A compra de equipamento/maquinaria e os recursos humanos são as áreas que as pequenas e médias empresas portuguesas (PME), 46% e 38%, respetivamente, mais identificam como sendo aquelas em que há maior necessidade de investimento face aos seus objetivos de expansão e consolidação.
Os dados constam no relatório de diagnóstico às necessidades de colaboração e fornecimento das PME, realizado no âmbito do projeto AEP Link, promovido pela AEP – Associação Empresarial de Portugal e desenvolvido pela consultora Deloitte, entre abril de 2019 e março de 2020, com base num inquérito feito junto de 1.766 PME portuguesas.
A expansão para novos mercados (29%), o investimento em marketing, comunicação e vendas (24%), o investimento nos sistemas tecnológicos (23%), são outras das áreas que constam no estudo, identificadas pelas PME com carência de investimento. No que respeita a montantes de investimento necessários, o relatório refere que 75% das PME inquiridas necessitam de investimentos inferiores a 500 mil euros, e apenas 11% aponta necessidade de investimento superior a um milhão de euros.
Luís Miguel Ribeiro, presidente da AEP, revela que, relativamente a opções para obtenção de capital, «este relatório de diagnóstico às necessidades de colaboração e fornecimento das PME, que desenvolvemos no âmbito do projeto AEP Link, mostra que a maioria das empresas inquiridas, cerca de 65%, recorrem preferencialmente a empréstimos bancários, mas também é bastante expressiva a percentagem das empresas que se candidatam a incentivos comunitários, aqui 48%». O presidente da AEP explica ainda que as restantes formas de captação de capital «estão sobretudo afetas a processos de fusão com outras empresas, venda de capital da empresa e crowdfunding».