O employer branding é um dos pilares estratégicos da Blip? Porquê?
O Employer Branding é efetivamente um dos nossos pilares estratégicos. A par da Responsabilidade Social Corporativa, da Diversidade e Inclusão, do Nível de Envolvimento dos Colaboradores nas iniciativas transversais ao negócio e do programa de estágios remunerados de verão, o BETa, são aquilo que consideramos uma abordagem holística à atração e retenção de talento.
O nosso ADN criativo, diferenciador e inovador e a competitividade pelo talento no setor das tecnologias de informação aliados ao facto de não termos contacto direto com o cliente final, criaram naturalmente este foco nas pessoas, o que nos leva a afirmar que somos uma organização people centric. Além disso, mantemos com orgulho a nossa alma de start-up, o que se traduz num ambiente de trabalho de proximidade, colaboração, flexibilidade, equilíbrio da vida profissional com a vida pessoal e constante inovação. O próprio desafio tecnológico patente na nossa área de negócio é um dos fatores chave na nossa estratégia de atração e retenção de talento.
Hoje em dia, pela visibilidade que as empresas dão às suas estratégias e aos seus processos, é cada vez mais difícil ditar tendências de Employer Branding, mas acreditamos que continuamos a ser uma das principais referências nesse sentido, muito pela experiência que proporcionamos a quem trabalha conosco, experiência essa que começa ainda na fase de recrutamento. O walk the talk é um dos nossos principais pontos diferenciadores.
As gerações mais novas são mais exigentes em relação ao ambiente de trabalho e às oportunidades de crescimento e desenvolvimento pessoal?
Pela nossa experiência, nesta área de negócio em particular, não. Talvez por haver um desfasamento tão grande entre a oferta e a procura, i.e., pelo facto de haver poucos recursos disponíveis no mercado e a procura por esses recursos ser cada vez mais elevada e competitiva, o nível de exigência é grande e transversal a todas as gerações. Se tivesse de falar em poder, diria facilmente que candidatos e/ou colaboradores e organizações estão hoje mais nivelados do que nunca, o que potencia o desenvolvimento da área de Gestão de Pessoas e do próprio Marketing, se partirmos do (bom) princípio de que qualquer boa estratégia de Employer Branding tem hoje tanto de uma área como de outra.
De qualquer forma, de um ponto de vista mais a montante, é mais importante perceber as diferenças entre as gerações e respetivas exigências e adaptarmo-nos do que ter uma abordagem comum para fazer face às necessidades das pessoas que nos procuram ou que já trabalham conosco.
É igualmente de notar que as empresas começam a perceber que a estratégia não funciona nem pode ser aplicada de forma eficaz se as pessoas não estiverem motivadas, nem conhecerem qual o propósito do seu trabalho diário. As hierarquias estão cada vez mais esbatidas, e a transparência e proximidade são fatores críticos de sucesso na motivação dos colaboradores. Além disso, quem não gosta de ter um plano de desenvolvimento pessoal personalizado? O impacto que podemos ter numa organização está intrinsecamente ligado aos nossos níveis de exigência, algo que considero inato e que deve ser avaliado logo no processo de recrutamento. Dessa forma, não haverá expectativas goradas em nenhum dos intervenientes.
De que forma é que pessoas mais descontraídas e felizes no local de trabalho se podem tornar mais produtivas e alcançar melhores resultados?
Na minha opinião, o conceito de felicidade profissional é muito subjetivo. Pode passar por um bom salário, perspetivas de progressão e evolução dentro da organização, um PDP personalizado e estruturado, flexibilidade, equilíbrio da vida profissional com a vida pessoal, cultura de feedback, transparência, respeito, o propósito da organização, comunicação aberta, alinhamento de expectativas, objetivos ou mesmo um misto dos anteriores. As próprias políticas de Responsabilidade Social Corporativa da organização e o respetivo impacto direto ou indireto que têm no meio onde se insere podem ser um fator que contribui para a felicidade dos colaboradores. A bilateralidade do alinhamento dos valores da empresa com os valores das suas pessoas é fundamental.
