Continuidade, proximidade e ligação marcam a nova identidade da Milestone, num rebranding e reposicionamento acompanhado por uma nova abordagem comercial, mais integrada e orientada para o cliente.
Ao longo dos seus nove anos de existência, a empresa de consultoria especializada na implementação de sistemas de informação de gestão tem acompanhado as organizações portuguesas na modernização e internacionalização, contando atualmente com uma oferta organizada em cinco grandes pilares: Business Operations, Performance & Analytics, Maintenance & Support, Infrastructure Solutions e Talent Solutions.
Para fazer face à exigência dos clientes e ao crescimento da própria marca em território português, a empresa tem também experimentado uma evolução e um crescimento acentuado. Com 130 consultores, a Milestone pretende ainda durante 2019 reforçar a equipa com mais 10 contratações. Para 2020, o objetivo é continuar a crescer com uma previsão na ordem dos 20%.
Neste contexto, falámos com Liliana Silva, Directora de RH da Milestone, para perceber quais são os desafios que se colocam à área neste momento.
As empresas tecnológicas debatem-se atualmente com alguns desafios de atração e retenção de talento. Quais são os principais desafios que identifica?
A atração e retenção de talentos será sempre um tema a ser discutido e revisitado, especialmente na área tecnológica. A elaboração e planos de atração e retenção vai muito além de reorganizar políticas e planos de compensação e benefícios. É indispensável pensar a atração e retenção de talentos de forma sistémica, trabalhando questões de missão, valores, propósito e objetivos corporativos. O propósito ganhou espaço e os talentos querem hoje trabalhar com o que lhes dá prazer e o principal desafio na atração atualmente é atrair os talentos que queiram trabalhar em uma empresa com um propósito alinhado com o que o acreditam.
Mais do que uma boa compensação financeira, os talentos procuram diferenciais que os façam identificar com os valores da empresa e a sua principal preocupação relaciona-se com a possibilidade de aplicar as suas competências e conhecimentos em desafios que façam sentido e que se relacionem com os seus propósitos e valores pessoais.
As novas gerações de talento estão especialmente interessadas no compromisso da empresa com o desenvolvimento dos seus colaboradores, e no processo de recrutamento a comunicação entre a empresa e o candidato tem que refletir esse cenário. Estes talentos querem ser encarados como parceiros, com a sua individualidade, e não “apenas como colaboradores”.
A nossa abordagem no processo de seleção é determinante para o sucesso da atração e retenção. Mais do que a avaliação de competências técnicas, avaliamos competências comportamentais e procuramos sempre conhecer e compreender os objetivos individuais, valores e propósito de cada candidato como sendo único. Só desta forma conseguimos garantir um alinhamento de expetativas, pois no processo de retenção é essencial que o colaborador experiencie e confirme a proposta de valor e, sinta como sua aquela que é experiência de colaborador.
O Open Day Milestone é um momento importante na estratégia de atração da empresa? De que outras formas se aproximam e se dão a conhecer ao potencial talento?
O Openday é, sem dúvida, um momento importante na estratégia de atração de jovens talentos e um dos mecanismos que desenvolvemos de aproximação à comunidade académica. Oferecemos aos alunos a oportunidade de experienciar a realidade organizacional da Milestone. Neste dia os alunos experienciam o processo de seleção e recrutamento, adquirem feedback para desenvolver as suas competências e participam no desenvolvimento de um business case.
Pretendemos aproximar os futuros talentos à realidade organizacional e sentimo-nos agentes ativos com a responsabilidade de os capacitar para os desafios na entrada do mercado de trabalho. A nossa aproximação à comunidade académica é realizada ainda com a participação em feiras de emprego, Pitch Bootcamps, e ações específicas desenvolvidas em conjunto com as faculdades.
Podemos ainda destacar outras ações como a atribuição de bolsa de mestrado a um aluno e a participação no Global Management Challenge, com equipa construída com colaboradores Milestone e alunos. Os nossos colaboradores são os nossos maiores embaixadores e por isso, através do programa de referências, reconhecemo-los sempre que fazem uma referência, através da atribuição de milepoints que podem trocar por prémios.
Há cada vez mais empresas tecnológicas em Portugal. Na guerra pelo talento, quais são as armas da empresa quando se trata de recrutar e reter?
