Os empregadores devem ajudar os colaboradores a alcançar um relacionamento mais positivo, equilibrado e saudável com o trabalho, visto que os profissionais que trabalham em excesso correm risco de ter um esgotamento, de acordo com o CEO da Hays.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou recentemente o burnout como um diagnóstico médico legítimo. De acordo com o manual da organização, os sintomas podem incluir: sensação de esgotamento ou falta de energia, sentimentos negativos relacionados com trabalho e ainda, pouca eficácia.
O CEO da Hays, Alistair Cox, alertou os empregadores para que procurassem os seguintes sinais num colaborador que trabalhasse demasiado: ser a primeira pessoa a chegar e a última a sair do escritório, trabalhar constantemente durante os fins de semanas, nunca usufruir o direito a férias completas e verificar compulsivamente os e-mails de trabalho fora de horas de trabalho. Alistair informou que, com o tempo, esse comportamento pode tornar-se destrutivo e que poderá levar ao esgotamento.
Alistair Cox afirma que as potenciais causas do vício no trabalho podem incluir fatores como a tecnologia e o medo de serem substituídos “O medo de se ser substituído, seja por um robô ou por um humano que entendamos que seja mais talentoso e que trabalhe mais do que nós, é muito real. Para contrariar este sentimento de insegurança, sentimos que precisamos de trabalhar mais, de nos responsabilizarmos mais e de alcançarmos mais do que qualquer outra pessoa ”.
Assim, os empregadores têm um papel fundamental a desempenhar em travar este ciclo vicioso antes que se torne numa epidemia. Assim, Alistair Cox, CEO da Hays, partilha três dicas para ajudar os líderes empresariais a controlar esta tendência.
Pensar no impacto das ações
Às vezes é inevitável, ter que trabalhar até tarde ou até mesmo no fim de semana. Mas como líder, não deve definir essa expectativa para a sua equipa. Por exemplo, se tem que trabalhar até tarde, tente agendar os seus e-mails para serem enviados durante o horário de trabalho. Isso limitará o risco dos colaboradores se sentirem obrigados a responder ou a trabalhar durante o horário laboral.
Gratificar a qualidade do trabalho, não a quantidade de horas trabalhadas
Analise como mede o sucesso, avalia e seleciona os potenciais colaboradores a serem promovidos – os processos estão a recompensar as coisas certas? Se não, é hora de repensar e de alterar os processos. Da mesma forma, tente elogiar abertamente e publicamente colaboradores que não trabalham em demasia e que estão completamente comprometidos com a empresa.
Incentivar a equipa a tirar realmente férias
Incentive os membros da sua equipa a utilizar todos os dias de férias a que têm direito durante o ano – converse e incentive para que aproveitem os dias da melhor forma e exija a que não respondam a emails ou telefonemas profissionais, durantes as férias. Para além disso, incentive a terem intervalos regulares e desencoraje o almoço à frente dos computadores.
É importante que os lideres empresariais sejam os principais exemplos e que estabeleçam uma vida mais equilibrada, dando prioridade à saúde física e mental.
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