcançar um plano de acção e assim avançar na nossa reflexão interior seja em termos individuais seja en termos de equipa parece-me uma forma muito especial e certamente eficaz de o fazer.
Recomendo vivamente e não me arrependo de ter deixado os emails à espera para ir caminhar e avançar nas minhas reflexões interiores…