A natureza mutável do mercado de trabalho é a sua única constante. Assistimos, com frequência, à obsolescência de certas profissões e ao aparecimento de outras que outrora seriam remetidas para o campo da ficção científica.
Esta volubilidade é sinónimo de que as aptidões procuradas são, também, alvo de constante evolução; de que se exige cada vez mais ao candidato; de que a combinação de aptidões é cada vez mais singular.
Preparar um aluno para a sua entrada no mercado de trabalho, e dar-lhe uma perspetiva da sua caminhada pelo mesmo, é uma tarefa morosa, que exige uma equipa multidisciplinar. Em muitos casos, implica ter de desmistificar ideias pré-concebidas, cujo desenraizamento lhe possibilite vislumbrar que essas crenças são limitantes e que as suas capacidades técnicas e soft skills lhe permitem um número de opções mais vasto do que antecipava.
Dando como exemplo uma das práticas da Nova School of Business & Economics (Nova SBE), o departamento de Career & Corporate Placement começa a preparar os alunos para esta jornada desde o primeiro ano de licenciatura, através de um programa de desenvolvimento de carreira que os acompanhará ao longo dos três anos do curso. Os alunos de mestrado contam, igualmente, com um programa semelhante, adaptado à sua realidade.
O desenvolvimento estratégico de programas deste tipo baseia-se no estado de arte de áreas como Gestão de Recursos Humanos, Psicologia Organizacional ou Coaching e é constantemente adaptado à realidade laboral e às exigências do mesmo.
A preparação para esta etapa é um desafio que exige a procura de novas e interessantes formas de introduzir os alunos a esta temática, numa fase em que a exigência académica monopoliza grande parte do seu foco. Criar uma noção realista daquilo que os aguarda implica expô-los a situações que simulem os cenários mais prováveis de ocorrer.
Muitos alunos dão início, por sua própria iniciativa, a uma viagem de desenvolvimento pessoal, ao procurar aconselhamento individual – uma tendência crescente. Esta busca assume várias formas. Alguns optam por abordar professores, expondo-lhes as incertezas que têm e outros procuram mentoria num aluno mais velho ou junto dos Alumni. Um profissional já estabelecido cujo trajeto se assemelhe ao que procuram é, frequentemente, alvo da sua preferência na escolha de um orientador, mas também os career consultants, que têm uma visão mais abrangente, são procurados com regularidade.
Ter ao seu alcance tanta informação pode ser difícil de digerir e leva-os a questionar as escolhas contemporâneas e futuras e esta prontidão, em refletir sobre o seu futuro, revela a importância que o aluno atribui à gestão da sua eminente carreira.
Dar, tão antecipadamente, a orientação necessária para obterem uma ideia clara das diferentes oportunidades que a sua formação lhes pode providenciar é uma forma de garantir que conseguem traçar objetivos plausíveis e estarão preparados para as diferentes etapas pelas quais terão de passar para os alcançar.
A inevitabilidade da mudança, de surpresas, de momentos determinantes, podem levar o aluno a optar por um rumo totalmente diferente daquele que previu. Uma gestão de carreira eficiente promove uma jornada bem-sucedida. Este sucesso é o resultado de uma previsão verosímil das exigências de um cargo, das aptidões necessárias para o mesmo, da adequação dos talentos naturais (e adquiridos) de cada individuo à função em causa e do prazer que retirará da execução desta.
Esta fórmula leva o seu tempo a ser determinada e exige dedicação, capacidade de adaptação e, muitas vezes, de improvisação e coragem.
A gestão de carreira e o que isso implica sofreu também uma metamorfose. Se há 20 anos a ideia passava por garantir um trabalho a longo-prazo – e o planeamento da carreira se traduzia num plano a 10 ou 15 anos e se focava no crescimento dentro das empresas –a inversão deste paradigma trouxe novos desafios. Atualmente, é colocada ênfase no alinhamento entre as aspirações profissionais de cada trabalhador e os objetivos da empresa.
Quando não há uma coincidência exata, a solução pode passar pelo apoio dado ao colaborador para que mude de funções dentro da empresa, desde que a alteração continue a ter um contributo para os objetivos da mesma. Ou, ao invés, pela procura, no mercado de trabalho, de uma empresa que reúna as condições que pretende.
Para um aluno, esta realidade pode ser difícil de conceptualizar e cabe à escola criar formas de a trazer para uma dimensão que possa experimentar. As Nova SBE Career Fair são exemplo de um microcosmo do mercado de trabalho e nestas um aluno pode interagir com diferentes empresas, comparar as distintas exigências e condições que oferecem e, assim, começar a ter uma ideia das opções que tem ou mesmo incorrer em processos efetivos de recrutamento, de um modo mais informal e com menor pressão. As anteriores edições das Nova SBE Career Fair foram fundamentais para o programa de desenvolvimento de carreira e o seu sucesso corrobora a importância de continuar a sua organização (sendo a próxima em fevereiro).
O apoio na gestão de carreira é fundamental para o sucesso do aluno no mercado de trabalho e o seu desenvolvimento continuará a ser, por esse motivo, uma aposta da Nova SBE.
Por: Julie Eracleous, diretora do Gabinete de Career & Corporate Placement da Nova School of Business & Economics