As viagens, para além de melhorarem o trabalho e espírito de equipa, ajudam na motivação individual do dia-a-dia, refere Andreia Augusto, managing director da I Go Travel.

A adoção de benefícios extrassalariais tem sido cada vez mais apontada como um dos fatores que atrai e retém talento nas organizações. A I Go Travel tem seguido a tendência para satisfazer as necessidades dos colaboradores que envolvem aspetos sociais, de autoestima e autorrealização. É nesse momento que entram em cena diversos benefícios atraentes que incluem, entre outros, viagens de incentivo, como explica Andreia Augusto, managing director da I Go Travel.

A atração de talentos está cada vez mais desafiante. Na sua opinião, quais os benefícios que mais se destacam e chamam a atenção dos profissionais?

Esta questão é muito específica e existem alguns fatores que dependem quer da cultura da empresa, quer do setor de atividade onde se inserem. No nosso setor, os benefícios extrassalariais são, sem dúvida, o que permite a diferenciação na contratação. O conceito de wellbeing at work tem-se desenvolvido dentro das organizações e permitido que o espírito de equipa seja mais evidente, levando à retenção dos talentos. No entanto, há de ter em atenção que os colaboradores têm preocupações diferentes ao longo da sua vida profissional e que os benefícios devem serem adaptados às realidades de cada um.

E para reter os talentos como e onde é que as empresas se podem destacar?

Para mim, o plano de formação e integração é, sem dúvida, uma alavanca para o desenvolvimento da carreira dentro da organização organização. O acompanhamento dos recursos humanos, o reconhecimento e a cultura da empresa ajuda a médio/longo prazo à retenção dos talentos. Contudo, o fator renumeração variável (prémio) e fringe benefits continua a ter muito peso para reter talento. Em particular, se a empresa permitir um melhor equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. As melhores empresas atuam proativamente nesta frente e procuram oferecer momentos de lazer aos seus colaboradores, que permitam equilibrar a exigência e o stress que decorrem de trabalhar num mercado cada vez mais competitivo.

As viagens estão nas primeiras opções dos colaboradores. Quais são os principais desafios da gestão das viagens de incentivos?

As nossas viagens são sugeridas e desenhadas de acordo com os perfis dos nossos clientes. Temos de ter em atenção vários fatores que diferem as organizações em si. O que pretendemos é que os colaboradores possam criar memórias de dias agradáveis, ao mesmo tempo que se trabalha as relações entre colaboradores, espírito de equipa e bem-estar dos profissionais. Aproveitando também, para implementar novas práticas, como sustentabilidade e inovação.

Neste âmbito, como pode a I Go Travel ajudar os profissionais de RH?

Na I Go Travel gostamos sempre de reunir com a área de RH e com as áreas de intervenção como o marketing, produto ou área comercial, tentando em conjunto entender o propósito do incentivo ou da necessidade, que poderá passar por criar internamente um desafio sobre determinada área, por vezes tão simplesmente como um concurso interno, de recrutamento, de inovação e que levará a um prémio de uma viagem ou voucher de viagem. Nos últimos dois anos as empresas têm apostado muito na oferta complementar de voucher viagem ao incentivo de viagens, por não terem um caráter de trabalho mas sim de lazer. Os questionários de satisfação anual têm demonstrado que estas ferramentas têm levado ao incremento da satisfação e retenção de talento dentro destas organizações. As viagens, para além de melhorarem o trabalho e espírito de equipa, ajudam bastante na motivação individual do dia-a-dia, permitindo aprofundar a relação com a marca/empresa.

**Outro grande benefício das viagens é a redução de stress. Que impactos positivos trazem os investimentos à qualidade de vida dos colaboradores e às empresas?**

Fazemos sempre follow-up das viagens que realizamos e o feedback é sempre muito positivo, quer da parte dos colaboradores, quer da parte das chefias. Verifica-se que os colaboradores regressam às suas funções com vontade de fazer mais e melhor para obterem a sua recompensa. Por parte das organizações o feedback também tem sido extremamente positivo e inclusive há empresas que chegam a realizar encontros pós-laborais para recordarem as viagens realizadas.