Com a tão falada escassez de talento que se vive, atrair e reter os melhores talentos afigura-se uma grande prioridade das empresas. Hoje, os talentos valorizam, sobretudo, a flexibilidade, associada quer a locais e horários de trabalho, quer a aspetos como a remuneração. E foi sobre compensação que refletimos na passada segunda-feira, juntamente com a empresa de gestão de benefícios flexíveis Coverflex. Leia as principais conclusões e consulte as tabelas criadas pelo advogado da CCA Domingos Cruz com a situação perante a Segurança Social de cada benefício.
Às 09h15 tem início a primeira mesa redonda – “The Great Resignation”, com as oradoras: Sandra Oliveira, Recruitment Business Partner da Fabamaq; Carla Pombeiro, Diretora de Recursos Humanos e Comunicação Interna na Sumol+Compal; e Marina Sobreiro, Head of Compensation & Benefits no BPI. A moderação fica a cargo de Ricardo Fortes da Costa, Diretor da RHmagazine.
Como é que estas empresas estão a reinventar a sua proposta de valor?
Carla Pombeiro começa, desde logo, por mencionar a importância de na Sumol+Compal se dinamizarem projetos e desafios inovadores – algo que sobretudo a camada jovem da força de trabalho valoriza. A oradora enfatiza a aposta na flexibilidade, hoje muito valorizada pelos colaboradores. Marina Sobreiro, por sua vez, destaca a importância de as empresas definirem uma forte estratégia de employer branding. A transparência dos empregadores, sobretudo, na fase inicial de recrutar novos talentos, é, para Sandra Oliveira, essencial.
Em relação aos novos modelos de trabalho, designadamente o modelo híbrido, Carla Pombeiro refere que a realidade vivida na empresa passa por três dias no escritório, dois em casa, com uma flexibilidade assente nas necessidades, na organização das próprias equipas, que podem ajustar-se, consoante as tarefas/os projetos a desenvolver. No escritório a empresa tem promovido algumas alterações, nomeadamente de infraestrutura tecnológica.
No BPI, Marina Sobreiro revela que a vontade dos colaboradores difere muito – se há quem anseie o regresso a 100% ao escritório, também há quem não queira abandonar o trabalho remoto. Personalizar é fulcral. A organização entre gestores e colaboradores é, para a Head of Compensation & Benefits, essencial neste âmbito. Marina Sobreiro recomenda que as empresa adotem, pelo menos, um dia obrigatório para as equipas se reunirem no escritório, como uma forma de se restituir a dimensão humana no trabalho. Para a oradora, a interação é fundamental.
Antes da pandemia, a Fabamaq não tinha home office e foi, por isso, obrigada a fazer rapidamente a transição. Atualmente, à semelhança da realidade vivida no BPI, aquilo que é valorizado difere entre colaboradores.
As empresas representadas no painel de debate são desafiadas por Ricardo Fortes da Costa a apontarem aquilo que diferencia a sua proposta de valor da concorrência. Carla Pombeiro é a primeira a dar voz à Sumol+Compal, destacando a própria cultura organizacional.
“Um dos aspetos diferenciadores das organizações é o seu percurso, a sua história, o seu core business, a forma como a sua missão se vê e se sente no dia a dia…”. “Na Sumol+Compal temos o fantástico beneficio da employer branding – toda a gente conhece a marca e os nossos produtos”, acrescenta Carla Pombeiro. Fala-se, então, de pilares fundamentalmente emocionais.
No BPI, aquilo que se sente como único e diferenciador, de acordo com Marina Sobreiro, começa, desde logo, pela marca BPI; a confiança e a solidez da marca. A proximidade, o ambiente de equipa, a flexibilidade vivida no BPI são muito valorizados pelos colaboradores da empresa.
“É um ambiente saudável, em que as pessoas são muito bem acolhidas”, garante a oradora. “As pessoas sentem orgulho de pertencerem a uma marca sólida, de confiança, sobretudo, num setor que poderá assentar em alguma desconfiança”, diz ainda.
Serem a “tecnológica dos gamers”, com um core business assente no desenvolvimento de jogos de casino, é, logo à partida, algo que diferencia a Fabamaq, tal como refere à audiência Sandra Oliveira.
10h15 | Expertise
Fiscalidade dos benefícios
Quando se fala em benefícios flexíveis, uma questão que se levanta imediatamente diz respeito à fiscalidade em que assenta a temática. O advogado da CCA Domingos Cruz explica à audiência como desenhar uma estrutura de compensação competitiva, abarcando a fiscalidade dos benefícios, uma preocupação que a Coverflex teve desde o seu lançamento.
Consulte as tabelas abaixo e retire as suas dúvidas a respeito dos vários “fringe benefits”: benefícios extrassalariais (para além da retribuição base e outras componentes – IHT, subsídio de turno, trabalho noturno, etc.
Clique nas imagens para visualizar a informação na íntegra
11h00 | Pausa para café e networking
Regresse connosco às 11h30.
