Não é a idade que os portugueses mais valorizam nas suas chefias, antes a sua capacidade inspiracional. A conclusão é do estudo da Randstad, divulgado ontem.
A capacidade inspiracional é a característica que os portugueses mais valorizam nas suas chefias diretas. De acordo com o Randstad Workmonitor, relativo ao segundo trimestre e divulgado esta quarta-feira, para 90% dos inquiridos é mais importante que os chefes os inspirem do que a sua idade. Esta perceção posiciona Portugal acima da média global (83%) e dos restantes países participantes. A Espanha e o Brasil são os territórios que se aproximam do valor nacional (87%).
Há também portugueses (59%) que preferem que o seu chefe direto seja da sua idade ou mais velho, menos dez pontos percentuais comparativamente com a média do estudo. Apenas a Polónia (47%), Holanda (52%), Noruega (53%) e Bélgica (58%) apresentam uma percentagem de resposta mais baixa do que Portugal.
Quando analisada a capacidade da chefia trabalhar com uma equipa multigeracional e contribuir para a construção da carreira profissional dos seus colaboradores, 74% dos participantes portugueses afirmam que o chefe “tem talento para trabalhar com gerações diferentes” e 66% acreditam que a sua chefia “se preocupa com o seu percurso profissional”.
Segundo o Randstad Workmonitor, os portugueses preferem trabalhar num contexto multigeracional (89%), que, de acordo com as suas respostas, potencia ideias e soluções inovadoras (88%). A colaboração entre profissionais de diferentes gerações é benéfica quer para a organização, quer para os trabalhadores. Portugal coloca-se, mais uma vez, acima da média global (85%) com 87%.
O estilo de comunicação é apontado, por 81% dos portugueses, como a principal diferença sentida na comunicação que estabelecem com as gerações que compõem as equipas. No entanto, para 21% dos inquiridos o estilo de comunicação não é considerado uma dificuldade na interação com os colegas de faixas etárias diferentes.
As redes sociais constituem-se como um importante elemento de comunicação. Em Portugal, 72% dos participantes no estudo indicam estar conectados com os colegas de trabalho em redes sociais como o Facebook ou o Instagram. Quando se trata de estar ligado com o chefe direto, o valor baixa para os 40%.