O estudo desenvolvido a nível global pela Mercer e que procura avaliar o impacto do Covid-19 nas organizações em todo o Mundo considerando 3 dimensões: Impacto na infraestrutura, Compensação e Teletrabalho e flexibilidade. Este estudo mostra que mais de metade das empresas de Portugal que fizeram parte do estudo (55%) adotou a prática de trabalho a partir de casa para todos os colaboradores. O mesmo estudo, revela que 43% das empresas em Portugal suspendeu todos os processos de recrutamento.
O estudo “How are companies supporting their employees during this outbreak” da Mercer teve como objetivo monitorar, ao momento, o impacto da pandemia do novo coronavírus nas empresas a nível mundial. Este estudo, que pode ser acompanhado em tempo real – uma vez que continua aberto a respostas de empresas em todo o mundo, inclusivamente às portuguesas –, compila agora as respostas do tecido empresarial português.
No que se refere ao impacto da pandemia COVID-19, 59% das empresas portuguesas refere que o impacto da pandemia foi significativo nas suas operações, e 68% das empresas portuguesas referiu ter um plano de continuidade ou plano de preparação para responder à ocorrência de uma pandemia.
No inquérito realizado, quase 62% das empresas nacionais admitiu ter encerrado todos os seus escritórios e apenas 14% referiu não encerrar, nem ter intenções para tal.
Para Tiago Borges, Rewards Leader da Mercer Portugal:
“a realidade Portuguesa está muito em linha com as tendências internacionais, com a agravante de que se prevê que o impacto do COVID 19 seja particularmente gravoso no nosso país, pela dependência da economia do setor dos serviços, e em particular do turismo, altamente expostos no momento atual.”
No que diz respeito aos processos de recrutamento, 43% das empresas cancelaram todos os processos de recrutamento, 19% referiu manter exclusivamente processos relacionados com substituições e 29% referiu não ter cancelado, alterando as práticas de recrutamento com recurso a entrevistas virtuais. Apenas 9% das empresas referiram manter os processos de recrutamento sem alterações.
No campo da compensação, 69% das empresas afirma ter implementado os incrementos salariais previstos para 2020, em particular porque 32% das empresas já os havia implementado antes da pandemia ter escalado e 37%,
porque já havia comunicado antes do início do surto pandémico, admitiu que iria implementar nas datas previamente definidas.
Ainda no âmbito da compensação, das empresas inquiridas, 55% refere que não ter realizado qualquer alteração no salário dos funcionários em regime de teletrabalho, sendo que apenas 5% refere ter realizado redução ao nível dos salários, mas apenas ao nível dos executivos
Relativamente à compensação variável, algumas organizações assumem já ter tomado algumas medidas de ajustamento (ex. adiamento da definição dos objetivos ou ajustamento nos targets), no entanto, 45% das empresas refere ainda não ter definido quais os ajustamentos a realizar relativamente a este tipo de compensação.
Sobre a adoção da prática do trabalho a partir de casa, 55% das empresas revelou ter todos os seus colaboradores em regime de teletrabalho. No entanto, e previamente à situação de pandemia, em 76% das empresas, menos de 25% dos colaboradores tinha o hábito de trabalhar a partir de casa de forma regular.
Quanto aos colaboradores que trabalham a partir de casa e têm de dar assistência aos seus filhos que, por efeito do encerramento das escolas, se mantêm também em casa, 62% das empresas inquiridas refere ter apostado totalmente na flexibilidade horária dos seus colaboradores
Tendo como objetivo manter o foco e envolvimento de todos, 70% das organizações refere ter desenvolvido comunicações regulares da liderança para todos os colaboradores com foco na partilha de informação sobre as ações tomadas pela empresa.
Este estudo inovador da Mercer sobre os impactos do COVID 19 nas empresas, que decorre a nível mundial, tem uma particularidade que o distingue de outros estudos do género: decorre enquanto a pandemia progride, permitindo, assim, monitorar, ao momento, a evolução das respostas das empresas aos desafios colocados pela pandemia.
Os resultados deste estudo são automaticamente atualizados sempre que existem novos participantes, permitindo com que a Mercer possa medir o pulso das organizações (globalmente e por região) no que diz respeito às medidas tomadas em resposta aos desafios criados pelo COVID 19.