Na Blip, acreditamos que quanto mais diversas forem as equipas melhores serão os resultados. Temos uma cultura organizacional bastante aberta e inclusiva. Para nós, diversidade passa por ter equipas o mais heterogêneas possível com membros de géneros, crenças, idades, etnias, nacionalidades, orientação sexual e formação diferentes e/ou portadores de deficiência. A diversidade origina mais conhecimento e inovação e está cientificamente provado que as equipas mais diversas são mais produtivas e mais felizes. Se aliarmos a diversidade à flexibilidade e ao equilíbrio da vida pessoal com a vida profissional temos uma fórmula vencedora onde todos ganham de forma clara. A organização e as suas pessoas.
É também importante realçar o nosso projeto global de Responsabilidade Social Corporativa de sensibilização para a causa da Saúde Mental que contempla iniciativas concretas de angariação de fundos para que organizações como a Encontrar+se, uma IPSS nacional focada única e exclusivamente na causa da Saúde Mental, possam levar a cabo o seu trabalho da melhor forma possível.
A primeira dessas iniciativas é o Walking Month. Trata-se de uma competição que promove um estilo de vida ativo e saudável, aliado à recolha de donativos para esta causa, incentivando os participantes a caminhar mais do que o habitual. A competição consiste em dar o maior número de passos durante 1 mês e as taxas de inscrição revertem na totalidade a favor da associação.
Nos escritórios da Blip não faltam formas de descontração. Como se firmam as barreiras entre a diversão e o trabalho? Essas barreiras existem?
Desde o início que adotámos a lógica de “máxima liberdade, máxima responsabilidade”. Desde que articuladas com as respetivas equipas, as pessoas têm autonomia para gerirem o seu tempo da forma que considerem mais eficiente. Como é óbvio, esta autonomia tem de estar alinhada com os objetivos pessoais e do negócio. Como tal, não existem barreiras, incluindo a nível físico. Estamos instalados num open space onde sobressai a transparência e a amplitude do próprio espaço. Existem espaços para confraternização, descanso, não existem postos fixos de trabalho, o próprio ambiente de trabalho é completamente personalizável. Passamos mais horas no emprego e com colegas de trabalho do que com a nossa família e amigos, logo o conforto e a descontração são fatores fundamentais para que essa convivência seja o mais salutar possível. Construímos a Blip como uma segunda casa em todos os sentidos.
Que características e competências a Blip procura nos profissionais?
Procuramos o melhor equilíbrio entre soft skills e hard skills. Embora seja difícil, não é impossível. Em termos de hard skills, estamos à procura de pessoas altamente qualificadas que possam constituir uma mais-valia para o nosso core business – o desenvolvimento de software – nomeadamente Front End Developers, Back End developers, iOS Developers, Delivery Managers e Product Owners. Por outro lado, é essencial que haja um fit em termos de valores e soft skills com a nossa cultura organizacional. Portanto, colaboração, integridade, capacidade de adaptação, agilidade de pensamento, ambição e vontade de evoluir são algumas das características que procuramos nas pessoas. O nosso desafio tecnológico é gigante e precisamos de ter os melhores conosco.
Temos a ambição de preencher as 60 vagas que temos neste momento disponíveis até ao final do ano.
O que é que distingue a Blip dos escritórios das grandes tecnológicas norte-americanas?
A Blip não fica em nada atrás dos escritórios das grandes tecnológicas norte-americanas. Em alguns sentidos, estamos até bem à frente. É com orgulho que dizemos que fomos eleitos a Melhor Empresa para Trabalhar em 2017 e que o nosso escritório foi considerado Melhor Espaço de Trabalho em Portugal nos últimos dois anos. Para tal contribuiu o facto de sermos pet friendly, termos um open space com capacidade para 420 pessoas, mais de 20 salas de reuniões, um auditório com capacidade para cerca de 350 pessoas que também está ao serviço da comunidade local de forma gratuita, uma diligência com mais de 100 anos que também funciona como sala de reunião, uma nap room, cacifos, chuveiros, um mural pintado por uma comunidade artística local, duas salas de jogos, um terraço no qual fazemos agricultura biológica, trotinetas e um buggie para as pessoas se deslocarem no escritório, uma cozinha totalmente equipada, lavandaria, vários espaços lounge nos quais as pessoas podem relaxar, entre outros. Não descurámos a sustentabilidade e levamos a separação de resíduos e a redução dos consumos de água, eletricidade e papel muito a sério. Acima de tudo, o espaço de trabalho tem de estar ao serviço do bem-estar das pessoas e não o contrário.