Desenvolvemos uma abordagem centrada na experiência de colaborador, em que todos os pontos de contacto com a Milestone deverão representar uma experiência positiva. Desde o onboarding, à gestão de talento, desenvolvimento de carreira, desenvolvimento da liderança, gestão de desempenho e cultura de feedback.
Mais do que salário e benefícios, preocupamo-nos em oferecer às nossas pessoas um conjunto de experiências positivas que marcam, a diferentes níveis a sua vida.
Sabemos no entanto, que esta abordagem não funciona se não existir um alinhamento entre aquela que é a cultura da empresa e os valores e objetivos dos candidatos e colaboradores. A cultura, os valores e as práticas da empresa são fatores determinantes quando falamos de atração e retenção. Os nossos valores de respeito e transparência por cada uma das nossas pessoas concretizam-se desde a fase de seleção até todos os processos do ciclo do colaborador na Milestone.
O onboarding dos novos colaboradores é feito de forma personalizada com acompanhamento dos RH e dos managers das equipas. Quando acolhemos jovens talentos, sem experiência profissional, estes têm designado um HR Buddy que os acompanha de forma individual nos primeiros 6 meses na empresa.
Comunicamos com regularidade e de forma transparente sobre os resultados, objetivos e estratégia para o futuro. Temos uma cultura de feedback que promove a comunicação entre todos os elementos da empresa. Ouvimos as nossas pessoas, quer através de questionários, quer através de brainstormings e focus groups. Desenvolvemos uma política de well-being para garantir o bem-estar físico e psicológico das nossas pessoas. Deste plano fazem parte atividades que contribuem para o alívio do stress (como as massagens no escritório, mindfullness, aulas de yoga) e que promovem a saúde e bem-estar (fruta no escritório, workshops de alimentação saudável).
Seguem o mote liberdade/máxima responsabilidade, numa política de flexibilidade e confiança. Esta prática tem corrido bem até agora?
Ao recolhermos feedback dos nossos colaboradores relativamente ao que mais valorizam na Milestone, a política de máxima liberdade/máxima responsabilidade surge como um valor importante. Esta prática tem tido resultados muito positivos, sendo que só funciona claro quando muito bem sustentada por cultura e processos definidos.
Baseamos esta prática no respeito e na confiança porque acreditamos que as relações verdadeiras só se constroem com transparência e total confiança.
Valorizamos o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, disponibilizando flexibilidade de horários e home office. Os nossos colaboradores têm acesso a instrumentos e plataformas de trabalho que lhes permitem trabalhar fora do escritório, quando considerarem que esta prática facilita a conciliação com a sua vida pessoal. Quando as nossas pessoas têm o apoio e o direcionamento necessário para cumprir o plano estabelecido, a liberdade traz resultados.
A aposta na formação em soft skills é bastante evidente na vossa empresa. Porquê é que é tão importante o desenvolvimento dessas competências nos vossos colaboradores?
Resultante do processo de gestão de desempenho, cada colaborador tem um plano de desenvolvimento pessoal. Neste, são identificados os seus pontos fortes e as necessidades de desenvolvimento. É deste plano que resulta o plano de formação individual, adaptado às necessidades de cada pessoa. A formação poderá ser técnica e/ou comportamental, sendo que todos os colaboradores desenvolvem as suas competências comportamentais.
Apostamos numa cultura orientada para o crescimento de competências comportamentais porque o que fazemos será sempre reflexo do que somos como pessoas.
Para o desenvolvimento dos nossos colaboradores criamos um contexto promotor de uma cultura de bem-estar e felicidade mas apoiamos também no desenvolvimento e na capacitação do capital psicológico de cada um.
Por isso o nosso investimento em formações comportamentais como comunicação, feedback e inteligência emocional.
Para o desenvolvimento dos colaboradores devemos criar um contexto promotor de uma cultura coletiva de felicidade e bem-estar, mas também, apoiar um processo de desenvolvimento e capacitação do capital psicológico positivo individual. Por isso também a nosso investimento em formações de nível comportamental como mindfullness e feedback.
Até ao final do ano procuram contratar mais 10 profissionais. Quais são as principais características e competências que procuram?
Até ao final do ano iremos contratar consultores nas áreas de gestão de projeto, desenvolvimento java e mobile, consultores Qlik e SAP nos módulos HCM e tesouraria. Transversal a estes profissionais procuramos a curiosidade, o pensamento crítico e competências comportamentais alinhadas com cultura Milestone.