11h30 | Casos práticos: Compensação Flexível para empresas modernas
Retomamos com a apresentação dos casos práticos da Coverflex, Conceito e Sair da Casca – “Compensação Flexível para empresas modernas”. O painel de oradores é composto por: Francisco Magalhães, Account Executive na Coverflex; Vanessa José, Partner na Conceito; Flávia Amorim, Consultora na Sair da Casca; e Tiago Tavares da Costa, HR Senior Manager – Payroll, Benefits, Compensation & Administration da PwC. O moderador é Nuno Pinto, Co-Founder and Chief Business Officer da Coverflex.
A Coverflex oferece aos colaboradores uma app que permite fazer a gestão dos benefícios e um cartão-refeição. A empresa tem qualquer liberdade de ativar ou desativar benefícios e o colaborador total liberdade para escolher os benefícios desejados e gerir o saldo associado. Tudo isto reduz bastante o trabalho administrativo das empresas.
Como pontos positivos, Vanessa José aponta a flexibilidade que as soluções Coverflex permitem, bem como a facilidade de navegação e os relatórios gerados, que, por sua vez, permitem perceber onde o montante alocado aos benefícios flexíveis está a ser utilizado. Para a oradora, este tipo de soluções é fundamental para a retenção de talentos, precisamente, pela flexibilidade que lhe está associada.
“Acredito muto na flexibilidade e esta ferramenta é algo que abarca isso”, acrescenta Vanessa José.
“As empresas têm-se dedicado ao EVP e a tendência é cada vez mais agregar valor por esta vertente, mas adicionando outro tipo de benefícios, como os ligados ao wellbeing”, aponta também Tiago Tavares da Costa, propondo, em jeito de desafio, que se consiga incorporar todos os benefícios não financeiros numa plataforma como a da Coverflex, nomeadamente na ótica do wellbeing – uma temática tão valorizada e falada ao dia de hoje.
User friendly, flexibilidade e acessibilidade foram os adjetivos mais utilizados pelo nosso painel de oradores para descrever as soluções da Coverflex. Para além da questão da fiscalidade já referida ao longo da manhã, Tiago Tavares da Costa aponta como principal desafio a comunicação, ou seja, transmitir às pessoas as “mais-valias”, a “bondade” da ferramenta.
12h15 | Mesa redonda “The Great Recognition”
Estamos a chegar ao fim da 1.ª Grande Conferência “Compensação: muito mais do que salário”, mas ainda há tempo para uma última reflexão com a mesa redonda “The Great Recognition” Os oradores Susana Lucas, Compensation and Analytics Specialist na Novabase; Miguel Lynce Faria, Compensation and Benefits Manager na The Navigator Company; e Daniela Costa, Executive Director no PRIME GROUP, moderados por Mariana Barbosa, Head of PR & Communication na Coverflex, refletem sobre como reconhecer o trabalho dos colaboradores com uma política de bem-estar físico, psicológico e financeiro.
Atualmente, a proposta de valor das empresas tem de ser alargada. Mais formação, auscultar as pessoas e agir em conformidade, flexibilidade, designadamente a associada à compensação, política de feedback… São várias as ações destacadas pelo painel de oradores para que as empresas se destaquem num mercado hoje tão competitivo.
“Quem dita as regras são os candidatos”, defende Susana Lucas.
“Para se ter o melhor jogador do mundo, tem de se investir nesse sentido”: foi a analogia utilizada por Daniela Costa para enfatizar a importância de as empresas atuarem no sentido de fornecerem um boa employee experience.
“As empresas têm de se adaptar às exigências dos candidatos se se quiserem destacar e ser as escolhidas”, diz também Miguel Lynce Faria.
O que importa hoje não é se o colaborador está ou não no escritório, mas se entrega o trabalho que lhe é exigido pela empresa. Olhar para os resultados e não para o local e/ou os horários de trabalho é a chave.
O maior desafio nesta era do reconhecimento é, para Susana Lucas, justamente a flexibilidade. Cada vez mais, as empresas estrangeiras recrutam os nossos talentos, permitindo que eles trabalhem de qualquer parte do mundo e mantenham as suas vidas e rotinas e, tal como aponta a oradora, “não suportando, muitas vezes, cargas fiscais como suportamos no nosso país”. Mais uma vez, a palavra “flexibilidade” a sobressair.
É importante que as empesas percebam o que os colaboradores valorizam. A personalização é fulcral. E no âmbito da compensação, assume uma relevância acrescida. Um salário base atrativo já não chega para atrair e reter talentos; é por isso que a temática da compensação flexível é tão importante.
Não conhecia as soluções da Coverflex e ficou curioso? Para obter mais informações e/ou obter uma demo deverá aceder ao site oficial da solução de gestão de benefícios flexíveis, aqui.
Agradecemos a presença dos mais de 400 inscritos no evento organizado pela RHmagazine e Coverflex!
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